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Brasileiro quer melhor educação

Gabriel Mario Rodrigues

Presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES)

07/10/2014 04:33:28

Gabriel Mario Rodrigues 1Gabriel Mario Rodrigues Presidente da ABMES e Secretário Executivo do Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular ***
A chamada quarta agenda democrática para consolidar nosso país é a da qualidade dos serviços públicos em geral, particularmente transportes, educação, saúde e segurança pública. (Renato Janine Ribeiro)
Nas últimas semanas, a mídia publicou algumas matérias bem ácidas em relação aos profissionais formados pelo sistema universitário brasileiro. Há em torno delas duas leituras: ignorar, achando que nada temos a ver com os fatos, e refletir sobre as proposições, considerando o que é procedente. Pretendemos com o presente texto – e isto reflete a nossa posição – citar observações e análises feitas por especialistas e, ainda, propor uma discussão mais ampla entre os associados da ABMES. Para tanto, tomaremos como referência os seguintes textos: “Geração do diploma” lota faculdades, mas decepciona empresários e Cursos superiores podem ser “desperdícios” no Brasil – matérias de Ruth Costas, da BBC Brasil; Desafios do mercado de trabalho – artigo de Leo Fraiman, publicado no site UOL Educação, e Para que serve a universidade?, de Paulo Nassar, Diretor Presidente da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), publicado no Correio Braziliense. As primeiras matérias apontam que as empresas reclamam da oferta e da qualidade da mão de obra no país e dos índices de produtividade do trabalhador, que não aumentam, e destacam que o mercado está decepcionado com a chamada “geração do diploma”. “Os empresários não querem apenas canudos – procuram gente com capacidade de dar respostas e de apreender coisas novas.” Corroboram essa opinião os especialistas citados nas matérias. José Pastore, professor da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (USP), considera que a maioria das novas faculdades é ruim. Tristan McCowan, brasilianista e professor de educação e desenvolvimento da Universidade de Londres, concorda com Pastore. Marcia Almstrom, do grupo Manpower, salienta que, apesar da enorme expansão do ensino e do maior acesso aos cursos superiores, os trabalhadores brasileiros não estão conseguindo oferecer o conhecimento específico que as boas posições no mercado requerem. De acordo com a matéria, o Instituto Paulo Montenegro (IPM), vinculado ao Ibope, informa que entre dez universitários quatro só leem textos simples, são incapazes de interpretar e associar informações, de analisar tabelas, mapas e gráficos e de fazer contas mais complexas. Todas as fontes citados alegam, ao explicar a decepção com a “geração do diploma”, que há um desalinhamento entre os cursos mais procurados e as necessidades do mercado. Na análise dos especialistas, o foco deve ser no ajuste nos conteúdos, na modernização de currículos e na escolha de quem vai ministrar as aulas – o doutor, o mestre, o especialista ou pessoas do mercado e do “chão da fábrica”? Para Leo Fraiman, as rápidas mudanças do mercado de trabalho deveriam ser o centro de atenção dos educadores e fator de constante atualização curricular. Ele afirma que as empresas estão tendo muitas dificuldades de contratar pessoas qualificadas no Brasil, tendo em vista o insuficiente conhecimento técnico dos candidatos, decorrente da baixa qualidade de educação. Fraiman explica que a nova realidade do mercado de trabalho exige mentes criativas, capazes de analisar o cenário e de pensar as maneiras de transformá-lo e melhorá-lo, além de pessoas empreendedoras que apresentam resultados e fazem acontecer um ensino de qualidade. Nassar lança em seu artigo Para que serve a universidade? um olhar crítico para as universidades públicas.
Assistimos ao desenrolar de dois fenômenos contraditórios: o ensino se massifica, uma vez que a antiga ‘aristocracia do saber’ se tornou fora do tempo, e a ideia básica é oferecer mais e mais vagas; em paralelo, a universidade perde o brilho, a direção não entende o valor do diálogo e da gestão competente na sociedade contemporânea, professores são desprestigiados, funcionários são mal pagos, faltam orçamento para pesquisas e mesmo para a folha de pagamento.
Por outro lado, enquanto o número de alunos cresce, surgem novas profissões, sobretudo aquelas movidas pelas novas tecnologias. As exigências quanto à formação universitária ganham novos contornos e mais cobranças, em meio ao imperativo da formação continuada. Estarão as IES brasileiras – públicas e privadas – preparadas para enfrentar esse novo contexto? É voz corrente que um país desenvolvido é sinônimo de país com universidades sólidas, com tradição vigorosa de pesquisa e capaz de posicionar-se na vanguarda dos múltiplos saberes. Até aqui tudo bem. Mas ainda há muito por se discutir quanto à vocação de cada universidade brasileira nas opções de ensino e/ou pesquisa. Ana Lúcia Lima, diretora-executiva do IPM, não deixa de ter razão ao advertir as escolas que adotam exigências mais baixas para o ingresso e aprovação em seus cursos. “Acaba-se criando uma escolaridade no papel que não corresponde ao nível real do egresso”, observa. Constata-se, pois, que o tema educação ultrapassou os muros da universidade e que a sociedade cobra, cada vez mais, maior qualificação de nível superior para atender a demanda de progresso e as metas de desenvolvimento do país. Do mesmo modo, as famílias aspiram por uma melhor formação profissional para seus membros. A adaptação do sistema universitário à realidade dos dias atuais tem sido a pauta principal de congressos, seminários e palestras no Brasil e em todo o mundo. Tal adaptação corresponde ao trabalho mais árduo das instituições de ensino superior (IES) privadas, considerando que sua sobrevivência depende totalmente do atendimento de determinadas demandas que vêm sendo objeto de preocupação das áreas pedagógicas das IES. Em que pese o esforço das instituições e os avanços obtidos, estes não alcançam ainda os jornais de grande circulação nacional. Tanto as instituições quanto as entidades que as representam precisam buscar formas efetivas de fazer chegar à mídia as conquistas do setor privado, apesar da complexidade dos problemas que enfrentam para oferecer um ensino de qualidade. Sabe-se ainda que as entidades representativas do setor, por meio de estudos e pesquisas, apresenta um domínio dos problemas e questões que o envolvem e que, consequentemente, tem-se tornado capaz de apresentar propostas necessárias ao desenvolvimento do ensino oferecido pela livre iniciativa. Prova é o documento base apresentado pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) aos partidos políticos e aos representantes dos candidatos à presidência da República. Enquanto caminham as propostas, há algumas que clamam por imediata revisão, tais como:

