“Um modelo conexionista para a aprendizagem em redes sociais” é o título do novo livro que acabo de lançar pela editora Paradoxum. Além da minha paixão pela educação, também nutro especial apreço pela tecnologia e tudo o que ela envolve, como inteligência artificial e as relações sociais estabelecidas no ambiente virtual. Na publicação apresento alguns caminhos que percorri na busca para compreender melhor esse universo e o papel da educação diante de um mundo cada vez mais conectado.
Ao longo dos quatro anos do doutorado, dediquei-me a pesquisar variados campos do conhecimento com o objetivo de encontrar um modelo conexionista que fosse abrangente e capaz de explicar, matematicamente e computacionalmente, como se formam as crenças limitantes capazes de estabelecer as fronteiras entre fatos e opiniões nas redes sociais.
Partindo de exemplos que, naquele momento, não estavam em voga, como o debate sobre a Terra ser ou não plana, desenvolvi um modelo matemático-computacional que demonstra como indivíduos podem se auto-organizar em função de crenças e o papel do ensino e do docente na formação de uma sociedade equilibrada e capaz de criticar-se com base em evidências científicas.
Por mais que naquele momento já estivessem evidentes as transformações sociais trazidas pela internet 2.0, quando recursos como blogs e redes sociais começaram a ser disponibilizados para os usuários da rede mundial de computadores, era difícil prever que chegaríamos a desdobramentos como a interferência no resultado de eleições e a estruturação de mecanismos especializados na propagação de notícias falsas.
Ainda assim, para além do modelo conexionista desenvolvido, o livro apresenta uma profunda revisão literária capaz de nos fazer refletir sobre como a sociedade estabeleceu suas bases no universo virtual, como tem se comportado e as consequências dessa conduta no nosso dia a dia.
A compreensão desse contexto histórico é fundamental para que possamos fazer uma avaliação do presente, mas, sobretudo, vislumbrar um futuro no qual a educação é cada vez mais determinante para que tenhamos uma sociedade mais preparada para lidar com as interferências – e influências – advindas da esfera virtual.
Em um momento no qual o Facebook está empenhado em criar seu próprio metaverso, espaço no qual as pessoas poderão entrar e interagir, por meio de avatares, em um mundo virtual (e que está sendo apontado como o futuro da internet), compreender como essa realidade paralela – ou seria a real? – incide no comportamento dos indivíduos passou a ser imperativo para quem deseja fazer a diferença nesse novo mundo em construção.
Não há dúvida de que a internet revolucionou a sociedade a partir de fatores como disseminação de conhecimento, formação de opinião, interação entre os mais variados grupos ideológicos, trocas culturais, entre outros. Seus impactos em áreas como a Biologia, a Sociologia, a Educação e a Computação são inegáveis. O mundo não é o mesmo desde que as redes sociais foram criadas, e nunca mais será.
E se você quiser saber como tudo isso começou e como funciona o tal modelo conexionista que explica a formação de crenças limitadoras a partir das relações estabelecidas na internet, o livro está disponível no formato e-book na Amazon.
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