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Ensino superior brasileiro: desafios preocupantes

Gabriel Mario Rodrigues

Presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES)

21/01/2014 05:47:10

Gabriel Mario Rodrigues 1Gabriel Mario Rodrigues Presidente da ABMES e Secretário Executivo do Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular ***
A Apple tem um patrimônio tremendo. Mas acredito que, sem algum cuidado, a empresa poderia, poderia, poderia - estou buscando a palavra certa - poderia morrer.  (Steve Jobs, 1997).
Algumas civilizações, povos e nações cresceram e se desenvolveram em função de suas realizações e deixaram heranças patrimoniais e culturais grandiosas que persistem até hoje. Ao lado disso, Estados e Impérios foram exterminados por desastres administrativos e deixaram poucos vestígios e testemunhos do passado. Assim também é a realidade das empresas e instituições criadas pelos empreendedores em todos os tempos e em determinadas regiões.  As empresas, a exemplo dos seres humanos, nascem, vivem e morrem e na maioria das vezes nem história deixam. É só analisar a trajetória de milhares de organizações milionárias que foram líderes no século passado e que hoje nem sombra delas existe mais. Acontece em todas as áreas e até na educacional. Exauridas por problemas de toda a ordem, instituições de ensino superior (IES) encerraram suas atividades naturalmente e/ou são descredenciadas pelo Poder Público, tal como aconteceu recentemente com uma universidade e com um centro universitário na cidade do Rio de Janeiro. Diferentemente de qualquer empresa que pode cessar sua produção da noite para o dia sem trazer prejuízos a seus consumidores, as IES não podem ser extintas de maneira abrupta, pois têm uma missão a cumprir, um papel social a desempenhar e fazem parte de um patrimônio que a sociedade deve preservar. Os cursos oferecidos pelas IES levam em média quatro anos para serem concluídos e há um número imenso de alunos envolvidos. Evidentemente, não nos sentimos no direito – e nem é objetivo deste artigo – de analisar as causas do descredenciamento de instituições. Observamos, porém, que de uma maneira geral qualquer iniciativa empresarial ou institucional começa a ter insucesso quando o prato da balança dos custos está mais baixo do que o de vendas, por má gestão, insuficiência de consumidores – dificilmente por outro motivo, ou por força do “cutelo” do Estado. O mercado é sábio e hábil em perceber quando uma escola não vai bem. As IES descredenciadas em questão, reunidas, detinham há cinco anos cerca de 80 mil alunos; hoje detém apenas 12 mil. Como regra geral, sabe-se que IES com grande número de estudantes e com boa administração não desmoronam. A grande questão é que os tempos mudaram, que a realidade atual é diferente daquela de trinta anos atrás, em que havia demanda cativa de alunos e oferta restrita de vagas. Assim, qualquer gestão amadora de profissionais dava conta de concretizar uma faculdade. Atualmente, a competição por matrículas para viabilizarem os cursos constitui-se batalha com gigantescas e dispendiosas estratégias mercadológicas. Isto nos faz enfatizar as concepções básicas do conceito de marketing: atrair e manter estudantes; suprir as suas aspirações; trazer os recursos necessários para atender as necessidades de custeio e permitir o crescimento, o desenvolvimento e o cumprimento da missão institucional. São imensos e ao mesmo tempo incríveis os desafios que permearão o mercado de educação superior nos próximos anos e que devem ser preocupação constante de todos os administradores de IES particulares e de entidades que representam e defendem a livre iniciativa na educação. Nossas reflexões – baseadas em discussões sustentadas na Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) e no Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular (Fórum) – reunidas a seguir neste artigo, poderão servir de base e até mesmo contribuir para que o Poder Público perceba e entenda de forma correta a importância do setor privado para o País. É certo que nossas ideias voltadas para os segmentos privado e público precisam ser aprimoradas e, mais do que nunca, repensadas, pois estamos dentro de novas realidades mercadológicas, regulatórias e de cursos que estão transformando todo o panorama da área.   São elas: 1.       Segmento particular
  • Educação considerada como prioridade nacional;
  • Proposta educacional de acordo com as demandas da sociedade e com as aspirações do estudante;
  • Currículos diversificados, novos métodos de ensino e de estratégias pedagógicas;
  • Marketing educacional – cursos, matrículas, retenção e mensalidades;
  • Gestão administrativa e financeira eficientes;
