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Quem vai pagar a conta?

Roney Signorini

25/10/2011 04:56:07

[caption id="attachment_85" align="alignleft" width="150" caption="Roney Signorini"][/caption] Prof. Roney Signorini Consultor Educacional roney.signorini@superig.com.br ***
Na sexta-feira, 21, acordamos com o noticiário educacional informando sobre o aumento da carga horária diária na educação básica (fundamental e médio), que pode passar de quatro para cinco horas. Desnecessário dizer que alguém terá de pagar essa conta, nas públicas e nas privadas. Na área educacional há modalidades diferenciadas de relações trabalhistas: o mensalista, o aulista, o horista, etc. Assim, subir a carga de 800 horas em 200 dias letivos para 1.000 horas, ou seja, um acréscimo de 25% poderá encarecer essa prestação de serviço diretamente ao Estado e no bolso dos pais. Tal aditivo de uma hora nas atividades escolares levará as administrações escolares a injetar meia hora antes do horário regular e a outra meia hora após o horário que vinha terminando, ou a hora cheia será anexada antes, por exemplo, a partir das sete horas? Quem sabe colocada após as 12, assim chegando o expediente até as 13 horas? Pela frente vislumbram-se convulsões, revoluções, embates, discussões que estarão antes e após as salas de aulas. Nas capitais, com trânsito já assoberbado e sobrando pelo ladrão, a coisa vai ficar pior. Os custos administrativos das escolas vão subir de tal forma que o repasse é mais do que lógico, restando saber a que proporção. Do servente ao faxineiro, dos operadores das secretarias ao pessoal da segurança e, é claro, a massa docente. Os cantineiros vão soltar rojões, pois qual criança fica sem comer por cinco horas? As merendas nas públicas precisarão ser reforçadas, e como. No tocante aos conteúdos das disciplinas, vão sobrar tapas e bofetões nas nem sempre pacíficas reuniões pedagógicas, agora estimuladas por vai tirar de onde, vai colocar onde, ou melhor, vai agregar o quê? Mexer com conteúdos é mister muito delicado, pois é possível manter os tradicionais, só alongando a proposta, lembrando o exemplo do pé pequeno em sapato grande ou vice-versa. Ou seja, um conteúdo que exige(ia) 4 horas de aulas pode com mais folga ser colocado em 8 ou mais horas, mais devagar com o andor. Como se vê, não se tratará de agregar novos e mais conhecimentos, novamente caindo na vala do jeitinho brasileiro. As lições, exercícios, tarefas e deveres de casa, para otimização do horário, poderão muito bem passar a ser feitos nas salas, para justificar o adicional de uma hora. É o ideal? A discussão foi lançada mês passado pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, dias depois de os resultados do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) mostrarem que diminuiu a proporção de escolas públicas entre as tops do país. É o que afirma o jornalista Fábio Takahashi, da Folha de S.Paulo. O que fica um tanto difícil de entender é que a educação básica, digamos, a partir da década de 50 e até recentemente, tinha onze anos (4 de primário, mais 4 de ginásio (ou 8 de ensino fundamental) e mais 3 de colegial (ou ensino médio)). Resolveu-se, então, adicionar mais um ano ao fundamental e nem assim encontrou-se solução. A expansão de cargas horárias é a saída ou também passa por melhores e maiores competências docentes nas salas de aulas, de modo, aí sim, a avaliar o desempenho do alunado com efetiva avaliação desses docentes? Um jogo de futebol nos permite uma análise de carga horária, pois a contenda ocorre em regulamentares 90 minutos. Eventual prorrogação busca completar o tempo em decorrência de paralisações. Entre pernas-de-pau nem com quatro horas de jogo vai ocorrer gol. Se aconteceram gols ou não, a história é outra e assim devemos voltar os olhares para as competências dos jogadores. O que é que o relógio/tempo tem a ver com isso? A disciplina e sua carga horária Fixada para ter 40 horas/aulas-semestrais e abrigar os conteúdos previamente estabelecidos, a oferta de uma disciplina de curso, à razão de 2 horas/aula-semana transcorre durante 20 semanas (ou 100 dias letivos). Divirta-se fazendo outros cálculos, com 4horas/aula e 40 semanas (200 dias letivos). Considerando os números abaixo, na hipótese de o início da aula acontecer com 5-10-15 ou 20 minutos de atraso, bem como se finalizada com iguais 5 ou mais minutos antes do término regulamentar, tem-se resultados desastrosos. Tabela de Atrasos em Minutos
Semanas 5’ minutos 10’ minutos 15’ minutos 20’ minutos
1   5 10 15 20
2 10 20 30 40
3 15 30 45 60
4 20 40 60 80
5 25 50 (1h/ aula) 75 100 (2hs/ aula)
10 50 (1h/ aula) 100 (2hs/aula) 150 (3hs/aula) 200 (4hs/ aula)
15 75 150 (3hs/aula) 225 300 (6hs/ aula)
20 100 (2hs/aula) 200 (4hs/aula) 300 (6hs/aula) 400 (8hs/aula)
  Na Tabela, usando o indicador mais radical, suprimindo-se 20 minutos de cada aula/encontro que deve ter 100 minutos, ao longo de 20 semanas, na disciplina programada para carga de 40hs/aulas/semestrais, restarão 32hs/aula porque os atrasos representam 400 minutos (que é igual a 8hs/aula). Ao considerar também alguns acidentes de percurso como feriado, falta de energia, greve de transportes, enchentes ou questões de saúde, etc., adicionem-se outros tantos encontros perdidos, chegando facilmente a umas otimistas 24 a 28 horas daquelas que deveriam ser 40hs/aula. O exemplo adotou uma única disciplina semestral, mas o aluno tem em média 5 a 6 disciplinas nesse período, totalizando 40 a 48 disciplinas durante um curso de 8 semestres (4 anos). É realmente fatal para a educação e inteligência nacionais a incidência dessa perda, que pode subtrair até 800 horas de um currículo. Tomando como exemplo um curso programado para uma carga total de 3.200 horas, significa 25% de aula/conhecimento não dado e não aprendido. Se a pontualidade de horário fosse cumprida plenamente, nossos jovens, com certeza, estariam se formando com mais competências.  

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