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Criatividade se aprende na escola?

Gabriel Mario Rodrigues

Presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES)

25/02/2014 05:23:37

Gabriel Mario Rodrigues 1Gabriel Mario Rodrigues Presidente da ABMES e Secretário Executivo do Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular ***
O ambiente competitivo atual, regido pela tecnologia, pela globalização, pela competição acirrada e extrema ênfase na relação custo-benefício, qualidade e satisfação do cliente, exige um foco muito maior na criatividade e na inovação como competência estratégica das organizações. Competência estratégica essa que, se não for rapidamente priorizada e incrementada, tenderá a ficar obsoleta tal é a rapidez das mudanças e da implementação de novos serviços e produtos. (Portaleducação.com.br)
Meu amigo Antonio Carbonari sempre diz que além de ser criativa e inovadora a pessoa tem de ser empreendedora. Não adianta ter ideias e simplesmente colocá-las no papel. As prateleiras e gavetas das universidades estão repletas de projetos e de sonhos desfeitos. É preciso torná-los factíveis e executá-los. Todos nós sabemos, e o SEBRAE confirma pelas suas pesquisas, que mais de 60% dos pequenos empreendimentos não conseguem se viabilizar depois de 10 meses de duração. Empreender por empreender não significa nada. É preciso ter visão de negócios, ter sensibilidade para o mercado. Estar orientado para uma necessidade do cliente, e estar focado nos resultados. Não se pode ser imediatista, pois tudo leva sempre bom tempo para acontecer. É preciso ainda ser perseverante e obstinado pelo trabalho. E se os atributos aqui elencados não estiverem presentes, além de alguns recursos para começar, o projeto não decola. Mas uma certeza tenho: antes de acontecer algo, o fato gerador é sempre uma ideia e daí a importância da criatividade, pois sem ela nada acontece. Aliás, o que distingue o ser humano no reino animal é que ele é o único que possui criatividade e a percepção da morte. O processo civilizatório sempre ocorreu com mentes criativas propondo soluções para os desafios que a natureza impõe. O fogo surgiu com a fricção de duas pedras; a panela de argila queimada, como recipiente de cozinhar os alimentos; a roda para facilitar o transporte; a escrita para memorizar acontecimentos e a internet para unir as pessoas do planeta... Criar é o lampejo de uma solução e inovar é executar a ideia. São irmãos gêmeos. Não vou me ater aos passos da viabilização da ideia, que é o propósito do empreendedor, mas sim na questão da criatividade. A criança é por natureza criativa. Vive perguntando, procurando respostas e criando brinquedos que satisfaçam sua imaginação. Mas, basta entrar no sistema escolar que tudo fica restrito e engessado aos sábios de plantão que em seus gabinetes determinam o que deve ser ensinado e explicitado nas “sábias” diretrizes curriculares. O comportamento criativo não é necessariamente inato, embora exista em potencial em cada indivíduo, mas certamente ele pode ser desenvolvido, aperfeiçoado, encorajado e incentivado. Esta posição encontra suporte em recentes pesquisas que revelam a tendência para aceitar a criatividade mais como função de aprendizagem do que da hereditariedade. Assim, considerando o processo educacional como um dos mais diretamente responsáveis e determinantes ao desenvolvimento das pessoas e das empresas, seria inadmissível que a escola se omitisse do campo da criatividade. E claro, isso serve para os dois polos: docentes e alunos. Há de se considerar que através da criatividade o indivíduo organiza uma síntese de ideias que é original para ele; que o valor da coisa criada reside mais no significado que tal atividade representa para a própria pessoa do que na opinião que outros emitam a respeito. Estimular a criatividade traz o novo para os saberes, pois criativo é não somente o original, mas inclui o imprevisível, o surpreendente, o invulgar, o não racional, o não lógico ou o não razoável. Na formação de um aluno, é preciso