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Os desafios da nova realidade educacional

Gabriel Mario Rodrigues

Presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES)

01/05/2018 04:08:24

Gabriel Mario Rodrigues2Gabriel Mario Rodrigues Presidente do Conselho de Administração da ABMES ***
“Os alunos mudaram e as instituições que não se adaptarem a essa nova realidade de ensino, não vão estar entre as escolas do futuro.” (Juan Lucca, presidente da divisão internacional da Blackboard)
O Estadão apresentou recentemente do Guia do MBA, que traz mais de 1.600 cursos de pós-graduação, segundo eles, um levantamento inédito no Brasil. O material, publicado também na versão impressa do jornal, traz farto apelo motivacional – “Conteúdos personalizados, ferramentas digitais, novas estratégias de ensino, alunos conectados e coaching” – convidando todos a conhecerem a nova realidade do aperfeiçoamento para o mercado do trabalho e o melhor modelo educacional. O setor de pós vai muito bem, mas o das faculdades, nem tanto, inclusive com o que está acontecendo no EUA. Custos crescentes, mais concorrência por menos candidatos, o ritmo acelerado da mudança tecnológica, a inadimplência, a desistência, a evasão – essas são apenas algumas das ameaças às instituições como a conhecemos. E que tiram o sono de quem se preocupa com o futuro do ensino superior. Preocupação que não é só nossa. Kevin Carey, diretor do Programa de Políticas Educacionais da New America, uma organização de pesquisa apartidária e sem fins lucrativos com sede em Washington, diz que a maioria dos estudantes do futuro não irá mais para campi universitários tradicionais. Em seu novo livro, O fim da faculdade: criando o futuro da aprendizagem e a universidade de todos os lugares, Carey vê o fim das faculdades e universidades tradicionais como algo bom, mas alerta que aquelas que quiserem sobreviver, precisarão mudar seus modelos organizacionais fundamentalmente. A maioria das instituições deste início de milênio reproduz o modelo de final de século XIX – um local de carteiras enfileiradas onde jovens recebem, de forma passiva, o conhecimento que lhes é transmitido pelo professor – e foi acrescentada alguma nova tecnologia, que lhes permite, simplesmente, ter a mesma informação padronizada, embora com a recepção facilitada. Mas, se não desenvolver, e aprimorar, competências de sobrevivência em seus alunos, a própria universidade não vai sobreviver. Para enfrentar os desafios futuros, nossos alunos precisam desenvolver pensamento crítico e capacidade de resolução de problemas, colaboração, agilidade e adaptabilidade, iniciativa e empreendedorismo, boa comunicação oral e escrita, capacidade de acessar informação e analisá-la e, por fim, curiosidade e imaginação que é a matriz da Criatividade. O setor precisa sair de sua zona de conforto, porque a realidade que se avizinha exige respostas criativas e colaborativas, que vão além de equipamentos tecnológicos de última geração. Carey joga um balde de água fria em quem aposta num certo formato de EAD: “O futuro do ensino superior não é aquele em que todos se sentam sozinhos de pijama, pálidos e de olhos esbugalhados, sendo ensinados por uma máquina”. O futuro não pode, e não deve, prescindir da tecnologia, mas a interação de seres humanos é fundamental. Por isso, Carey insiste no que dá a tônica do século XXI nas mais diferentes áreas da atividade humana, e não poderia ser diferente na educação: o futuro envolve explicitamente, colegas, mentores, apoio, colaboração, cocriação. No seu diagnóstico de um modelo de negócios de ensino superior, Carey diz que ele é desesperadamente falho, disperso e desarticulado. Ainda que com o desejo de acertar, as instituições estão um tanto desnorteadas. Sem querer dar receita, acredito, contudo, que elas devem tentar soluções, não ter medo de errar e aprender a interpretar o erro não como uma falha, mas como menos uma opção, pois o ato de errar é a forma de reduzir as incertezas, é a oportunidade de adquirir novos conhecimentos. Ele acredita em três futuros possíveis: a hiperescolarização, a desescolarização e a refundação, todos eles potenciados pela utilização das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). A hiperescolarização já estamos vivendo. É mais do mesmo, com alguma tecnologia e algumas poucas estratégias mais modernas, como uso de Datashow e trabalhos em grupo. A desescolarização vem tomando corpo em várias regiões do mundo por quem postula que a "salvação" da educação passava pelo fim da escola. Muitas empresas de software educativo vêm apostando nesse público e fornecendo pacotes de programas educativos organizados em função dos vários anos de escolaridade para que jovens e adultos, em frente ao computador, aprendam com esses programas. Me parece que o que precisamos é a refundação, mas ela não se faz unicamente com a tecnologia, faz-se sobretudo com a alteração das práticas pedagógicas, com a inovação de programas, alterando o trabalho dos professores, desenvolvendo as competências individuais, a aprendizagem interativa, a escola criativa e ativa, apostando na autonomia do aluno. Para nos adaptarmos, precisaremos de competências construídas desde já, em novos ambientes de aprendizagem com professores bem preparados e com uma educação antenada com as movimentações e transformações do mundo. Que o cenário é impreciso e mutante, todos sabemos. Sabemos também que o modelo atual de ensino superior ou a própria instituição, pelo menos no Brasil, ainda está longe de desaparecer. Mas carece de soluções responsáveis, orientadas para vencer os desafios deste novo cenário mundial, onde apesar das novas tecnologias e inteligência artificial, o objetivo a ser perseguido deve passar também em vencer as desigualdades sociais e propiciar bem estar e qualidade de vida às populações.  

Precisamos de uma educação que prepare os estudantes para o futuro

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Membro do Conselho da Mind Lab e titular da Cátedra Sérgio Henrique Ferreira da USP – Ribeirão Preto

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A universidade como a conhecemos vai acabar (e isso é uma boa notícia)

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Equilíbrio e segurança: STF traz clareza quanto ao intervalo dos professores

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Diretor-presidente da ABMES e Secretário-executivo do Brasil Educação, Fundador e Controlador do grupo Ser Educacional, Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo

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Censo da Educação Superior

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