• portugues-Brasil
  • ingles
  • espanhol
  • Associe-se
  • Newsletter
  • Imprensa
    • Assessoria
  • Contato
  • CAA
  • Associados
  • Associe-se
  • Newsletter
  • CAA
  • Contato
  • Associados
  • Blog
  • Portal ABMES
  • LInC

As necessidades atuais e as tendências na área educacional

Outros Autores

30/03/2015 04:44:32

Sergio BoggioSérgio Américo Boggio* Diretor de Tecnologia Educacional do Colégio Bandeirantes Diretor Geral da Faculdade de Tecnologia BandTec *** O processo de ensino e os espaços e tempos destinados a ele vem se alterando conforme as demandas sociais. No passado tivemos o ensino individualizado para poucos, evoluiu-se para o ensino mútuo, onde se reuniam alunos com idades e níveis de escolarização diversos em um mesmo ambiente, chegando-se no início do século passado ao ensino simultâneo, centrado no professor e com classes homogêneas. Esta organização ainda utilizada hoje se baseia na eficácia do uso do tempo e espaço por alunos e professores. Entretanto, com a evolução das tecnologias da informação e comunicação (TIC), a sociedade está se organizando de outra forma e isto gera impactos no processo de ensino, seus espaços e tempos. Não podemos apenas pensar em tecnologia física, comprando equipamentos, softwares e capacitando os profissionais para usá-los. Precisamos nos debruçar na análise da tecnologia social, ou seja, como organizar as pessoas envolvidas no processo ensino-aprendizado para colaborar com objetivos comuns. A experiência tem mostrado que se investe muito em tecnologia física e nem sempre o retorno atinge o esperado. Desde que se tenham os recursos, investir nessa tecnologia é mais fácil, por ser um processo técnico e exato. Com isso, a tecnologia social fica em segundo plano, daí o baixo resultado. A tecnologia social ocorrerá quando todos fizerem uso da tecnologia física de uma forma natural, descobrindo no dia a dia as melhores práticas educacionais. As redes sociais e as ferramentas de busca na Internet são bons exemplos de como uma tecnologia física é incorporada com sucesso, quando ela atinge o desejo íntimo das pessoas. Pesquisas recentes em neurociência social colocam como básica a nossa necessidade de se conectar com outras pessoas. Em 2001, o Dr. Marcus Raichle – Neurologist da Washington University in St Louis, descreveu o funcionamento do cérebro em repouso como uma rede, a “Default Mode Brain Network”, concluindo que o cérebro nesta situação pensa em relações sociais. Em 2013, o Dr. Mathew Lieberman - Psychologist da University of California, Los Angeles, publicou o livro “Social: Why Our Brains Are Wired to Connect”, baseado na pesquisa em neurociência cognitiva social, apresentando como damos sentido aos outros, a nós mesmos e a relação entre estes. Os insights apresentados no livro mostram formas de melhorar a aprendizagem de forma prazerosa. Quando observamos pessoas na rua, nos meios de transporte, entre outros, se comunicando com seus dispositivos móveis, o que impulsiona este comportamento é o “Social Brain” funcionando. Diante disso, não temos como proibir que os nossos alunos utilizem estes dispositivos. Educar para o uso das tecnologias de informação e comunicação, deve fazer parte do currículo escolar, tal como educação alimentar, higiene e etc. Com o uso consciente destas tecnologias, poderemos utilizá-las para aprender, se divertir e trabalhar. Além de também saber aproveitar os momentos sem ela. Com toda esta mudança, a escola e seus educadores têm de se adequar às demandas desse “novo” alunado, pois o modelo de ensino simultâneo centrado no professor e com classes homogêneas está se esgotando. Já estamos vivendo o processo de transição e construindo novos modelos educacionais midiatizados pelas novas tecnologias, mas ainda temos de investir muito focando em demandas específicas, por faixa etária, regiões, entre outros. Com a evolução desses modelos, em sua maioria baseados na “nuvem” da Internet, torna-se primordial termos a disponibilidade de acesso com qualidade em qualquer região. Atualmente tal disponibilidade existe nos grandes centros urbanos, porém fora deles encontramos o acesso, mas com baixa qualidade para um bom uso de aplicativos educacionais. A lentidão e a interrupção na comunicação de dados perturba o processo de aprendizado. Estas transformações dos modelos educacionais permitem atender as necessidades do aluno ou de grupos semelhantes de forma individualizada, no seu ritmo. Para tal, precisamos repensar a forma de organização dos tempos e espaços escolares, ainda hoje muito padronizados. Temos de buscar um modelo híbrido, onde parte do aprendizado seja presencial e o restante a distância. Deve-se reservar para o presencial, o desenvolvimento de competências cognitivas e não cognitivas tais como: colaboração, comunicação, criatividade na solução de problemas, curiosidade, determinação, estabilidade emocional, inovação, pensamento crítico, protagonismo e sociabilidade, competências essas importantes para o mercado de trabalho que também se modificou e se modifica com as novas tecnologias. Faz-se necessária uma revisão da matriz curricular, focada no desenvolvimento de habilidades, com temas multidisciplinares, contextualizado com a realidade do aluno, útil e que gere discussões entre grupos. O professor passa a ser um mediador, propondo problemas reais, bem contextualizados e pouco estruturados, que permita aos grupos de alunos apresentarem propostas criativas. Uma vez apresentada a proposta, o professor questiona, provoca, sem dar respostas e assim desenvolvem-se o pensamento crítico, a proatividade e a capacidade de argumentação. O professor deve ter em mente o que deseja desenvolver: conceitos, habilidades e/ou competências. A partir daí, estimula um “brain storm” com os alunos, para que estes proponham temas e o que farão. O professor deve monitorar sem guiar para que as propostas sejam factíveis. Definido os temas e os grupos de trabalho, cada grupo irá gerar um documento com etapas e objetivos a serem alcançados. Na produção deste documento, o professor deve orientar sobre cronograma, metodologia de pesquisa e de projeto, sempre visando uma publicação de resultados. Os gestores escolares e seus professores terão de desenvolver conjuntamente a logística do uso dos os espaços e tempos, para atender esta nova metodologia educacional. Enfim, são muitas mudanças necessárias para atender as demandas sociais que evoluem cada vez mais rapidamente. Este é o nosso grande desafio.  
* Será palestrante no II Encontro Nacional de Fornecedores de Soluções Educacionais, no GEduc 2015. Mais informações: www.humus.com.br/geduc  