que sejam observados alguns pontos importantes: - Se a criatividade é favorecida quando se respeita o estudante como um ser de grande valor e ele é incentivado a crer em si; - Se o auxiliamos na busca de identidade pessoal, nas suas opções; - Se é criado um clima de liberdade para o indivíduo ser, perguntar, experimentar, propor ideias e posicionar-se; - Se ele é incentivado na formulação de hipóteses extravagantes, ideias raras e até mesmo ridículas que podem conduzi-lo para um novo mundo. É fundamental também que a escola esteja aparelhada ideológica e materialmente para proporcionar técnicas, meios e ambientes de liberdade onde os alunos possam desenvolver sua capacidade expressiva, construtiva, criadora e inventiva que conduz ao processo de aprendizagem. Contudo, tais condições são menos propensas a incentivar a criatividade dos estudantes do que quando um professor atua como incentivador, facilitador de recursos, provedor, guia ou treinador, e onde os alunos recebem o espaço e a liberdade para tomar decisões sobre o seu próprio processo de aprendizagem e os resultados. No trabalho Teaching for Creativity (Jackson, 2004)*, está relacionada uma série de conselhos para incentivar os alunos a serem criativos, em uma variedade de contextos disciplinares, revelando as ações que os professores de ensino superior devem fazer para promover a criatividade. A relação é a seguinte:
  • dar aos alunos a permissão para serem criativos;
  • incentivá-los e valorizar seus esforços para serem criativos;
  • dar tempo para os alunos serem criativos;
  • proporcionar espaços seguros onde possam partilhar novas experiências;
  • dar aos alunos a confiança para assumir riscos;
  • desenvolver a autoconfiança dos alunos para trabalhar em situações imprevisíveis;
  • promover o desenvolvimento da autoconsciência e aprendizagem reflexiva;
  • proporcionar situações de aprendizagem onde não há respostas certas;
  • proporcionar situações de aprendizagem do mundo real;
  • proporcionar atividades que são significativas para os participantes;
  • proporcionar situações de aprendizagem que são ao mesmo tempo divertidas e desafiadoras;
  • demonstrar a sua própria criatividade: fornecer modelos e preparar os alunos para assumir riscos;
  • motiva-los para revelar algo de si mesmos no processo de ensino;
  • atuar como guias e facilitadores;
  • adotar uma abordagem de questionamento à aprendizagem;
  • criar oportunidades para abordagens baseadas na aprendizagem de como enfrentar desafios e problemas;
  • oferecer oportunidades para trabalho colaborativo e discussão em grupo;
  • incentiva-los em questões sensíveis ao equilíbrio entre desafio e solução e liberdade e controle;
  • sensibilizar os alunos como grupo e como indivíduos e adaptar o seu ensino como novas possibilidades que surgem.
Para resumir, o ensino para a criatividade requer uma postura pedagógica que é o do facilitador, permitindo processos ágeis, abertos às possibilidades e a colaborações, e que valorize tanto os processos quanto os resultados. Apesar, ou talvez por causa, dessas restrições, os professores que se preocupam com a criatividade são capazes de superar tais barreiras para criar, por meio de sua pedagogia, espaços curriculares e oportunidades de aprendizagem que estimulem e recompensem os alunos para a sua criatividade. No livro A Whole New Mind: How to Thrive in the New Conceptual Age, Daniel Pink apresenta as quatro eras das sociedades dos últimos 150 anos - agrícola, industrial, da informação e a do conhecimento, iniciada no século XX e estendendo-se até agora. Atualmente, começa a emergir uma outra era, a que Pink chamou "era conceitual", na qual se valorizam as pessoas que conseguem ser mais criativas e com maior inteligência emocional. A humanidade está repleta de problemas e é justamente na percepção desta realidade a grande oportunidade dos criativos de encontrarem soluções para os desafios do mundo. Que haja criatividade para fazer do planeta um lugar mais fácil de se conviver. * Leia aqui textos complementares.  

