- Avaliação do Ensino Superior Particular
- Comunicação e Imagem do Ensino Superior Particular
- Ensino Superior
- Inovação em Serviços Educacionais
- Plano Decenal de Educação – 2011/2020
- Qualidade no Ensino Superior Particular
- Realizações e Ações do Fórum Acadêmico
- Regulação do Ensino Superior Particular
- Supervisão do Ensino Superior Particular
- O ensino superior privado possui diversas entidades representativas e nem todas elas conseguem se agregar em torno de algumas ideias centrais. O ensino superior público (federal) possui uma única entidade representativa: a ANDIFES. Isto permite uma única forma de se manifestar. No caso do ensino particular não se consegue essa unidade e nem o Fórum de Parlamentares consegue isto também. Quando se pensa em ABRUC (comunitárias) e em ABRUEM (estaduais e municipais) no Conselho de Reitores, por exemplo, elas partilham da condição de “públicas” por adoção. Confio que o diálogo é essencial a esse processo de agregação.
- É preciso reconhecer que o ensino superior privado, até mesmo pela quantidade de instituições educacionais, é absolutamente diversificado em sua qualidade intrínseca. Há pecados em umas e virtudes em outras instituições.
- Se há dificuldades de comunicação em geral, ao menos encontremos a necessária unidade virtual de comunicação para o ensino superior particular. Isto pode neutralizar as acusações. Temos de nos fixar, nessa unidade virtual, com alguns indicadores de qualidade que não são apenas os apresentados pelo Governo. Isto proporcionará a identificação de alguns diferenciais do ensino superior privado para contrapor aos supostos diferenciais do ensino superior público. Salvam-se poucas instituições privadas capazes de serem consideradas de qualidade pela sociedade. Tentemos refletir sobre tais instituições. Ninguém pensa, em sã consciência, que todas as públicas são de excelsa qualidade.
- As IES precisam aprender a produzir Relatórios como fazem as grandes empresas. Não é só para mostrar resultados internos, mas manifestações de consultores de qualidade (externos). Relatórios servem para mostrar crescimento e devem ser produzidos inclusive em momentos difíceis.
- Como vencer o descrédito? Se o Dunga foi descrente com os jovens (Neymar, Paulo Henrique) a sociedade compreendeu o corte dos antigos jogadores não convocados (Ronaldo, Ronaldinho, Adriano, etc). A lição é que precisamos agir com unidade, estabelecendo nossos critérios de qualidade. Há três estágios sobre os quais precisamos pensar: a) estágio um: antes do aluno ingressar na IES; b) estágio dois: enquanto o aluno está estudando conosco; c) estágio três: após o curso, oferecendo ao antigo aluno a oportunidade de maior aprendizado sem que isso seja simplesmente um “curso de especialização”. Quem de nós está oferecendo “vestibular para treineiro” e após a realização do mesmo, está recompondo conhecimentos não revelados no “vestibular” realizado? Quem está instrumentando (ensinando mesmo) Coordenadores para que saibam realmente efetuar o planejamento de ensino durante o curso? Quem de nós está oferecendo algum “recall” para antigos alunos? Há alguma pesquisa sobre problemas detectados pós-curso? E o que foi feito em função dos resultados dessas pesquisas?
- Diferenciais, até que ponto eles despontam na sociedade a favor das IES privadas? Pensou-se, por exemplo, que a oferta de cursos-sanduíches (no Exterior) resultaria numa febre de demanda. A demanda foi desprezível e o diferencial não funcionou. O diferencial que funciona é aquele que desponta na mente da sociedade. Quem frequentou a IES dá o testemunho da qualidade. Diferencial, então, depende de experimentação? Claro que sim. Ele pode ser concebido previamente, mas só se tornará realidade na medida em que funcionar na mente social. Daí que a melhor propaganda é a do testemunho.
- Minha grande questão é: quem ou quais dos dirigentes das entidades representativas do ensino superior privado está mesmo empenhado em encontrar o veio da unidade do discurso da qualidade? Esse veio somente será encontrado com o diálogo da humildade, com o desprendimento da generosidade, com o acolhimento da modéstia, com a paciência da busca. É preciso fazer isto. Caso contrário continuaremos no descrédito e os Governos continuarão a fazer seus “rankings”, chegando na mídia antes mesmo de anunciar, para nós, os resultados das avaliações que vem fazendo. Há espaço para discutirmos a unidade? Há tempo para essa discussão? Já não estamos sequer ficando bons em nossos discursos.
Boa faculdade é aquela que, superando as etapas da instrução e treinamento consegue tecer sua pedagogia em torno de um conceito de educação que garanta a legítima autonomia intelectual de seus alunos, reconhecendo e potencializando talentos. É assim que as grandes escolas se referendam quando colocam profissionais no mercado.
Há uma marca, uma reputação que é prioritária para muitos candidatos a um diploma de 3º grau. Tal marca transcende falsas economias e projeta uma parcela de futuros universitários para a proposta de um ensino de excelência. Para tal, penso, cabe a cada faculdade focar em seus diferenciais, apostando nas variáveis do ensino, pesquisa e extensão.