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Mais acesso, menos desigualdade: a educação superior no Brasil

Celso Niskier

Presidente do Conselho de Administração da Abmes
Membro do Conselho Nacional de Educação e Reitor do Centro Universitário UniCarioca.

03/03/2025 06:49:43

Nas duas últimas décadas, o Brasil experimentou avanços significativos no acesso à educação superior. A boa notícia foi anunciada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e integra os resultados preliminares do Censo Demográfico 2022. De acordo com o levantamento, a proporção de brasileiros com 25 anos ou mais que concluíram uma graduação saltou de 6,8%, em 2000, para 18,4%, em 2022, ou seja, um crescimento de 2,7 vezes em 22 anos.

Com quase 80% das matrículas concentradas nas instituições privadas de educação superior, não há dúvida de que esse aumento expressivo está diretamente relacionado ao sucesso de políticas públicas como o Fies e o ProUni. Contudo, outros dois fatores também foram fundamentais para essa conquista: o fortalecimento das IES particulares e a expansão da educação a distância.

Ao ampliarem a quantidade de vagas e atenderem à demanda crescente pela formação superior, as instituições privadas desempenham um papel crucial ao oferecerem cursos cada vez mais alinhados com as expectativas dos estudantes e as demandas do mercado de trabalho. Além disso, a educação a distância derrubou inúmeros obstáculos impostos pelo preconceito e se consolidou como uma alternativa viável de acesso à graduação.

Isso porque, ao eliminar barreiras geográficas e temporais, a EAD não apenas possibilita que pessoas de diferentes localidades, incluindo áreas rurais e periferias urbanas, tenham acesso a cursos de graduação, como também viabiliza a continuidade dos estudos para aquelas pessoas que precisam conciliar a rotina acadêmica com trabalho ou outras atividades.

Para os próximos anos, minha expectativa é a de que novas modalidades híbridas de ensino assumam uma parcela significativa desse espaço que hoje é ocupado pela educação a distância, tornando o processo de ensino e aprendizagem ainda mais atrativo, eficiente e conectado com as necessidades deste século 21. Aguardemos os próximos censos demográficos para constatar se acertei, ou não, nesse exercício de futurologia.

Outro ponto positivo trazido pelo Censo 2022 diz respeito à redução da desigualdade em relação à cor ou raça dos estudantes. Por exemplo, entre 2000 e 2022, a proporção de pessoas pretas com 25 anos ou mais com educação superior completa cresceu de 2,1% para 11,7%, e a de pardos de 2,4% para 12,3%. Políticas afirmativas e a atuação das IES privadas, que têm ampliado o acesso à graduação de grupos historicamente marginalizados, foram essenciais para esse desempenho.

Entretanto, nem tudo é celebração. Como bem sabemos, e os dados do IBGE corroboram, ainda existem desafios a serem superados. Por exemplo, enquanto as regiões Norte e Nordeste possuem 12,67% e 11,71%, respectivamente, dos seus habitantes com ensino superior completo, nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul os índices são de 19,8%, 19,36% e 18,64%. Além disso, embora tenhamos praticamente triplicado o percentual da população com nível superior, nosso desempenho ainda está muito abaixo da média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que é de 48%.

Em síntese, a expansão da educação superior no Brasil é reflexo de esforços empenhados pelos setores público e privado ao longo das últimas décadas e merece, muito, ser celebrada. Cada indivíduo que conseguiu concluir o nível terciário da educação ampliou significativamente a possibilidade de progredir na carreira e oferecer melhores condições de vida para si e sua família. Agora, o país precisa se manter determinado a obter resultados ainda mais satisfatórios nos próximos levantamentos para que possamos seguir sonhando com uma nação mais justa e próspera para todos os brasileiros.

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