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Uma escola à moda antiga também pode ser uma boa escola

Celso Frauches

04/03/2015 04:31:10

Celso da Costa Frauches Consultor educacional da ABMES *** O ministro da Educação, Cid Gomes, abriu, pela Internet, consulta pública (http://pddeinterativo.mec.gov.br/diretorprincipal/), que vai até 2 de março vindouro, sob o título Diretor Faz Diferença, para “a criação de um programa de valorização de diretores de escolas públicas de educação básica municipais, estaduais e federais de todo país”. O objetivo, segundo a nota, “é que alunos, pais, professores, gestores, comunidade escolar, academia, estudiosos e sociedade em geral possam apresentar suas experiências sobre o trabalho de diretores escolares e fazer propostas, sugestões e comentários”. Parece que o ministro Cid Gomes quer começar a mudança de rumo da escola pública pela direção. Creio que, em seguida, outros temas devem ser objeto de diálogo com a sociedade, como a formação, capacitação e valorização do professor e do ambiente escolar, as metodologias de ensino e o uso adequado dos recursos da tecnologia da informação e da comunicação. Em primeiro lugar, a motivação da sociedade para os valores da educação, talvez, seja o ato mais importante para o êxito do louvável empreendimento ministerial. Nas pesquisas realizadas pelos diversos institutos, ao longo dos últimos anos, a educação jamais apareceu como a primeira prioridade das famílias brasileiras. A política e os políticos acabam por refletir esse desinteresse. E essa apatia reflete nos programas e ações dos centros de formação de professores – faculdades, centros universitários e faculdades –, particulares e públicos. O ministro Cid Gomes deu um passo inicial, com a consulta pública Diretor Faz Diferença. Um programa completo para a educação básica deve, contudo, ser a prioridade maior, após a conclusão dessa consulta pública, abrangendo todos os aspectos necessários a uma verdadeira revolução nesse nível da educação brasileira. Bons subsídios para a formulação de políticas públicas para a educação básica podem ser encontrados em diversas publicações. Entre elas, destaco a pesquisa da jornalista norte-americana Amanda Ripley, da revista Time. Ela realizou, durante mais de um ano, uma pesquisa inédita, para tentar entender os resultados medíocres dos EUA no conhecido teste Pisa. Os resultados estão publicados, de forma resumida, no livro As crianças mais inteligentes do mundo: e como elas chegaram lá[1]. Pisa, sigla de Programe for International Student Assessment, o Programa Internacional de Avaliação de Alunos, é desenvolvido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), realizado trienalmente, desde 2000, abrigando alunos que estejam em fase de conclusão da escolaridade básica, entre 15 e 16 anos de idade. Segundo o seu criador, Andreas Schleicher, o Pisa pretende “medir o tipo de pensamento avançado e habilidades de comunicação de que as pessoas precisam para prosperar no mundo moderno”, por meio de testes em matemática, ciências e leitura. Melhorar as políticas e resultados educacionais dos países que participam do teste é o objetivo principal. Em 2012, participaram do teste 65 países, entre eles, algumas economias que não são considerados países, como, por exemplo, Cingapura, Shangai e Taiwan. O Brasil participa do Pisa desde a versão de 2000. Em 2012, ficou em 55º lugar entre os 65 países participantes do Pisa. Uma colocação que não deve servir de ufanismo para nenhum brasileiro. No Brasil, ministros, secretários estaduais e municipais de educação, em diversas oportunidades prometem ou até conseguem cumprir as promessas de dotar escolas, professores e alunos com os recursos das tecnologias da informação e comunicação. Estão na moda os tablets, mas os cumputadores, como salvadores da educação nacional, são adquiridos e empurrados para as escolas, sem qualquer conexão com as metodologias de ensino e os resultados na aprendizagem. Em sua pesquisa, a jornalista Amanda Ripley, em entrevista com o criador do Pisa, Andreas Schleider, ouviu deste uma afirmação que ela constatou pessoalmente, após conhecer a realidade de países líderes no ranking do Pisa – Filândia, Coreia do Sul e Polônia: “Na maioria dos países de alto desempenho educacional, a tecnologia está espantosamente ausente da sala de aula”. E Amanda reforça: “Os países mais inteligentes priorizam os salários e a isonomia dos professores, canalizando mais recursos para os estudantes que mais precisam. Quando você procurar uma educação de primeira qualidade, lembre-se de que pessoas são sempre mais importantes do que objetos”. Na Coreia do Sul, o colégio de ensino médio pesquisado “tinha salas de aula austeras com laboratórios de informática dos mais simples [...] o lugar parecia uma escola norte-americana da década de 1950”. Na Finlândia não é muito diferente: “fileiras de carteiras diante de uma lousa simples ou quadro branco antiquado, do tipo que só tem conexão com uma coisa – a parede”. Na Polônia não é diferente, não havendo “sequer refeitório, muito menos teatro moderníssimo”. Enquanto isso, na maioria das escolas norte-americanas, “todas as salas de aula tinham uma lousa digital interativa [...] substituídas por modelos de última geração”. Mas, Finlândia, Coreia do Sul e Polônia estão à frente dos EUA no ranking do Pisa. Por quê? Amanda Ripley responde:
Infelizmente, há poucos dados disponíveis para uma comparação dos investimentos em tecnologia feitos por cada país. Mas as evidências baseadas na observação sugerem que os norte-americanos gastam extraordinárias somas de dinheiro dos contribuintes em brinquedos de última geração para professores e alunos, equipamentos em sua maioria sem valor educacional comprovado.
Não há, portanto, uma pesquisa que possa responder a essa questão, mas o livro apresenta algumas dicas, além do uso inadequado das tecnologias da informação e da comunicação, que podem ser usadas pelas autoridades públicas no planejamento de uma nova educação básica pública, que tenha a qualidade por princípio e a aprendizagem efetiva como objetivo maior. Autoridades que desejem, realmente, “fazer a diferença” não podem ignorar essas pesquisas, do ministro da Educação ao diretor, professores e demais profissionais da educação, do sistema federal ao municipal, onde está a raiz do problema educacional brasileiro.   [1] (RIPLEY. Amanda. As crianças mais inteligentes do mundo: e como elas chegaram lá. Tradução: Renato Marques. São Paulo: Três Estrelas, 2014)  

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