Este ano de 2023 tem sido um bom tempo de colheita, com ventos soprando favoravelmente na direção da educação superior. Em mais uma vitória significativa do setor, das entidades representativas, mas, sobretudo, da sociedade brasileira, o Ministério da Educação (MEC) autorizou, por meio da Portaria Seres nº 144, de 14 de junho de 2023, a ampliação do número de vagas anuais ofertadas nos cursos de Direito e Medicina no âmbito do Programa Universidade para Todos (ProUni).
Essa era uma reivindicação antiga tendo em vista o alto interesse dos estudantes pelas duas áreas. Não é novidade que Medicina e Direito estão sempre entre os cursos mais disputados por aqueles que desejam ingressar em uma graduação em busca da sua formação profissional, e as limitações existentes até meados deste mês iam na contramão dessa procura.
O ProUni é, hoje, a principal ação inclusiva na esfera da educação superior. Com as últimas reformulações do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), e a retirada do caráter social do programa, o ProUni assumiu esse posto nos últimos anos. Centenas de milhares de estudantes só estudam ou se formaram porque foram beneficiados pelas bolsas concedidas pela iniciativa.
Aliás, outra batalha que assumimos neste ano consiste na ampliação e no fortalecimento do ProUni para que ele siga transformando vidas. Nesse processo, nossa defesa é a de que todo o público que hoje está no Fies, mas tem perfil para o ProUni, seja acolhido pelo programa de bolsas de estudo, o que reduziria a evasão escolar e daria condições iguais para os iguais.
Por ora, contudo, vale celebrar mais essa grande conquista alcançada e registrar que nada disso teria sido possível sem a colaboração de um exército de pessoas que dedicaram seu tempo e talento para fazer isso acontecer. De forma especial, agradeço ao ministro da Educação, Camilo Santana, e toda a sua equipe que têm sido grandes parceiros nessa caminhada rumo a uma educação mais justa e inclusiva. Agradeço também às entidades irmãs da ABMES, a Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (ANEC) e a Associação Brasileira de Instituições Educacionais Evangélicas (ABIEE), por estarem junto conosco ao longo dessa jornada.
Garantir que todos os brasileiros tenham respeitado o seu direito constitucional à educação precisa ser prioridade neste país. E não se trata de qualquer educação, mas de uma formação de qualidade, que o prepare para a vida profissional e também para exercer a sua cidadania de forma plena e consciente. É nessa educação que acreditamos e é para ela que trabalhamos. Por isso, o que desejamos é vida longa e que os ventos sigam soprando a favor do ProUni e da educação brasileira.
13