Se você recebe para fazer o que ama, cada contracheque é como um bônus. Dê a si mesmo o maior bônus da vida: corra atrás da sua paixão. Descubra o que adora fazer. E então faça! (Oprah Winfrey)Um profissional pode ter domínio completo de uma atividade, possuir experiência prática completa, e não se sensibilizar com algumas competências que consideramos importantes tais como: relacionar-se bem com os colegas, ter senso de organização e ser focado em suas ações. Pode até ter cursado uma boa universidade e nunca ter percebido que as competências atitudinais – aquelas que não se aprendem apenas na faculdade, mas também na escola da vida – são hoje em dia tão primordiais quanto o conhecimento, e que contribuem para diferenciar profissionalmente um indivíduo. Dia desses, tive acesso aos ensinamentos da apresentadora americana de TV Oprah Winfrey – mulher vencedora com fortuna estimada em U$3 bilhões. Negra, de infância muito pobre, filha de pais não casados e vítima de abusos familiares, a apresentadora namora, há 30 anos, um escritor e conferencista, e tem uma revista mensal – “O” – que é o maior sucesso editorial americano. Recentemente, depois de dezenas de anos, despediu-se de seu programa e de seus telespectadores. A apresentadora recebeu várias condecorações entre as quais dois títulos de “Doutor Honoris Causa”, outorgados por universidades americanas. Em seu “decálogo”, Oprah ensina como conhecer a si mesmo – tarefa das mais difíceis num momento. Apelos externos impedem que reflitamos sobre nós mesmos e sobre nossos semelhantes, que mergulhemos no nosso “eu interior”, que conheçamos as nossas possibilidade e limitações, que aprendamos com as nossas experiências – erros e acertos – e que sejamos capazes de agir com paixão. Assim, aconselhamos nossos leitores a refletir sobre os 10 exemplos de vida citados por Oprah. O psiquiatra Içami Tiba parece ter sido o guru de Oprah quando discute a importância da autonomia com responsabilidade, que é tarefa primordial da família e da escola. Em seu novo livro “Educação Familiar – Presente Futuro”, ele trata das relações entre educação sustentável e valores. Segundo Tiba, a educação sustentável tem a ver com “ensinar a aprender”, cobrar responsabilidades, ações coerentes e limites. Advoga o psiquiatra que a felicidade não se encontra enlatada, à venda em supermercados, mas que se trata de “conquista” – no sentido guerreiro do termo – como consequência de fatores que se imbricam e que se contaminam. São eles:
- Persistência – cada vez mais fora de moda num mundo imediatista, ready made, no qual não há tempo para o amadurecimento;
- Conhecimento – cada vez mais disponível na nossa sociedade, mas pouco utilizado;
- Cidadania – cada vez mais esquecida numa sociedade do “vale-tudo”, da corrupção. Inclui cumprimento de deveres e obrigações.