a) o modelo universitário brasileiro;

b) o conceito de universidade de pesquisa e de universidade de ensino;

c) a renovação do ensino presencial e a distância;

e) a interação com as tecnologias de informação e comunicação;

f) internacionalização da universidade e

g) a formação de professores.

No que se refere ao esforço que precisa ser empreendido pelo governo e pela sociedade para a melhoria do ensino básico e do ensino médio oferecidos pela iniciativa pública, torna-se necessário avançar nos estudos e análises de alguns aspectos que preocupam as IES e que também precisam ser entendidos com clareza pela sociedade e pela mídia:

a) a procura pelos alunos provenientes das classes de maior poder econômico por universidades públicas e universidades de maior prestígio;

b) a busca pelos alunos oriundos de famílias de menor aquisitivo por IES cujos cursos oferecem mensalidades mais baixas;

c) a oferta de cursos de reciclagem pelas IES particulares para suprir as deficiências do ensino médio;

d) a necessária valorização pelo sistema educacional brasileiro do ensino técnico e tecnológico e

f) o aperfeiçoamento contínuo do profissional para atender as exigências do mercado de trabalho.

Educação, Saúde, Transportes, Segurança e Economia foram sem dúvida os temas mais citados pelos candidatos às eleições de 2014. O tema Educação ocupou grande espaço e destaque, porque todos começaram a perceber que o sucesso de uma nação está alicerçado nos talentos de sua gente e que a escola em todos os níveis é a grande responsável pela formação de recursos humanos. Tornou-se ainda tema essencial de todas as famílias, do governo e da sociedade. Estes fatos vão ao encontro dos ecos dos novos tempos para o qual precisaremos estar preparados não só para orientar os nossos trabalhos como também para informar a grande mídia sobre o valor do ensino oferecido pela iniciativa privada. O ensino superior particular formou nestes últimos cinquenta anos mais de 6 milhões de profissionais. E como tal, vem servindo de alavanca para o acesso social de dezenas de milhares de egressos e, de importante veículo de oferta de força de trabalho especializado par ao desenvolvimento do país. E bem como realça sempre Antonio Carbonari Netto, membro da diretoria da ABMES, é preferível para o país ter também um ensino universitário que atinja um maior número de estudantes – e que lhes dê autoestima e base para progredir no mundo do conhecimento e para ocupar espaços no mercado de trabalho – do que apenas uma educação considerada de primeiro mundo que atenda a uma pequena parcela da população. Finalmente gostaríamos de ressaltar que a melhor recompensa para o nosso esforço semanal de enviar – por meio dos artigos que publicamos – mensagens e mesmo provocações aos que nos leem, é a obtenção de respostas que nos permitam aperfeiçoar e avançar com as nossas ideias e apresentar propostas que atendam os reais anseios de todos aqueles que fazem o ensino privado no Brasil.  

