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Mais um (triste) retrato da desigualdade brasileira

Celso Niskier

Presidente do Conselho de Administração da Abmes
Membro do Conselho Nacional de Educação e Reitor do Centro Universitário UniCarioca.

20/11/2023 06:00:01

Desigualdade é uma marca do Brasil. Uma marca que muito nos envergonha, mas seguimos sem conseguir apagá-la. Há décadas estamos entre as nações mais desiguais do planeta, e não é novidade que esse cenário é mais intenso entre as parcelas da população insistentemente mais negligenciadas em direitos e oportunidades, como pretos e mulheres.

No contexto geral do país, a equidade ainda é um sonho distante, seja ela social, racial, econômica ou de gênero. Trata-se de uma questão histórica e cultural que precisa ser superada em toda a sua extensão. Mas e quando a lupa é colocada sobre um grupo de pessoas que, teoricamente, estão no mesmo nível de conhecimento e de maturidade profissional?

Embora não seja possível negar a diferença de bagagem sociocultural com a qual cada estudante ingressa na educação superior, ao longo de 4 ou 5 anos de formação todos têm acesso aos mesmos recursos e informações. O diploma de graduação passa a ser o ponto de corte que os favorece na corrida por um posto de trabalho em um mercado cada vez mais competitivo. Assim, todos os recém-formados passam a ter as mesmas oportunidades, certo? Errado.

O Índice ABMES/Symplicity de Empregabilidade 2023 (IASE) mostra que, desde o início da carreira profissional, mulheres e negros têm mais dificuldade de conseguir um trabalho e, quando conseguem, recebem salários menores. Os dados mostram que os homens têm maior empregabilidade (82,2%) em comparação às mulheres (74,1%). Em relação à renda, o cenário é ainda mais desfavorável para as representantes do sexo feminino. De acordo com o levantamento, os homens (R$ 5.120) recebem, em média, 40% a mais do que as mulheres (R$ 3.658).

No quesito raça, os brancos têm tido mais empregabilidade (81%) e maior renda média (R$ 4.642) em comparação aos demais. A maior distância está no grupo de pretos, em que 63% estão atuando como profissionais na área de formação e a remuneração média é de R$ 3.288, valor 30% menor que os brancos.

O etarismo, uma discriminação muito presente na nossa sociedade, mas ainda muito pouco debatida, também foi mapeado pela ABMES e pela Symplicity. A maior taxa de empregabilidade encontrada pelo IASE 2023 foi entre os egressos com idades entre 25 e 35 anos (51%). Entre os que conquistaram o diploma após os 50 anos, 96,9% não estavam trabalhando.

Vale lembrar que todos os entrevistados para a pesquisa são recém-formados, ou seja, concluíram suas graduações em até um ano. Portanto, é difícil pensar que existam outras razões que justifiquem números tão discrepantes que não sejam o preconceito e a discriminação com mulheres, pretos e pessoas mais velhas.

Precisamos de políticas públicas que promovam maior empregabilidade e renda para os grupos populacionais menos favorecidos. Não podemos seguir tratando como iguais aqueles que são vistos de forma desigual pelo mercado de trabalho. Os dados apresentados pela IASE 2023 são um excelente ponto de partida a partir do qual ações e projetos podem ser estruturados.

As instituições particulares de educação superior, responsáveis por cerca de 80% das matrículas no país, estão comprometidas em fazer a sua parte para oferecer ao mercado profissionais conectados com as demandas e expectativas deste século 21. O que não corresponde à atualidade, e precisam ser exterminadas, são atitudes discriminatórias. Seja no mercado de trabalho ou em qualquer outra esfera da sociedade, não há mais espaço para preconceito e discriminação.

 

Artigo originalmente publicado no dia 05/10/2023 pela CNN Brasil.

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