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Ensino-aprendizagem e não ensino e aprendizagem

Max Damas

Assessor da Presidência do SEMERJ. Assessor da Presidência da FOA (Fundação Oswaldo Aranha). Escritor e Consultor Educacional

10/10/2023 06:00:01

As metodologias ativas de aprendizagem têm suas raízes na obra do educador norte-americano John Dewey, que no início do século XX enfatizou a importância da aprendizagem baseada na experiência e na participação ativa do aluno. No entanto, as metodologias ativas ganharam maior destaque a partir da década de 1960, quando o educador brasileiro Paulo Freire desenvolveu sua abordagem de educação popular, baseada na ideia de diálogo e construção do conhecimento em conjunto com os alunos.

Nos últimos 15 anos, as instituições de ensino superior começaram a refletir sobre o potencial do uso dessas metodologias, seja por modismo ou por compreensão da sua eficiência em conjunto com o uso das tecnologias digitais ou para olhar de fato o que e como os estudantes estão aprendendo. As escolas de ensino fundamental e médio já tinham esse olhar bem antes das cátedras universitárias, possivelmente devido a formação dos seus professores passarem pela formação obrigatória em licenciatura e pedagogia. Como bem sabemos, nas IES a formação pedagógica durante muito tempo passou a largo, muito devido a formação dos seus docentes ser mais pelo olhar da sua atuação profissional fora do ambiente educacional. Isso não significa que professores que não tiveram a formação pedagógica, não saibam ensinar. No entanto, sabemos que poderíamos fazer muito melhor se uníssemos o dom inato de ensinar de alguns professores aos instrumentos e metodologias pedagógicas apropriados.

O uso das tecnologias digitais teve o papel de encantar as IES e os seus docentes, pensando que estavam inovando em práticas pedagógicas ou metodologias ativas de aprendizagem, pelo simples fato usarem ferramentas que acompanham a execução de projetos dos estudantes, que fazem “quizzes” dinâmicos durante a aula, que organizam salas invertidas e assim por diante. Todas as IES estão inundadas com essas ferramentas, mas falta o método. Se falta o método, falta relação, falta empatia, falta a construção coletiva. 

Nesse encantamento tecnolõgico, continuamos esquecendo o que de fato importa: os estudantes estão aprendendo da melhor forma, construindo habilidades de pensamento crítico (critical thinking), colaboração, criatividade e comunicação?  Essas são as famosas habilidades dos 4 Cs que o historiador Yuval Harari apresenta no capítulo sobre o futuro da educação, no seu livro “As 21 lições para o século XXI”, em que ele nos diz que a única forma de convivermos com as máquinas é persistirmos e aprofundarmos nessas 4 grandes habilidades.

Sócrates, filósofo grego que viveu há 2.400 anos, já sabia das metodologias ativas mesmo sem rotulá-las. O famoso método socrático baseia-se na ideia de que o aprendizado ocorre por meio do diálogo e da investigação, com o professor atuando como facilitador das discussões em vez de um transmissor de conhecimento. No método socrático, o professor faz perguntas abertas e desafiadoras aos estudantes, estimulando-os a pensar criticamente, a analisar conceitos e a desenvolver seus próprios argumentos. Os alunos são incentivados a participar ativamente, a questionar suas próprias crenças e a buscar respostas por meio da reflexão e do debate.

Claramente, sem usar nenhuma tecnologia, Sócrates já sabia que não se usa os verbos ensinar e aprender de forma separada, mas sim como uma palavra composta indivisível: ensino-aprendizagem. Uma só existe se a outra também existir, não se ensina para si mesmo e nem se aprende sozinho. Sempre precisamos do outro nos ativando, uma hora como professor, outra hora como estudante - não importa quem ativa e sim o que se aprende.

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