Tive o privilégio de frequentar e participar da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) numa boa parte dos seus 39 anos de existência, desde a gestão do professor Édson Franco.
Acredito que a grandeza da entidade é resultado da semente de quem deu início a fundação da ABM, seu nome inicial, até os dias de hoje. Iniciar, talvez, seja mais difícil do que ampliar e expandir. Portanto, todo o meu reconhecimento e gratidão aos que deram início a fundação da ABM, hoje ABMES, e que foram fundamentais.
Com estilos diferentes de conduzir cada gestão, fui aprendendo com as diferentes diretorias como construir o tijolo lógico de uma entidade representativa. Os momentos históricos foram diferentes e a necessidade de uma atuação estratégica própria era necessária, levando em conta o momento político, econômico e social que precisavam de diferentes soluções.
Assim, cada diretoria soube entender o momento do ensino superior e responder com pedido de audiências e diálogos com as entidades governamentais, com propostas, documentos produzidos, ações administrativas e até judiciais, sempre na defesa do ensino superior privado. Agradeço muito ter participado desses momentos e pela oportunidade recebida.
A ABMES, em conjunto com tantas outras entidades, teve um papel importante no reconhecimento da oferta de cursos superiores de qualidade pela iniciativa privada e sua importância no contexto de inclusão educacional. Como também, contribuiu para o aprimoramento do Programa Universidade para Todos (ProUni) juntamente a Abrafi, Anaceu, ABIEE, ANEC, ABRUC, ANUP e Semesp, entre outras entidades.
Ainda podemos destacar entre as marcas da luta do ensino superior particular nas diversas gestões da ABMES: a importância da livre iniciativa na oferta do ensino; reconhecimento da qualidade da oferta do ensino particular; o respeito pelas diversas organizações acadêmicas (universidade, centro universitário e faculdade) e também das naturezas jurídicas diversificadas (sem fins lucrativos, beneficentes e assistencial, comunitários e com fins lucrativos); inclusão social; a necessidade de inovar na oferta de cursos; desburocratizar os processos regulatórios; responsabilidade social; entre tantas outras bandeiras.
Como diria o mestre Gabriel Mario Rodrigues: “É sempre necessário olhar para frente e inovar”. No dia 17 de dezembro de 2020, numa reunião on-line que tive, ele me disse: “Covac, a atual infraestrutura existente na oferta de curso superior no modelo perdeu seu sentido. As IES vão ter que se reinventar”. Inovar e se reinventar é um processo de sobrevivência na educação.
Registra-se assim, por intermédio dos professores Cândido Mendes, Édson Franco, Gabriel Mário Rodrigues, José Janguiê Diniz, Celso Niskier e suas respectivas diretorias, os parabéns pelos 39 anos de fundação da nossa querida ABMES.
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