31/03/2015

PAULO VADAS

Brilhante a exposição do Prof. Sérgio. Tocou em vários pontos que precisam ser, no mínimo, discutidos para a modernização da educação brasileira. Com as novas tecnologias de comunicação, pelas quais "a sociedade está se organizando de outra forma e isto gera impactos no processo de ensino, seus espaços e tempos", a principal questão que se coloca é a de como melhor utilizar eficazmente a tecnologia física como instrumento de mediação no processo ensino/aprendizagem, e transformar o modelo criado no "início do século passado (de) ensino simultâneo, centrado no professor e com classes homogêneas" para um modelo mais heterogêneo, "focando em demandas específicas, por faixa etária, regiões, entre outros"? Está mudança de modelo não será fácil. Não porque, como muitos acreditam, as pessoas tem medo de mudar. Mas porque a própria natureza humana é avessa à mudanças. É algo que deve ser analisado mais científicamente: o ser humano, até como fator de sobrevivencia da espécie e de segurança do próprio indivíduo, é altamente condicionavel e condicionado às rotinas e normas comportamentais das respectivas sociedades em que vive - é só verificar como nas nossas próprias vidas, a rotina impera no dia-a-dia. Por outro lado, mudar comportamentos é um dos principais objetivos da educação (formal e informal). Há que se investir no setor educacional e na formação docente no sentido de quebrar as rotinas do modelo atual, executado ano a ano de forma quase que automática, e criar/inovar novos processos educacionais, no sentido de "se adequar às demandas desse 'novo'alunado" que demanda uma educação "de forma mais individualizada, no seu ritmo."

Entre a Sustentabilidade e a Realidade: O Que as IES Precisarão Enfrentar em 2026

Max Damas

Assessor da Presidência do SEMERJ. Assessor da Presidência da FOA (Fundação Oswaldo Aranha). Escritor e Consultor Educacional

10/12/2025

6 

2025: um ano para ficar na história do Brasil Educação

Janguiê Diniz

Diretor-presidente da ABMES e Secretário-executivo do Brasil Educação, Fundador e Controlador do grupo Ser Educacional, Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo

08/12/2025

2 

Pesquisa para todos: por que o PIBIC não pode excluir a EAD

Janguiê Diniz

Diretor-presidente da ABMES e Secretário-executivo do Brasil Educação, Fundador e Controlador do grupo Ser Educacional, Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo

01/12/2025

2 

Censo da Educação Superior

...
...
...
...
...
...
Previous Next

ABMES

  • Portal ABMES
  • Central do Associado ABMES
  • Associe-se
  • Contato

Serviços

  • ABMES Podcast
  • ABMES Play
  • ABMES Cursos
  • ABMES Lab

ABMES Blog

Atualizado diariamente, o blog da ABMES reúne artigos de gestores, reitores, coordenadores, professores e especialistas em diversos temas relacionados ao ensino. São inúmeros debates e pontos de vistas diferentes apontando soluções e melhores práticas na luta por uma educação cada vez mais forte e justa.

ABMES Blog © 2020