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Formação médica não tem dono, tem compromisso com a saúde

Janguiê Diniz

Diretor-presidente da ABMES e Secretário-executivo do Brasil Educação, Fundador e Controlador do grupo Ser Educacional, Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo

08/09/2025 09:30:00

A formação médica no Brasil tem sido pauta constante de debates, muitas vezes marcados por generalizações e preconceitos que não resistem à análise técnica e legal do tema.

Um dos alvos frequentes dessas críticas são as instituições privadas de educação superior, acusadas de não oferecerem a devida qualidade na formação de profissionais de medicina. No entanto, esse tipo de afirmação ignora os avanços regulatórios, a seriedade dessas instituições e, sobretudo, o papel do Estado na avaliação e autorização de cada curso.

É legítimo, e necessário, discutir os rumos da formação médica no país. O que não se pode aceitar é o apagamento da contribuição histórica e atual do setor privado, que tem respondido de forma estruturada à crescente demanda por médicos.

Ao contrário do que algumas entidades corporativas tentam disseminar, a expansão da oferta de vagas em cursos privados não ocorre de forma desordenada: ela obedece um rigoroso processo de regulação e avaliação conduzido pelo Ministério da Educação (MEC) que leva em conta a infraestrutura, o corpo docente, o projeto pedagógico e, mais recentemente, a adesão a políticas públicas voltadas à fixação de profissionais em áreas de maior vulnerabilidade.

Ainda assim, dados da Demografia Médica 2025, publicada pelo Ministério da Saúde, apontam que o Brasil conta com 2,98 médicos por 1.000 habitantes (abaixo da média da OCDE, que é de 3,70). Entre 47 países avaliados, o Brasil ocupa a 33ª posição. Esses números não apenas justificam como exigem a ampliação da formação médica no país.

As instituições privadas têm sido essenciais para responder a esse desafio. Ignorar esse esforço é desconsiderar uma parte significativa da solução. Além disso, todos os egressos, independentemente da natureza jurídica da instituição onde se formaram, passam por exigentes processos de residência médica e provas de especialização. Sem falar do Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed), ao qual todos os concluintes serão submetidos a partir do final deste ano.

A generalização de que médicos formados em instituições privadas estariam automaticamente despreparados é não apenas injusta como desinformada. Ao contrário, são inúmeros os exemplos de excelência e inovação acadêmica no setor privado, que inclusive tem investido em tecnologia, simulação clínica e metodologias ativas de ensino com mais agilidade do que muitos cursos públicos. O que deve ser combatido é a oferta irresponsável (seja pública ou privada) e, para isso, os instrumentos regulatórios e avaliativos do Estado são indispensáveis.

Se o objetivo é ampliar o acesso à saúde de qualidade, é fundamental que a formação médica seja tratada com a seriedade e a isenção que o tema exige. O país precisa, indiscutivelmente, de mais médicos. E isso somente será alcançado com o engajamento efetivo de todos os setores comprometidos com a educação, com a equidade no atendimento à população e, acima de tudo, com a valorização da vida.

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Fonte: Artigo "Formação médica não tem dono, tem compromisso com a saúde", de autoria de Janguiê Diniz, publicado originalmente na Folha de S.Paulo em 19/08/2025. Acessível em: https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2025/08/formacao-medica-nao-tem-dono-tem-compromisso-com-a-saude.shtml .

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