Prof. Dr. Valmor BolanDoutor em Sociologia, Diretor da Universidade Corporativa Anhanguera e de Relações Institucionais da Anhanguera e Reitor do UNIA***No próximo dia 31 de outubro, o povo brasileiro deve voltar às urnas para escolher o Presidente da República. São dois candidatos com dois projetos de Brasil, a primeira proposta claramente ideológica de esquerda, visando implantar, aos poucos, no Brasil, o socialismo, conforme explicitado no PNDH3. O segundo, com experiência administrativa mais consolidada. Não são relevantes as diferenças de caráter macroeconômico e social entre os candidatos e seus respectivos Partidos. Relevantes sim são as posições de ambos e de seus Partidos em torno da defesa da vida, sobretudo em matéria de legalização do aborto, descriminalização da droga e casamento de homossexuais.
Enquanto no primeiro turno a campanha ficou morna, com um debate que não empolgou diluído ainda com o cacarerismo de candidaturas hilárias, como a do palhaço Tiririca, eleito como uma deficiência do sistema democrático brasileiro, que urge uma reforma política para evitar excrescências; no segundo turno temos a oportunidade de melhor conhecer os dois candidatos e fazer uma escolha com mais discernimento.
Nesse sentido, permanece a tese de que é preciso que haja interesse da nossa parte em participar do processo, porque só assim conseguiremos aprimorar a democracia, que requer um aprendizado constante, daí o voto ser necessário, para que o povo avalie as opções a cada mandato. Neste momento, estaremos novamente diante de duas propostas de Brasil, de duas biografias. Cabe a cada um analisar bem, ponderar, discernir, para fazer uma escolha mais acertada. Não se justifica que nessa hora estejamos indiferentes ou, pior ainda, votando nulo e branco, achando que o voto de protesto vai resolver alguma coisa. O voto cacareco favorece o slogan de Tiririca, de "pior que está não fica!" Esta é a pior atitude que um cidadão pode tomar, pois tem conseqüências na vida de todos, para pior. Uma casa Legislativa, onde se faz a lei de um País, precisa ser ocupada por pessoas qualificadas, que tenham preparo para a missão de legislar. Da mesma forma o exercício do Executivo.
Temos hoje muitos meios ao nosso alcance para avaliar: internet, jornais, vídeos, etc. Não é desculpa alguém dizer que não sabia, que não tinha informações sobre esse ou aquele candidato. Temos que valorizar o nosso voto, fazendo uma escolha consciente. Daí que reforçamos o convite de neste 2º turno, cada um possa participar, não deixe de dar a sua contribuição e faça a sua opção, pois queremos, sem dúvida, um Brasil melhor.