07/10/2014

Ana Oliveira

Professor Gabriel. Sou leitora assídua deste blog e antes de fazer comentários sobre o seu artigo de hoje tomo a liberdade de dizer que este veículo é um tanto morno: espera-se mais dele. Causa estranheza que nenhum mantenedor se expresse por aqui, salvo raras vezes o professor Cardim e menos ainda o professor Carbonari. Como professora universitária há quarenta anos, mestra em Língua Portuguesa pela PUC-SP, ainda espero ficar um pouco mais na docência. Particularmente, não gostei do título do seu artigo por encerrar uma obviedade total. Talvez, algo melhor seria O que o Brasileiro Espera da Educação Superior?, cuja resposta tem ramificações a depender do nível de comprometimento dos alunos, mas vou ater-me a duas: a) “Preparação para o mercado de trabalho”, responderia significativa parcela, ávida por ser absorvida por grandes corporações; b);”Nada, senão o diploma”, diria outra parcela que não assiste às aulas ou não larga o celular um só momento. No exagero da palavra, estes últimos não aspiram a ser nada, pois, segundo alguns deles, já estão “na área”, sejam os futuros causídicos, jornalistas, economistas, administradores, etc. etc. Ou, não sei se pior, não foram talhados para o curso superior. Quem sabe tenham lá suas razões, pois nunca ouviram um solene NÃO, seja dos pais, seja das escolas que cursaram. Qual geração brasileira não quis/quer o diploma? Até aí nenhuma novidade, também, mas quem sabe o fulcro da questão seja exatamente a formação que lhes é propiciada, tudo em razão de como chegaram ao curso superior, aos trancos e barrancos, inclusive causada pela desastrosa aprovação automática na educação básica. O ilustre articulista cita vários nomes, mas é de se perguntar: quantos ocupam(ram) alguma docência ? Quem deles se atreveria a ocupar o magistério superior com todas as responsabilidades inerentes à função. O recado vale também para os empresários que estão a exigir melhor mão de obra, como se ela não existisse, aos borbotões, mas para a qual há um diferencial: o salário justo e que o mercado se recusa a pagar. Qualquer coisa como: Também quero ir de primeira classe, mas pagando bilhete de classe econômica. Isso de comentar que, dentre dez universitários, quatro só sabem ler textos simples e, mesmo assim, são incapazes de interpretar e associar informações é consequência de um mau ensino superior ou é a herança maldita da educação básica? E o que é pior, sem vislumbre de solução, não nos próximos dez anos. Há muito por fazer, a partir da reestruturação dos cursos de formação (licenciaturas e pedagogia). Se efetivamente os sete itens relacionados como posicionamento de revisão de atitudes e medidas, seja pelo poder público, seja pela iniciativa privada, bem como a incorporação pela mídia dos outros seis itens, temos aí um fartíssimo material para discussão e divulgação. Aliás, cada item enseja um artigo aqui nesta mídia. O que me incomoda mesmo, não em tom corporativista, é o pouco que se fala do trabalho dos professores e só menciono os de cursos superiores. Estariam mesmo preparados, fizeram bons trabalhos e conclusão nas licenciaturas para enfrentar o básico ? Foram além com mestrado e doutorados ? O que isso somou para a performance da sala de aula ? Será mesmo necessária a cobrança, conforme LDB, do 1/3 de mestres e doutores ? Isso tudo é pra montar cortina de fumaça ou efetivamente a educação melhora com tais exigências ? Duvido. E como fica isso de um mestre ou doutor ter que dedicar tempo integral ? Dá pra viver com o salário correspondente, e o que garante ao mantenedor a capacidade de habilidades e competências deles para enfrentar a geração Y em sala de aula ? A grande ou última pergunta é como fica a reputação dos professores se não são valorizados no processo, quando tudo depende deles? Os mantenedores já ganharam tudo o que podiam nas últimas décadas e agora é hora de resolver a questão da paga dos professores, pois até quando se há de pensar e querer tal apropriação para não dizer exploração ? Uma hora qualquer a coisa arrebenta. Nenhuma dúvida. Professor não é parceiro, mas um sócio oculto, como em sociedade anônima, que mantém o negócio em pé. Profa. Ana Oliveira

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