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Alfabetização e letramento – conceitos que fazem enorme diferença para quem chega ao Ensino Superior

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01/08/2011 04:59:27

Andréa Tavares Mestre em Ciência Política/Relações Internacionais (UFPE) Editora do Diário Oficial do Poder Legislativo. Docente em Comunicação Social, Ciência Política e Relações Internacionais andreatavaress@gmail.com *** Expressar o pensamento, principalmente usando a escrita, é um desafio milenar. Ao tomar o Brasil como referência, verificou-se, por anos, um elevado índice de analfabetos. O problema se agravou quando o cenário histórico, político e econômico exigiu a redefinição do conceito analfabetismo. Dois termos, então, ganharam espaço: alfabetização e letramento. Para os pedagogos, o primeiro processo vincula-se à compreensão e ao domínio do código escrito. O segundo, por sua vez, é entendido como a inserção na cultura escrita. Geralmente, tem início na infância, quando a criança se depara com comerciais, revistas, rótulos de produtos, e continua por toda a vida. A partir desse cenário, fica mais fácil compreender por que elaborar uma redação - atividade exigida para o ingresso até mesmo em faculdades de pequeno porte - sintetiza a angústia de milhares de alunos.  Afinal, alfabetizar não se reduz ao domínio das "primeiras letras". É fundamental saber utilizar a língua escrita em diferentes situações, lendo e produzindo textos. Pessoas que ingressaram na escola aprenderam a decifrar o código escrito e se tornaram aptas a ler textos curtos, porém não dominam a língua escrita em situações que exigem habilidades mais complexas, são consideradas alfabetizadas ou analfabetas funcionais. Estão, portanto, distantes da classificação “letradas”, pois não possuem o conjunto de conhecimentos, de atitudes e de capacidades necessário ao uso da língua em práticas sociais. A rejeição ao ato de ler ou de escrever se torna mais intensa para os que chegam à Graduação. Em sua maioria, esse grupo é fruto da Era Digital, na qual os principais recursos para se expressar se resumem aos emotions e outros símbolos que a rede convencionou, deixando de lado a gramática. O argumento difundido para tal prática, infelizmente, parece ter convencido muitos. A Internet se mostra como ferramenta que prima pela agilidade. Assim, a informalidade do processo comunicacional é apresentada como “inerente”. Em qualquer disciplina oferecida no Ensino Superior, alunos de várias idades e classes sociais veem a proposta de redigir um documento formal, uma prova, um trabalho ou um bilhete como exercício inexequível. Observando o que aprendi com uma professora que ilustrava as aulas com exemplos verídicos, mas que dizia: “conto o milagre sem dizer o nome do santo”, compartilho, como tantos outros docentes, a triste experiência de ler trechos de apenas cinco linhas em que a maioria dos problemas enfrentada pelo alfabetizado ou analfabeto funcional é observada: falta de nexo, de clareza e de pontuação. Ortografia e concordância prejudicadas por toda a sorte de desrespeito à norma culta. Desconhecimento do tema. O estudo de Charles Sanders Peirce sobre Signos (Semiótica) foi citado, em uma prova, como ‘fenômeno zodiacal’. Evocou-se diferentes representações -Áries, Touro, Gêmeos e outras-, embora a aula nada tivesse a ver com astrologia e, sim, com comunicação. A palavra “complacente”, no capítulo de um livro, chegou a ser assimilada como “algo sobre a placenta e o bebê”. A expressão “barganha”, por fim,  foi “corrigida” da seguinte forma: “próf (professora) num (não) é barganha (troca) é ‘baranga’ (termo pejorativo para se referir a uma mulher). Acho que baranga tem haver (a ver) com economia por que (porque) tem muita mulher e pouco homem....