Verde é a cor predominante na natureza: do broto, que se abre, tenro, mas cheio de potencial para a vida que se renova. Viçoso, um galho verde contrasta com um graveto seco, descolorido, quebradiço. Mesmo assim, prestante a se deixar queimar, acender o fogo, no fogão de lenha, crepitar, saudar o dia com suas chamas. No ar, passarinhos anunciando, com seu trinado, mais uma alvorada. O galho verde, este resiste, enquanto pode, a chorar borbulhas de dor, em face de queimadas atiçadas por mãos irresponsáveis. Ressalvem-se os casos de poda planejada e de quedas de árvores.

Em sinal de trânsito, verde significa passagem livre, sinal aberto, trânsito autorizado. O arquipélago de Cabo Verde tem esse nome devido à vegetação luxuriante que cobre o promontório. Em contraste, áridas e estéreis as terras do interior. Fertilidade associada ao verde é a presença d´água, que tem olhos de ver, olhos d’água...

Se verde pode ter o significado de imaturo, o que é verdade, maturidade beira a decrepitude. O verde tem seu brilho especial. Prazo de validade é inerente à natureza, natureza que não dá saltos. Uma árvore frutífera leva tempo para crescer e dar bons frutos. Mas seu tronco imponente, preso às raízes, não resiste à motosserra envenenada pelo lucro assassino. Anos para crescer; minutos para ser decepada.

Cinco de junho é o Dia Mundial do Meio Ambiente, comemoração instituída pela ONU, em 1972, quando da Conferência de Estocolmo, na Suécia, tratando do ambiente humano. Uma pequena contribuição, ao alcance de todos, pode ser: Não jogar o lixo fora da lixeira!