  • Formas de enfrentamento da competitividade aguerrida por matrículas;
  • Concorrência num mercado composto por classes “A” e “B” que podem pagar as mensalidades e por classes “C”, “D” e “E” limitadas ao poder de compra. É preciso ter novas formas e alternativas de financiamento, tendo em vista os riscos da dependência exclusiva ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies);
  • Oferta de candidatos qualificados para o ensino superior por meio da melhoria do ensino médio;
  • Estratégias de captação para o ensino superior de estudantes com idade superior a 25 anos – são, hoje, mais de 20 milhões;
  • Formas de solucionar o grande problema da evasão de alunos;
  • Tecnologia aplicada à educação capaz de fazer a diferença e viabilizar novos projetos acadêmicos;
  • Educação a Distância focada nas periferias das grandes cidades, como estratégia de ensino de massa;
  • Internacionalização da educação como processo cultural e de busca no mercado de trabalho – vantagens e desvantagens; formas de (e com quem) avançar;
  • Desenvolvimento de projetos estratégicos inovadores com impactos no processo de ensino-aprendizagem;
  • Desenvolvimento de áreas de colaboração entre as IES tais como: isenção de imposto de renda nas bolsas para funcionários – em tramitação no Congresso Nacional;
  • Apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) a projetos educacionais de iniciativa particular;
  • Respeito à diversidade das IES e cursos por parte do Ministério da Educação;
  • Cumprimento da Lei nº 10.861/2004, que Instituiu o Sistema Nacional de Avaliação do Ensino superior (Sinaes);
  • Acompanhamento do Projeto de lei de criação do Instituto Nacional de Supervisão e Avaliação do Ensino Superior (Insaes), enquanto organismo para atender às necessidades do sistema educacional;
  • Desenvolvimento de Projeto de Comunicação para valorização da imagem do ensino superior particular;
  • Demonstração de respeito à sociedade com a implantação de Código de ética a ser praticado por todas as IES;
  • Estratégia de interação com o Governo e com o Congresso Nacional;
  • Integração do Ensino Profissional e Tecnológico (de nível médio) com o ensino superior;
  • Articulação com os organismos estratégicos do Estado ligados à produção e desenvolvimento do país, para estudo das ocupações nas empresas;
  • Desenvolvimento de projetos de colaboração entre as grandes instituições e as pequenas e médias IES, com até 3 mil alunos, localizadas em regiões isoladas ou de interesse estratégico para o país e estimular formas de assistência técnica e de franquia na área acadêmica.
  2. Segmento público  As instituições públicas deverão fazer uma reflexão rigorosa sobre seus principais problemas: falta de integração entre as suas funções básicas: ensino, pesquisa e extensão; excesso de corporativismo; expansão desordenada sem recursos suficientes; sucateamento da infraestrutura física; benefícios e desvantagens da política de cotas; real contribuição para o desenvolvimento do país.   Conclusão São imensos os desafios do ensino superior privado para formar recursos humanos essenciais ao desenvolvimento do país. Ao mesmo tempo, os órgãos governamentais precisam não só se conscientizar da importância das IES particulares para a sociedade brasileira como também permitir o fortalecimento do setor. A sociedade precisa ainda estar consciente da necessidade de interagir com as IES para que seus membros tenham uma formação mais primorosa para o mercado de trabalho. Tal como informamos em artigos anteriores, a ABMES está empenhada em organizar um ciclo de debates com os candidatos ao próximo pleito nacional sobre temas relevantes da área educacional. Todos eles, bem como as suas equipes, independentemente de partidos e de ideologias, precisam se conscientizar sobre a importância da educação para o desenvolvimento do país.  

23/01/2014

FLÁVIO TOLEDO

Prezado Prof. Gabriel A sua abordagem em relação a esse assunto é muito pertinente e acredito que deva refletir a preocupação de todos nós que atuamos junto as IES particulares. Particularmente me interesso por essas questões e recentemente conclui o meu mestrado fazendo essa abordagem da importância da iniciativa privada na efetivação do direito constitucional à educação (o ensino superior). Os dados estatísticos comprovam que quem realmente promove a inclusão no ensino superior no Brasil são as IES Privadas. E isso a muitos e muitos anos. Concordo com o Sr. quando diz que o "Poder Público perceba e entenda de forma correta a importância do setor privado para o país". abraços. Flávio Toledo Instituição Toledo de Ensino Bauru - SP 14 2107.5011

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