É aquele negócio de oferta e de quem manda (demanda)” . Entre parênteses, tomei a liberdade de inserir as palavras como deveriam ter sido grafadas. Há inúmeros e-mails com exemplos semelhantes circulando na Internet e que se tornam alvo de gargalhadas. Os exemplos acima foram vivenciados por mim, em conceituadas instituições; variados cursos e períodos; entre alunos de perfis e históricos escolares diferentes. Não sorri ao ler os textos. Nos três casos específicos, tive a oportunidade de convidar cada autor para uma conversa particular. Queria entender o que tinha originado àquelas respostas. Sobre o primeiro e o último exemplo, ouvi dos alunos que “ler é muito chato”, então, se há uma prova dissertativa, eles buscam a “lógica” ou semelhança da palavra mencionada no (pobre) universo linguístico que dominam. Insisti querendo compreender por qual motivo “ler é tão chato”. Afinal, eles usavam Internet, acessavam vários sites. De forma generalizada, ambos lembraram que, na infância, não liam nem mesmo história em quadrinhos (gibis) e, quando a professora passava algum livro paradidático, a “saída” era pedir aos pais, irmão mais velho ou amigo que lessem e fizessem o resumo. Muitos pais foram coniventes e, achando que facilitavam o aprendizado, tiraram dos filhos a possibilidade de virem a se familiarizar com as letras. Agora, adultos, consideram qualquer texto com mais de dez linhas “bastante cansativo”. Quanto ao autor da “análise” sobre barganha, ouvi uma explicação igualmente preocupante. Para este, o contato com a leitura se processou na família, que gostava de revistas e, no final de semana, adquiria jornais. Entretanto, ao ingressar na escola, ele se deparou com um “sistema mais fácil, a decoreba”. Para qualquer matéria, não era necessário ler capítulos do livro. Bastava responder aos questionários oferecidos pela professora ou pelo autor da obra didática. A prova era extraída literalmente dessa síntese de informações. Em alguns anos, a leitura que não era hábito consolidado perdeu-se. O dinamismo da língua foi tolhido pelo vocábulo mais simples que o jovem dominava e, agora, na universidade, despertá-lo para uma relação proveitosa com a leitura e a escrita não lhe parece interessante. É fato que um movimento para despertar o gosto pela leitura, a partir da promoção de feiras e livros interativos, tem ganhado, anualmente, mais espaço. Mas a geração que se faz presente nas instituições de Ensino Superior não chegou a ser contemplada pela iniciativa. Tornou-se, então, responsabilidade de cada docente, indiferente à disciplina que ministre, tentar implantar alternativas que reduzam essa lacuna. Sabemos que alfabetizados ou analfabetos funcionais não ocupam espaços relevantes no mercado de trabalho. No máximo, vão ostentar um diploma de Graduação, que poderá ser pendurado na parede ou esquecido em uma gaveta. Os equívocos cometidos no passado não isentam educadores da responsabilidade de promover um novo modelo na relação Graduando – Leitura – Escrita. Inserir nas atividades acadêmicas artigos e livros de interesse para o futuro profissional é uma das sugestões que considero exitosa. Estabelecer o hábito de ler textos referentes a assuntos que se mostram importantes ao desenvolvimento profissional levará o graduando a assimilar novos conceitos e aprimorar o vocabulário. Em algum tempo, esse hábito se estenderá a leituras diversificadas e, em vez de alunos alfabetizados, teremos graduandos letrados. Acredito que eles serão futuros profissionais aptos a integrar o mercado e a fazer diferença na chamada Sociedade da Informação.  

13/12/2013

maria d guia de medeiros silva

segundo paulo freire, a educação é um processo inacabado,frase que concordo.nos dias atuais alfabetização é visto como um processo inacabado que esta em constante construção buscando novas praticas pedagógicas na intenção de adquirir novos conhecimento. por tanto é necessário que os profissionais tenham uma formação de acordo com a realidade presente.

30/10/2011

cristiane

manda,pra mim um conceito ressumido de alfabetizacao e letramento, e introducao.obrigada!

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