Termo coloquial, no seu sentido lógico de expressão de ideias, é o ingrediente usado na língua do povo, na fala espontânea, não elaborada, inculta.. bela:. ”sermo plebeius“. Diz-se “sermo cotidianus”, em latim, linguagem do dia a dia. Distancia-se tanto mais do uso erudito quanto mais inculta é a pessoa que fala. Inculta no sentido de pouca ou quase nenhuma escolaridade. O que não coincide necessariamente com ausência de sabedoria de vida.
Fazem parte também de nossa linguagem diária as chamadas expressões idiomáticas, próprias da língua, como queimar a língua, ficar feito uma barata tonta, queimar incenso ou jogar confete (bajular), queimar as pestanas, meter o bedelho, tocar na ferida, tirar o cavalinho da chuva, rolar muita água, deixar passar o cavalo arreado, levantar a crista, dar com os burros n’água.
Uso culto, por sua vez, é a linguagem empregada em geral pelas pessoas instruídas, letradas. Caracteriza-se pela obediência às normas gramaticais e pela maior riqueza de vocabulário e pela fluência. É incentivado nas escolas e utilizado nas ciências, cada uma com sua nomenclatura básica ou terminologia técnica. Dele fazem uso escritores e poetas (linguagem literária). Exemplos comparativos: corpinho / corpúsculo; cabrinha / capréolo; globinho / gotinha, gotícula, glóbulo; homenzinho / homúnculo; montinho / montículo; nozinho / nódulo; porçãozinha / porciúncula; reizinho / régulo; versinho / versículo; raizinha / radícula.
Ou, então, no recado de Oswald de Andrade: Dê-me um cigarro / Diz a gramática / Do professor e do aluno / E do mulato sabido / Mas o bom negro e o bom branco / Da Nação Brasileira / Dizem todos os dias / Deixa disso, camarada, / Me dá um cigarro. P.S.: O exemplo não é incentivo ao tabagismo
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