26/02/2014

Maria Carmen Tavares Christóvão

Gestão da Criatividade e da Inovação em ambientes educacionais Todo profissional, assim como gestores e docentes educacionais , possuem a tendência em reproduzir a sua própria formação. Esta é uma dificuldade elementar na tentativa de inovar nos ambientes acadêmicos, pois se trata de um aspecto cultural. Tenho ministrado cursos que buscam desenvolver a liberdade, intensidade e melhor expressão do Indivíduo Criativo. O Indivíduo Criativo, ao ter maior consciência de si e de suas capacidades de percepção e expressão, vê-se como mais potencialmente Inovador. Objetivamos igualmente potencializar as capacidades criativas e inovadoras advindas da convivência de Indivíduos Criativos em grupos. No Indivíduo Criativo, o ideal é que a fronteira entre criação pura e criação aplicada não exista: exista a liberdade e a satisfação de transitar expressivamente entre elas. A Criação Pura, campo das artes e do pensamento filosófico livre, expande linguagens e areja fronteiras e percepções. O Indivíduo Criativo, mesmo os que não tenham dominado as formas da expressão artística, saberão ver, também na arte e no pensamento livre, combustíveis e insights importantes para suas realizações nos campos do fazer mais pragmático e utilitário. Prazer de criar, Liberdade de Criar, Coragem de Errar: prazeres e motivações do Criativo são racionais e emocionais. Abordamos a Criatividade Pessoal, Criatividade nos Grupos Criativos, Desenvolvimento da Criatividade em indivíduos e grupos, Desenvolvimento da postura e visão da Inovação na instituição. A Criatividade perpassa a compreensão apenas técnica. Ela se explica pela multiplicidade, pelo paradigma holístico e da complexidade. Ela transita pela emotividade, ela comanda o corpo livre, o gesto livre do cidadão livre, do ente familiar livre, do individuo livre em sociedade. Assim os cursos ministrados objetivam entender e buscar a liberdade do pensar, do se inquietar, do questionar e – sobretudo – a liberdade da proposição sem medos de censuras e insucessos intermediários ou persistentes. A Criatividade apenas aplicada à solução de problemas mercadológicos é uma criatividade usada a menor. Um técnico, que pensa usar a criatividade para resolver problemas estanques não entente o território amplo de onde e do como o Criativo busca suas respostas. O esplendor da Criatividade num Criativo provém de sua ampla, livre, curiosa, harmônica e ecossistemicamente benéfica visão de mundo. Assim, a Criatividade (e por extensão a Inovação, sua parceira mais constante) não deverá ser refém de tecnocratas de visão restrita a um planeta e uma sociedade que se explique unicamente pelos resultados dos negócios. As soluções que, desconectadas de uma visão harmônica de sociedade, recursos naturais e ecossistemas, desconectadas do bem comum, desconectadas de um compromisso com um futuro global sustentável , apontem miseravelmente para apenas aspectos de aumento de lucros, diminuição de tempos de produção, e qualquer modalidade de manipulação de consciências, não deverão ser chamadas de criativas ou inovadoras e sim pelo correto nome de vilanias sociais. Assim, qualquer solução que, mesmo contendo em seu bojo, expectativas superlativas de resultados econômicos, se descomprometidas com os valores sociais a ambientais, não deverão ser formuladas, nem por extensão, implementadas. Cabe sempre e cada vez mais ao Criativo Inovador e aos Líderes, encontrar soluções integradas, onde lucratividade e produtividade convivam com espetaculares aspectos ligados a melhoria e prosperidade da sociedade e de um futuro de sustentabilidade e equilíbrio ambiental. Assim, a Criatividade não é mais exatamente uma técnica a ser aprendida. Ela não funciona como uma ferramenta pessoal com uma chave de liga/desliga. O Criativo o é em todos os momentos de sua vida – pessoal e profissional. Carrega o olhar investigativo, a inquietação e o questionamento, o pensar propositivo, o agir solucionador e realizador . Essa maneira de viver a vida – pessoal e profissional – é que pode ser estudada, compartilhadas e tentativamente ser apreendida. Os campos da Criatividade e da Inovação, tanto em seus territórios de expressão mais livre quanto nos de expressão mais utilitária, se interpenetram e se auxiliam em energia, na visão constitutiva da educação. Como estamos e estaremos cada vez mais no tempo das soluções integradas e holísticas, a compreensão dos constituintes racionais, emocionais, interiores e exteriores do indivíduo Criativo e Inovador, perpassa e harmoniza esses diversos campos, para benefício do enriquecimento do processo que leva da problematização a solução criativa e inovadora. Os alunos, serão então parte orgânica e ativa de todas as vivências didático pedagógicas propostas. E estas serão - por imperativo intrínseco e ligação natural aos campos dos estudos- inovadoras, desafiadoras, instigantes e estimulantes da expressividade em todas as suas formas. Carmen Christo Mestre em Gestão da Inovação Áreas de atuação e pesquisa associadas ao campo temático da inovação, direcionada ao segmento de serviços. Instituições baseadas em conhecimento, sistemas empresariais e institucionais de inovação e aprendizado, inovação em serviços e produtos educacionais.

Precisamos de uma educação que prepare os estudantes para o futuro

Mozart Neves Ramos

Membro do Conselho da Mind Lab e titular da Cátedra Sérgio Henrique Ferreira da USP – Ribeirão Preto

28/11/2025

 

A universidade como a conhecemos vai acabar (e isso é uma boa notícia)

Luiz Cláudio Costa

Professor titular aposentado, é ex-reitor da UFV (Universidade Federal de Viçosa); foi presidente do Inep, secretário-executivo do Ministério da Educação e vice-presidente do Conselho do Pisa

25/11/2025

 

Equilíbrio e segurança: STF traz clareza quanto ao intervalo dos professores

Janguiê Diniz

Diretor-presidente da ABMES e Secretário-executivo do Brasil Educação, Fundador e Controlador do grupo Ser Educacional, Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo

24/11/2025

 

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