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Ensino híbrido não é panaceia

Alexandre Schneider

Pesquisador do Transformative Learning Technologies Lab da Universidade Columbia em Nova York e pesquisador do Centro de Economia e Política do Setor Público da FGV

16/09/2021 06:00:00

Quando a pandemia começou e as escolas fecharam, a palavra de ordem era a de que finalmente a escola se renderia à tecnologia. O Brasil tinha mais celulares do que habitantes, os alunos já estavam cheios das aulas tradicionais e iriam aprender pelo celular. Meses depois, virou senso comum a urgência de reabrir as escolas. Agora, o remédio para todos os males da educação é o ensino híbrido. De panaceia em panaceia, perdemos chances preciosas de investir na escola e na formação dos professores.

O que tem sido comumente denominado de ensino híbrido, ou educação híbrida, é a combinação de metodologias que integram a aprendizagem presencial e online, dando ao estudante alguma autonomia em seu processo e ritmo de aprendizagem, sempre sob a supervisão de um professor.

Este modelo vem sendo defendido como o "remédio" para garantir a aprendizagem dos estudantes que estão voltando às escolas após meses em casa por causa da pandemia do coronavírus. Não é uma má opção, desde que seja implementada levando em consideração as lições dos últimos meses com a experiência de ensino remoto.

O primeiro passo é compreender que modelos centralizados de produção e distribuição de aulas diretas aos estudantes não são o melhor caminho. Passar "por cima" da escola nunca é! 

As experiências de redes que criaram aplicativos centralizados de conteúdo no período de ensino remoto demonstraram-se ineficazes e incapazes de mobilizar os estudantes, tendo baixíssima utilização.

Se criar e transmitir conteúdos diretamente aos alunos não deu certo, tampouco a experiência de fazer "mais do mesmo" transmitindo aulas expositivas por Zoom deu resultado.

Para que a experiência híbrida seja bem-sucedida, não basta listar conteúdos mínimos a serem ensinados e dividir o que será objeto de aulas presenciais e o que será objeto de atividades remotas. O desafio está mais em "como" ensinar do que em "o quê" ensinar. Em outras palavras, o sucesso da implementação do ensino híbrido depende da capacidade dos educadores em definir as melhores abordagens que promovam a aprendizagem dos seus estudantes de acordo com sua realidade.

As secretarias de Educação podem definir um conjunto de habilidades essenciais a serem ensinadas, produzir materiais estruturados e sugerir seu uso, escolher as melhores plataformas de ensino remoto, mas de nada adiantará se as equipes escolares não estiverem prontas para fazer a ponte entre os objetivos de aprendizagem e os materiais sugeridos e integrar os momentos remotos e presenciais em um conjunto coerente e compreensível para estudantes. A tecnologia deve servir à aprendizagem, não ao nosso fetiche por inovação.

Como já escrevi nesta coluna, garantir a conectividade das escolas, o acesso dos estudantes a equipamentos, internet e —quando for o caso— um local adequado para estudar, e formar os professores para um novo modelo de ensino são medidas urgentes e que ultrapassam o período em que estamos vivendo.

O ensino híbrido pode ser um bom aliado neste momento, mas não é o remédio universal para os males da educação aprofundados nesta pandemia. Este momento difícil pelo qual todos passamos será mais bem superado e gerará bons frutos se formos capazes de investir nos nossos educadores para que possam ampliar as potencialidades de seus estudantes construindo planos de aula coerentes, escolhendo as melhores ferramentas para que todos aprendam. Com ou sem o uso da tecnologia.

 

Artigo originalmente veiculado na Folha de S.Paulo.

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