O recente e crescente desenvolvimento da utilização da inteligência artificial em aplicações no nosso cotidiano vem criando muita apreensão sobre o seu impacto nas profissões e nas vagas de trabalho atuais e do futuro. Por outro lado, tem propiciado ganhos até há pouco impensáveis. Por exemplo, no campo da comunicação, traduções instantâneas de texto e de voz para cerca de uma centena de línguas já estão disponíveis e acessíveis a qualquer pessoa que tenha ao menos um smartphone com acesso à internet. No campo da inclusão, as possibilidades já são inúmeras e criam oportunidades concretas de equidade, favorecendo a inserção social e produtiva de pessoas com deficiência, além de ampliar enormemente as possibilidades educacionais para todos.
Se por uma lado as novas tecnologias demandam que um percentual muito maior de pessoas tenham elevada qualificação e capacidade de adaptação às rápidas e constantes mudanças para que se mantenham ocupadas, essas mesmas tecnologias podem propiciar condições muito melhores para a aprendizagem, por parte de muito mais pessoas, de forma democrática.
Nesse contexto, o conhecido arranjo de uma sala de aulas com um conjunto de alunos e outro de professores, organizado segundo disciplinas ou áreas do conhecimento, é apenas uma das inúmeras possíveis formas de organizar as atividades de ensino e de aprendizagem. Mesmo nesse modelo tradicional, os processos e os resultados podem ser otimizados por meio da utilização de recursos de tecnologia. Em uma mesma sala de aula, o educador lida com alunos de diferentes culturas, percepções de mundo, expectativas, projetos de vida, entre outros. Ele precisa, de alguma maneira, incentivar cada um dos estudantes a se mantenham ativos, interessados, participantes e aprendendo. Não é mais possível trabalhar com, ou para, a média da turma. Cada estudante conta, pode e deve aprender. Informações sobre cada aluno são importantes para propiciar jornada mais personalizada para cada necessidade, contribuindo para o trabalho do professor na definição de estratégias e no acompanhamento da aprendizagem dos alunos. Com ajuda da nuvem e da inteligência artificial isso já é realidade e está disponível em diversos aplicativos, como por exemplo:
- O Teams permite a orquestração das atividades realizadas tanto em sala de aula, quanto as remotas, organizando todo o trabalho em um único “Hub”. Permite a distribuição de materiais, a realização de aulas síncronas, com a eventual posterior disponibilização das gravações, a realização de atividades colaborativas entre alunos (de forma síncrona ou assíncrona), a integração com aplicativos externos (como, por exemplo, o Youtube), a alocação e postagem de tarefas, entre outros. Além disso, com base nas utilizações por parte de estudantes e de professores, gera relatórios analíticos sobre o tipo de qualidade das interações, importantes insights para a avaliação e o planejamento de ações por parte de educadores.
- Com o Microsoft Office 365, tanto o aluno quanto o educador podem construir um ambiente de aprendizagem mais personalizado e acessível. Por exemplo, o tradutor de apresentação é um recurso gratuito encontrado no Microsoft PowerPoint, a partir do qual é possível transcrever, em tempo real, o que o educador ou o estudante estão dizendo, bem como traduzir a fala para mais de 70 idiomas. Essa ferramenta também pode ser interessante em eventos e seminários, inclusive em outras línguas. Com isso, franqueando o acesso à informação a todos, inclusive a estudantes com deficiência auditiva.
- Com o Seeing AI, um aplicativo Microsoft recentemente lançado em português, o aluno pode experienciar uma narração do mundo ao seu redor baseado em uma fotografia tirada de seu smartphone. Bipes sonoros são emitidos para auxiliar o estudante a direcionar a câmera da melhor maneira. Com essa ferramenta podemos dar mais liberdade para os estudantes cegos ou de baixa visão a ter cenas descritas de forma independente e no momento que se sentirem mais confortáveis.
- O Microsoft Office Lens, aplicativo gratuito para smartphones, permite que estudantes ou professores tirem uma fotografia de um texto específico e enviem-na para o OneNote ou Word, por exemplo. Por meio de reconhecimento ótico de caracteres, o texto poderá ser lido em voz alta, ter seus caracteres ampliados, suas linhas destacadas, espaçamento entre letras e entre palavras tudo isso com apoio do recurso de Leitura Avançada, ou Immersive Reader.
Ainda pensando na inclusão, a qualificação das pessoas para atuarem no mercado é também essencial. Sendo assim, aportar conhecimentos técnicos na área de tecnologias da informação é também nossa missão. Inúmeros cursos podem ser acessados gratuitamente por qualquer interessado. No mesmo sentido, outra forma de atuação é levando conhecimentos não-técnico sobre tecnologias voltados para necessidades de indústrias, para estratégias de gestão e negócios, no intuito de, cada vez mais, democratizar e ampliar a quantidade de pessoas capacitadas no tema (AI Business School).
Nós, na Microsoft Educação, acreditamos que a acessibilidade e inclusão sejam essenciais para a construção de um mundo mais justo. Empregamos todas as novas tecnologias em prol dessa causa. E entendemos a educação como setor essencial para que esses processos realmente ocorram. Acesse o portal da Microsoft e conheça ainda outros recursos e informações para apoiá-los nessa jornada.
2