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Kintsugi, a arte do imperfeito

Janguiê Diniz

Diretor-presidente da ABMES e Secretário-executivo do Brasil Educação, Fundador e Controlador do grupo Ser Educacional, Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo

24/03/2021 05:00:00

Em uma época em que o conceito da modernidade líquida, cunhado pelo sociólogo polonês Zygmunt Bauman, parece mais presente do que nunca, o descarte é prática recorrente. Se uma xícara cai de sua mão, o provável destino é o lixo, sendo brevemente substituída por outro exemplar. Mas uma prática japonesa – depois transformada em conceito filosófico e até em arte – vai na contramão dessa realidade. É o kintsugi, uma técnica de restauro de objetos que valoriza as imperfeições – e nos diz muito sobre aceitar falhas.

A origem do kintsugi enquanto técnica remonta ao século XV, no Japão. Um senhor feudal teria enviado uma xícara de chá quebrada para conserto na China, mas esta foi devolvida com reparos grosseiros de grampos, o que o fez recorrer a artesãos locais. Eis que o resultado foi que os remendos foram feitos com uma liga polvilhada a ouro, valorizando as “cicatrizes” da peça e conferindo-lhe nova aparência. Hoje, essa técnica virou uma filosofia que prega exatamente isto: em vez de esconder feridas e imperfeições, é preciso destacá-las, pois são lembranças e marcas da vida. A cultura tradicional japonesa valoriza as marcas do tempo, tanto que objetos não são facilmente descartados, mesmo que quebrados. Um contraste com a obsolescência programada da realidade atual, em que se tem a necessidade de sempre ter a roupa da moda, o carro do ano, o mais moderno smartphone.

A filosofia do kintsugi nos faz pensar sobre como lidamos com nossas falhas e imperfeições. Tentamos escondê-las ou abraçamos essa parte tão intrínseca de nosso ser e aceitamos que somos seres imperfeitos? É preciso aceitar nossas falhas e procurar trabalhar em cima delas. O que não significa, claro, desistir de algo. Pelo contrário. O kintsugi restaura a peça, tornando-a nova, mas sem esconder as cicatrizes do passado. Assim também devemos agir. As feridas do tempo não podem impedir que nos reconstruamos e continuemos nossa trajetória. O ouro utilizado no reparo das peças do kintsugi diz muito sobre essa valorização do “quebrado”: são essas feridas, essas falhas, que nos fazem sermos quem somos hoje. Por que escondê-las?

A cultura oriental tem muito a nos ensinar. O kintsugi, que hoje gera até peças de arte de alto valor, pode e deve ser aplicada em nosso cotidiano, em nossas vidas. Não deveríamos tentar apenas esconder nossas falhas e quebras do passado, mas mantê-las como uma lembrança de lições aprendidas na vida. Como você tem tratado a sua xícara de chá?

 

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