O que me motivou a escrever este artigo, foi a quantidade de vezes que me deparei (na minha rotina de consultor) com os problemas decorrentes das falhas de comunicação, entre gestores e as suas equipes.
“Comunicar”- do Latim “communicare” usar em comum, partilhar- significa transmitir algo; seja uma mensagem, uma informação, uma orientação, etc. Para o líder empreendedor, a boa COMUNICAÇÃO é imprescindível, porque é dele a responsabilidade de gerir a equipe de forma clara e objetiva, o faz toda diferença (em termos positivos ou negativos) no resultado do negócio.
Quando esse precioso instrumento de liderança é valorizado e desenvolvido, as chances de erros e retrabalhos diminuem, evitando assim, prejuízos e estragos no desenvolvimento de grandes negócios.
Vamos às premissas:
(a) A comunicação no ambiente corporativo, é a “principal responsável” pela influência de um líder sobre sua equipe, o que, sem dúvidas, repercute nos resultados de uma empresa;
(b) A má comunicação no ambiente corporativo, é a “principal” “responsável” pelo desperdício de tempo e de dinheiro; pelo retrabalho, o que sem dúvidas influencia nos resultados de uma empresa;
(c) O clima organizacional depende muito do grau de satisfação dos membros de uma empresa. A comunicação mal feita, gera a sensação de muito se trabalhar e pouco se alcançar. Portanto é preciso se comunicar com elevado padrão de qualidade;
(d) A oralidade aproxima o gestor das equipes, é verdade, mas o que mais faz uma equipe produzir é a palavra escrita. Quanto mais direta, clara e objetiva for a escrita (dos acertos), mais produtiva será a comunicação;
Já ensinava Confúcio (470 a.c) – “Conte-me e eu esqueço. Mostre-me e eu apenas me lembro. Envolva-me e eu compreendo”. Então, quais são as boas práticas da comunicação e o que pode ser feito para elevar esse nível e ter o empreendimento maiores ganhos?
Bem, eu criei o meu “líder empreendedor” ideal e seccionei-o em 3 partes: O previsível, o executor e o parceiro. Fiz isso para permitir uma melhor análise e explicação desse perfil. Porém, ao final, some as 3 partes para compreender todo o contexto que pretendo repassar.
Esclareço que quando me refiro ao “meu líder ideal”, estou querendo justificar que a construção se deu baseada em décadas de experiência como consultor, perante vários ramos da atividade econômica (principalmente, na região nordeste do País).
Quanto a primeira parte, o LÍDER PREVISÍVEL, reuni as seguintes características: Coerente; criterioso; equilibrado; tempestivo; transparente; sincero; íntegro; humilde; sábio. A previsibilidade a qual me refiro, significa comunicar-se de forma a impregnar a equipe, quanto a forma de agir.
Essa parte da liderança permite que a equipe atue com coerência e de forma harmônica. Ser previsível, é decidir baseado em princípios e critérios, de forma aberta e participativa. O colaborador ao pergunta-lo, já imagina como será a resposta, porque o líder age dentro de uma linha de raciocínio e não ao sabor dos ventos e dos modismos.
Quanto a segunda parte, do LÍDER EXECUTOR, tenho a dizer que: Ensina o que sabe; faz junto e ajuda; monitora; entende as dificuldades com paciência; vincula a execução a equipe (e não apenas para uma pessoa); sabe como excluir os que não se enquadram.
A execução em termos de comunicação de qualidade, para mim significa transferir know-how e buscar atingir o que muito bem pontuou Abraham Lincoln (1865 d.c.), na frase: “A maior habilidade de um líder é desenvolver habilidades extraordinárias em pessoas comuns”.
Esta célebre frase diz tudo sobre o líder executor, que atua repassando informações e acompanhando de perto o seu colaborador e a sua equipe, sendo um importante ponto, saber excluir da equipe os membros que não querem se ajustar. Uma laranja podre, pode vir a estragar todo o suco.
Vamos agora analisar a terceira parte, do LÍDER PARCEIRO, que eu defino com o popular #tamojunto. Este líder possui as seguintes características: Fica na margem “do campo”; ajusta às velas a depender da situação; dá condições aos colaboradores; ensina a superar, secretariando-os; identifica pontos fortes, fracos e os gargalos; busca mitigar os erros e ensina ao time o por que deu errado.
Todo estes pontos, em conjunto, formam o “líder empreendedor” ideal que entendo ajudar muito na operação, não apenas no fluxo (contínuo, estável, etc.) mas na mitigação dos desperdícios de tempo e de dinheiro. São pouquíssimas as empresas que medem o quanto perdem, por não terem lideres que se comunicam com qualidade.
Termino este ensaio, com uma frase do Ricardo Jordão (da Biz Revolution) que diz assim: “”LIDERANÇA é quando você coloca coragem na alma de uma pessoa.” – é exatamente isso. Porém, para alcançar essa tão sonhada meta, é preciso investir na comunicação de qualidade.