Caio Polizel*
Consultor
caio@hoper.com.br
***Cada vez mais aparecem na mídia afirmações de especialistas sobre um possível "curto-circuito" ou "apagão" de profissionais qualificados disponíveis no mercado de RH. Estudos mostram que, além da contratação de novos profissionais ser um dos grandes problemas para 2011, mais de 45% dos brasileiros do alto escalão pretendem mudar de cargo ou de empresa ainda este ano (segundo pesquisa realizada pela Robert Half, empresa especializada em recrutamento).
Sabe-se também que tal falta de profissionais é resultado direto do crescimento e da expansão dos negócios, não deixando alternativas contrárias à criação de novas vagas e por consequência à ampliação das contratações. Não obstante, esta mazela também é encontrada no contexto educacional, onde tanto os grupos consolidadores quanto pequenos mantenedores já se depararam com a baixa qualificação dos profissionais. Porém, o problema é que os pequenos mantenedores não possuem a mesma disponibilidade de investimentos para aportar em treinamentos e capacitações. Uma solução cada vez mais utilizada pelas IES é a criação da própria Universidade Corporativa, objetivando capacitar seu público interno, fortalecer os planos de carreira e diminuir o êxodo dos profissionais.
Dentro desse contexto de ampla rotatividade, é oportuna uma reflexão: Como ficaremos se todos esses profissionais citados mudarem de emprego? Teremos realmente o mal fadado apagão de profissionais? Corremos o risco de ampliar uma possível ineficiência organizacional? Existe a possibilidade de redução no crescimento das instituições por conta da escassez de profissionais?
Se uma ou todas as afirmativas destacadas anteriormente forem verídicas teremos que utilizar alguma estratégia para minimizar os impactos. A sugestão, portanto, é uma estratégia que pode ser utilizada pelas empresas e instituições a fim de manter os profissionais motivados e envolvidos com a IES. Trata-se de um conceito atual na gestão de pessoas intitulado Âncora de Carreira.
A Âncora de Carreira pode ser definida como um conjunto de valores pessoais que a pessoa não renuncia ou abandona, mesmo diante de uma escolha difícil, pois representa seus propósitos internos, sua hierarquia de valores. Segue abaixo as categorias gerais das oito âncoras de carreira, descritas nas teorias sobre o tema, normalmente expostas e relacionadas aos conjuntos de valores do indivíduo:
- Competência técnico/funcional (especialistas);
- Competência gerencial (liderança);
- Autonomia/ independência (liberdade);
- Segurança/ Estabilidade (carreira);
- Criatividade empreendedora (empresa própria);
- Serviço/ Dedicação a uma causa (propósito);
- Puro desafio (competitivo);
- Estilo de vida (integração);




