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Apologia à presencialidade

Ronaldo Mota

Diretor-Secretário da Academia Brasileira de Educação e Professor Titular de Física aposentado da Universidade Federal de Santa Maria

02/06/2022 06:00:01

Por certo, jamais poderia imaginar que, duas décadas após fazer parte daqueles que foram os pioneiros da modalidade da educação a distância no ensino superior, eu me veria, mais do que nunca, convencido dos predicados essenciais associados, inerentemente, à presencialidade física de educandos e educadores. 
O que torna ainda mais crítica esta minha reflexão preliminar é estar bem consciente de que, nestes últimos anos, as tecnologias digitais avançaram muito além do que qualquer um pudesse imaginar.

Mesmo assim, ainda que considere as peculiaridades dos contextos recentes, atualmente, vejo-me forçado a enxergar, enquanto educador, a beleza e a imprescindibilidade de algum nível de atividade face a face para a formação completa de um profissional ou para o amadurecimento intelectual de um cidadão. Curiosamente, a presencialidade tem uma riqueza na sua dimensão humana que se torna mais evidente exatamente porque fomos “forçados”, fruto da própria pandemia, a migrarmos muito rapidamente para os recursos remotos. 

Assim, é mais do que legítimo e sensato aos educadores, na sua sensibilidade quanto ao processo aprendizagem, perceberem que os educandos, especialmente no que diz respeito aos aspectos socioemocionais, amadurecem de forma mais substantiva quando conseguem também se observar diretamente, explorando interações diretas e analógicas, dispensando interfaces digitais. São muitos colegas que descrevem, com pertinência, experiências similares, particularmente nestes momentos de tentativas de retorno àquilo que chamavam de normalidade.

Em que medida essa possível percepção desmerece ou minimiza a potencialidade da educação digital? Resposta, salvo melhor juízo: em nada! Ou seja, é plenamente possível conjugar, sem conflitos, o uso intensivo dos ambientes virtuais de aprendizagem com o reconhecimento da imprescindibilidade de incorporar, em algum nível, a presencialidade, a depender de cada caso, naturalmente.

Creio que estamos, enquanto comunidade acadêmica e educacional, muito mais preparados para sabermos dosar os recursos, tanto presenciais como digitais, que temos hoje à disposição. Da mesma forma que os preconceitos foram prejudiciais quando a educação a distância emergiu, mais recentemente, corremos o risco da ilusão da suposta irrelevância total da presencialidade. 
Tenhamos sempre o educando como centro e como foco, abandonando, sempre que possível, concepções preconceituosas, oriundas, muitas vezes, de realidades que talvez já tenham sido superadas ou mesmo somente imaginadas. 

A pandemia, a qual ainda não ultrapassamos por completo, deixou e deixará marcas profundas, podendo ser uma delas uma iludida hipervalorização das capacidades dos relacionamentos remotos em substituição plena aos momentos presenciais.

Ao nos permitirmos entender este período, que ainda nos atinge, com alguma distância, poderemos aprofundar nossa compreensão acerca da riqueza do somatório de todos os recursos educacionais e de relacionamentos humanos, em geral, sem desprezar nenhum deles. Especialmente, porque cada educando é único e cada qual merece e demanda percorrer trilhas educacionais que maximizem seus resultados de aprendizagem.

Um ponto é comum a todos: a complexa dimensão humana que requer a valorização do insubstituível “calor humano”. Por melhor que sejam os ambientes digitais, qualquer processo poderá ser sempre melhorado e mais completo ainda quando o contato direto e analógico, livre de quaisquer interfaces digitais, também puder, complementarmente, estar presente.

20 

09/06/2022

Celso da Costa Frauches

Excelente artigo de uma autoridade em relação à educação superior. A semipresecialidade, em porcentagem adequada ao curso superior, parece estar ressurgindo no pós- pandemia.

03/06/2022

Frederico Firmo de Souza Cruz

Querido Ronaldo Acho seu artigo muito pertinente com relação ao debate sobre o papel da socialização da escola e dai a presencialidade em contraponto ao Homeschooling ( Aliás não sei por que usam o termo em inglês). Porém eu sou obrigado a relembrar a experiência da UAB. A experiência com o ensino semipresencial da UAB me permitiu perceber que o que deteriora a idéia de ensino a distância é a idéia aplicada em muitas escolas e universidades privadas de que se trata de um home office, ou um amontoado de video aulas, e tarefas pré estabelecidas, sem muita interação e nem mesmo interatividade. Na UAB em Santa Catarina, a existência de Polos e de atividades nos polos com tutores preparados criou um ambiente nos polos de convivência e interação entre os alunos e tutores, o que foi muito produtivo, prazeiroso onde a sociabilidade foi praticada. Até mesmo a interação entre professores e alunos, através meios digitais e de alguns encontros presenciais, na minha experiência, me levou a ter uma interação pessoal muitas vêzes maior do que a com alunos no curso presencial. Viagens periódicas, à Universidade, dos alunos para aulas experimentais, os fizeram conviver com a universidade e com o ambiente universitário no Campus. Infelizmente este modelo foi atacado de forma vil em Santa Catarina. Através da Operação Ouvidos Moucos, orgãos de controle como TCU e CGU passaram a interferir na proposta didática dos cursos, forçaram a implementação do modelo de Ensino a distância privado, sem presenciais e com muitas restrições ao trabalho de tutores . Tudo em nome da luta contra a corrupção. Este modelo foi rejeitado e na UFSC o Departamento de Fìsica não vai aceitar novas turmas. Te escrevo pois sei do seu papel na UAB e na implementação do Ensino a Distância Público e de qualidade. Apenas queria reforçar que um Ensino a Distância nos moldes da UAB, não tem nada a ver com Homeschooling ou Home Office. A implementação do modelo UAB, pela sua natureza pública terminaria definindo um modelo muito distinto do utilizado em escolas privadas. Para ser justo, em escolas privadas se tem professores ótimos e de muita capacidade que trabalham dentro das limitações impostas pelos interesses privados. Ensino a Distância não deveria ser um meio de diminuir custos. O resgate da experiência da UAB, não apenas com seus cursos mas também com os grupos de pesquisa e desenvolvimento e do papel de polos e atividades presenciais poderia dar um horizonte mais claro e mais racional neste debate. Em tempo, vários de nossos alunos em SC já são doutores ou estão desenvolvendo teses e dissertações em curso nota 6 da CAPES. Ronaldo e saiba que concordo com o teor do seu artigo mas tinha que relembrar a semi-presencialidade e a capacidade de com formas pensadas planejadas se enfrentar a questão da socialização. Lembrando inclusive que a socialização através de meios digitais é uma questão central, já que na sociedade do celular e do facebook isto é ainda um ponto de muito controverso. Um abraço Ronaldo. PS: sobre a ouvidos Moucos conversamos um outro dia.

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