Começou com o pé direito a relação do setor particular de educação superior com o novo governo federal, que tomará posse em 1º de janeiro. Reunidos na última terça-feira, 29 de novembro, representantes da equipe de transição - coordenados por Henrique Paim e Luiz Cláudio Costa - e do Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular tiveram uma acolhedora e produtiva reunião, realizada no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde estão concentrados os esforços do Gabinete de Transição do próximo governo.
Com a participação de todas as entidades representadas no Fórum, o encontro consistiu em uma oportunidade ímpar para apresentarmos aos responsáveis pela agenda da educação do próximo governo as 10 propostas do Fórum para alçar a educação ao posto de prioridade nacional, tal como deve ser em qualquer nação que almeje o progresso e a justiça social.
Com os olhos voltados para o futuro, mas sem esquecer dos entraves do passado, a pauta da reunião contemplou um amplo leque de assuntos, como o estabelecimento de novos paradigmas para a educação, em especial aqueles relacionados a modelos híbridos; a importância de garantirmos uma oferta de qualidade na educação superior; a necessidade de apoio governamental para que instituições e currículos sejam mais inovadores; e a defesa enfática do ProUni como um valioso e eficaz instrumento de inclusão social.
Sem esquecer dos desafios ampliados após dois anos de pandemia, o Fórum defendeu a adoção de um amplo programa de reforço da aprendizagem na educação básica, a ser desenvolvido em colaboração com a educação superior. A proposta consiste no estabelecimento de parcerias com as instituições particulares de educação superior para que os alunos dos cursos de licenciatura possam trabalhar junto a escolas de todo Brasil, contribuindo para a reversão desse cenário.
Além dos representantes do Fórum e do GT Educação do Gabinete de Transição, também estiveram presentes a professora Iara de Xavier; o assessor jurídico da ABMES, Bruno Coimbra; e o novo diretor executivo da Associação, Andrei Candiota. A percepção de todos foi a de que o novo governo está muito receptivo para dialogar e trabalhar em cooperação com todo o setor educacional, tanto público quanto particular, valorizando a diversidade das IES brasileiras.
Essa postura não surpreende e condiz com o discurso adotado pelo grupo que saiu vencedor nas últimas eleições. Nossa expectativa é a de que os canais sigam abertos para a troca de ideias e o apoio mútuo a partir de janeiro de 2023, quando todas as proposições e intenções efetivamente poderão ser colocadas em prática.
Sempre defendemos que a união entre os setores público e privado é o melhor caminho para que tenhamos uma educação superior forte, de qualidade e acessível a todos os brasileiros que desejam cursá-la. A reunião com o grupo de transição do próximo governo reforçou esse entendimento e a esperança de que esses laços sejam fortalecidos a partir do próximo ano. Bons ventos anunciam a chegada de um novo tempo para a educação superior. Para o bem do país e dos brasileiros, faremos a nossa parte para que esse prenúncio se concretize.
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