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A zona cinza das estatísticas educacionais

Rafael Villas Bôas

30/08/2010 04:41:20

Rafael Villas Bôas Consultor Associado de Marketing na Hoper Educacional e criador do portal www.quemdisse.com.br
***
Entre 2005 e 2008 passaram pelas salas de aula de 3 Ano do Ensino Médio, 9.1 milhões de estudantes. Se desconsiderarmos os repetentes, 9.1 milhões de concluintes únicos. Por outro lado, se considerarmos os alunos da Educação Profissional (1 milhão em 2009) e da Educação de Jovens e Adultos (1.2 milhão em 2009), o número de formandos do ensino médio ultrapassa 11 milhões nesse período. No mesmo espaço de tempo, 5.8 milhões de pessoas ingressaram no Ensino Superior no país. Desconsiderando aquelas com  mais de 30 anos (em média 30%), passaram nos vestibulares (e outros processos seletivos) 4 milhões de jovens com menos de 30 anos, a maior parte recém egressa do ensino médio, no processo de continuidade da educação por meio da faculdade.
2005 2006 2007 2008
Alunos de 3 Ano 2.412.701 2.385.919 2.211.998 2.176.547
Ingressos (Vestibular + Outros Processos Seletivos) 1.397.281 1.448.509 1.481.955 1.505.819
Não Ingressos 1.015.420 937.410 730.043 670.728
Na “aritmética de padaria”, na outra ponta, seis milhões de estudantes não ingressaram em  nenhum Curso Superior, gerando uma questão fundamental para os gestores do segmento: “onde foram parar, afinal?” Parte aglutinou-se nas salas dos cursinhos preparatórios, cantarolando formulas, decorando machetes e investindo na preparação necessária para a aprovação nos vestibulares mais concorridos das instituições publicas. Parte foi absorvida pelo mundo do trabalho (aqueles alunos da educação profissional com salários razoáveis). Uma quarta parte, no entanto, vem trilhando o caminho pouco mensurado dos cursos preparatórios para concursos publicos. Um mundo novo de empregabilidade e segurança De dezembro de 2002 a outubro de 2009 (no governo Lula) foram criados no poder executivo 63.270 novos postos (totalizando – segundo dados do Ministério do Planejamento – 549 mil servidores publicos no poder executivo). Nos concursos mais disputados  90% dos aprovados freqüentaram cursos preparatórios. Os números do que já se convencionou chamar de a “indústria dos concursos” são superlativos. Segundo informações da Editora Jornal dos Concursos, referência no segmento, publicadas em reportagem do Jornal de Brasília de 08/02/2010, atualmente existem mais de 86 concursos com inscrições abertas que somam 233.215 vagas e salários que podem chegar a R$ 20 mil reais por mês. A afirmação segundo a qual é preciso diminuir o “tamanho do Estado” ─ do ponto de vista do emprego público ─ necessita de mais fundamentos. Pelo menos comparativamente. Dados recentes, tanto do Ministério do Trabalho, quanto do IBGE, mostram que no Brasil, o serviço público representa 1/5 dos empregos do país, em 2008. Já nos países da Europa Ocidental, conhecidos pela qualidade dos serviços públicos que oferecem às suas populações, o emprego público equivale a pelo menos 25% do total de ocupados. Na França 28%. Essas questões foram reveladas pelo levantamento com dados da Pesquisa Nacional de Amostragem de Domicílios, o Pnad, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que estimou – ainda – em 10 milhões, o número de brasileiros que buscam uma vaga no serviço público. A pesquisa considera todos os candidatos. Não só os que estão matriculados em cursos preparatórios, mas também os que estudam em casa. Concursandos preparando-se em cursos preparatórios presenciais e/ou semipresenciais são da ordem de 20% dos inscritos (2 milhões de potenciais candidatos). Esse mercado torna-se atraente por possuir um numero menor de atores que o do Ensino Superior. Enquanto, atualmente, mais de 2 mil instituições de ensino superior atuam no Brasil, pouco mais de 500 cursos preparatórios para concursos absorveram esses milhões de estudantes em 2008 segundo dados da a Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos (ANPAC). Compreender o novo transito da educação continuada, desviado do ingresso imediato e tradicional no Ensino Superior, pela oportunidade revelada na explosão das vagas e dos concursos publicos, é entender o caminho trilhado por parte dos “ex-futuros-alunos” das faculdades em todo Brasil. Os cursinhos preparatórios para concursos publicos vem desviando dos vestibulares bons alunos, avidos pelos salários e segurança ofertados nas vagas que não demandam grau superior. Novamente oportunidades ou ameaças, dependem da orientação de cada faculdade. O fato é que – em algumas regiões de forma mais acentuada – muitos estudantes ao finalizarem o terceirão, tem ido aquecer as cadeiras desses cursinhos, no lugar de somar as universidades. E é fato, também, que muitas universidades tem investido nessa lateralização de sua atividade incorporando cursinhos preparatórios ao seu repertório de serviços.
Fusões e Aquisições Atualmente, temos quatro empresas educacionais brasileiras negociadas na BM&FBOVESPA: Anhanguera Educacional, Estácio Participações, Kroton e Sistema Educacional Brasileiro (SEB). A Anhanguera Educacional e a Estácio Participações são as maiores Instituições de Ensino Superior Privadas brasileiras. Essas empresas, por seu porte e capitalização, tornaram-se as principais consolidadoras do setor educacional. Conhecer o perfil de cada uma delas, bem como suas estratégias de atuação, é fundamental para compreendermos o novo cenário competitivo do setor (Cursos Preparatórios) que movimenta quase 25 bilhões de reais anuais. Duas dessas organizações ja absorveram esses “Cursinhos” na sua carteira de empresas. Em outubro de 2008, a Anhanguera desembolsou R$ 180 milhões pela LFG, uma das maiores escolas preparatórias do país, com 64 mil alunos e 370 unidades. Duas semanas depois, o SEB pagou R$ 11,1 milhões pelo Praetorium, escola mineira com 1,9 mil estudantes. Em 2008, a Academia Brasileira de Educação, Cultura e Empregabilidade (Abece), holding carioca formada por nove empresas com aproximadamente 70 mil alunos inscritos, também entrou no mercado de cursos preparatórios. Após um 2009 com apenas quatro negócios fechados na área de educação, já é esperado que investidores e grandes instituições de ensino voltem às compras no próximo ano e uma das áreas que devem despertar atenção são as escolas preparatórias para concursos públicos. Segundo reportagem publicada pelo jornal Valor Econômico em 22/12/2009 a Abece está negociando a compra de mais três cursos preparatórios no Rio, em São Paulo e em Brasília - um deles está em fase final de aquisição. Outra instituição que poderá figurar no hol de consolidadas é a Gran Cursos, escola preparatória sediada em Brasília e com 16,8 mil alunos. Segundo levantamento do Grupo Gran Cursos 20% de seus alunos são de outros estados. Sua mensalidade média é de pouco mais de R$ 1 mil e seu faturamento anual é superior a R$ 200 mihões. No grupo das maiores escolas focadas em concurso público, estão a carioca Academia do Concurso, as paulistas LFG, Damásio de Jesus e Central de Concursos, além das mineiras Praetorium e Orvile Carneiro e a paranaense Aprovação.
 

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