Gabriele Monique
Relações Públicas da Humus Consultoria
Pós-graduada em gestão de Empresas e graduada em Relações Públicas
***Phubbing não é uma nova tecnologia, nem um novo celular e muito menos um jogo inédito. A palavra é uma união entre “phone” (telefone) e “snubbing” (esnobar) e foi proposta pelo australiano Alex Haigh. Esta nova expressão, já utilizada nos Estados Unidos, é usada para denominar as pessoas que ficam 24 horas conectadas no celular ou tablets e não dão atenção para mais nada. E o que não falta são funções e atividades nos smartphones para contribuir com esta situação.
É fácil de analisar. Repare, principalmente nos mais jovens, como eles se relacionam, ou não, com os outros indivíduos na rua, em um restaurante ou no shopping. Eles ficam sentados em grupos, porém trocam poucas palavras. O motivo: estão atualizando o check in no Foursquare. Após um tempo, eles se reúnem para tirar uma foto e já voltam para os seus aparelhos para inserir a imagem no Facebook. E engana-se quem acha que eles ficam assim só por alguns minutos, porque eles perdem diariamente várias horas no celular e sem nenhuma comunicação frente a frente.
A tecnologia com certeza veio contribuir para a nossa vida, pessoal e profissional, e encurtar as distâncias geográficas, porém ela não pode ser uma necessidade constante e que substitua o convívio pessoal. Afinal, porque falar pelo bate-papo da rede social se você está ao lado da pessoa e pode ver a reação dela pessoalmente?
Ninguém pode negar que a internet contribuiu muito com o nosso trabalho e para termos mais tempo para nossos familiares e amigos, mas, em vez de aproveitarmos estes momentos livres com as pessoas que amamos, estamos utilizando esta oportunidade para nos excluirmos do mundo e vivermos uma realidade virtual.
As instituições de ensino precisam ficar atentas a este fato. A implantação de tecnologia na sala de aula é fundamental, mas é preciso tomar cuidado e planejar para não contribuir com o phubbing. A internet deve ser sempre uma aliada da educação, porém não podemos nos tornar reféns dela.
A escola é o primeiro ambiente que a criança tem um convívio social mais amplo e isto se intensifica ainda mais na faculdade, por isso, é importante que as instituições tenham a preocupação de continuar priorizando o relacionamento “real” de seus alunos e professores.
Que tal escolhermos um dia ou um final de semana para desligarmos os aparelhos eletrônicos e voltarmos a nos relacionar, principalmente, frente a frente com as pessoas. Vamos dar mais valor ao que a vida tem de melhor e lembrar que não é preciso postar no Facebook para ser feliz ou mostrar o que é felicidade.




