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Atributos profissionais que fazem a diferença

Gabriel Mario Rodrigues

Presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES)

30/06/2015 04:51:10

Gabriel Mario Rodrigues 1Gabriel Mario Rodrigues Presidente da ABMES e Secretário Executivo do Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular
***
"As organizações convivem com um constante dilema: a maioria dos desligamentos ocorre não por falta de competências técnicas, mas sim por comportamentais." (Patricia Bispo) [1]
Por que um profissional capacitado, bem-sucedido e que pensa preencher todos os requisitos demandados pelo mercado empresarial pode fracassar ou ser preterido numa entrevista com um Head Hunter ou por setor de Recursos Humanos? Este é o ponto central deste artigo. As empresas procuram hoje pessoas que dominam competências atitudinais enquanto as instituições de ensino superior (IES) ainda não estão muito sensíveis a isto. Esses dois posicionamentos me fazem relembrar a trajetória de dois ex-alunos da Anhembi Morumbi. O primeiro, o Rodolfo, sempre sério, “crânio” da classe e “CDF”, desde a primeira aula do curso de Administração, tirava nota 10 em qualquer prova ou trabalho. No colegial foi sempre o primeiro colocado nas Olimpíadas de Ciências e de Matemática e, nos quatro anos universitários, o detentor da melhor nota. O segundo, o Alberto, brincalhão e esforçado, era “pau pra toda obra”, ajudava as pessoas em todas as atividades, coordenava os trabalhos escolares e participava de todo tipo de atividade social, desportiva e acadêmica. Formados, cada um tomou seu rumo e, mais tarde, se encontraram num curso de pós-graduação em universidade americana. Como sempre, Rodolfo foi o “primeirão”. Com boas propostas ambos começaram a trabalhar em empresas daquele país. Os anos se passaram e, recentemente, tive notícia dos dois por meio de um empresário conhecido que me passou a informação de que Rodolfo era vice-presidente de importante empresa do setor de tecnologia. Diante dos elogios à sua atuação, senti-me compelido a perguntar notícias de Alberto. A resposta veio seca: — Alberto hoje é o CEO da empresa, pois seu melhor atributo é saber lidar com gente. O caso ilustra bem o que hoje as empresas mais valorizam nos seus colaboradores. O Rodolfo dominava o “saber”, o conteúdo técnico da área em que atuava, o “saber fazer” e os conteúdos procedimentais. Não possuía, porém, o domínio do “conviver junto”, do “ser” e dos conteúdos atitudinais, que vão além do conhecimento e dos procedimentos, pois envolvem valores e atitudes. Para “ser”, é preciso “saber” e “saber fazer”, isto é, o conteúdo atitudinal engloba necessariamente o conhecimento e a habilidade de aplicar o conhecimento adquirido para ponderar nos prós e contras, tomar decisões e arcar com as consequências, relacionar-se, conviver com diferenças e interagir. Alberto dominava, desde muito cedo, essas habilidades que permeiam as relações internas e externas das organizações. Margaret Andrews, líder acadêmica, instrutora, consultora e vice-reitora da Hult International Business School, diz que, independentemente do país, da indústria ou do trabalho, a liderança, a capacidade de trabalhar bem em equipe e as habilidades de comunicação – pacote conhecido como soft skills – são os predicados que fazem a diferença crucial nas carreiras. Andrews relata em recente e interessante artigo (What skills do employers want most?) o resultado da pesquisa Bloomberg realizada nos EUA, que partiu em busca de habilidades que os empregadores mais cobiçam em graduados de escolas de administração. O trabalho, que envolveu 1.320 empresas das quais 600 deram retorno, permitiu selecionar as qualidades que são desejadas na contratação de pessoas. São elas: habilidade de comunicação, liderança, resolução de problemas e pensamento estratégico. O Graduate Management Admission Council (GMAC) fez também um estudo, citado no artigo de Andrews, sobre os principais requisitos utilizados pelos recrutadores e empregadores na seleção dos estudantes de pós-graduação em Administração. O resultado apontou que eles estão procurando líderes que dominam as competências atitudinais, ou seja, os que trabalham como parte de uma equipe e que se comunicam de forma eficaz. Os atributos listados em ordem numérica são as seguintes:
  • Capacidade de trabalhar em equipe (77,8%)
  • Liderança (77,8%)
  • Habilidades de comunicação escrita (73,4%)
  • Habilidades de resolução de problemas (70,9%)
  • Forte ética de trabalho (70,4%)
  • Habilidades analíticas/quantitativas (68%)
  • Habilidades técnicas (67,5%)
  • Habilidades de comunicação oral (67,0%)
  • Iniciativa (66,5%)
  • Conhecimentos de informática (62,6%)
  • Flexibilidade / adaptabilidade (62,1%)
  • Habilidades interpessoais (60,6%)
  • Preocupação com os detalhes (57,6%)
  • Capacidade organizacional (42,4%)
  • Habilidades de planejamento estratégico (35%)
  • Personalidade extrovertida (29,1%)
  • Habilidades empreendedoras / tomador de risco (25,1%)
  • Delicadeza (23,2%)
  • Criatividade (18,2 %)
Face a essa realidade insofismável, há a uma boa notícia que é a procura diferenciada por executivos brasileiros, porque eles possuem experiências ligadas à histórica político-econômica e ciclotímica do país. Tal vivência lhes propiciou experiência e habilidade de gestão em um cenário de restrição de recursos e de instabilidade de mercado. “Por aqui já se viu de tudo” — de hiperinflação à liquidez restrita e das formas de “se fazer mais com menos”. Daí porque as multinacionais reputam esse talento valioso, pois precisam contar com profissionais que levam essa bagagem. A preocupação que domina os avaliadores/examinadores de currículos para níveis elevados é que o candidato consiga trabalhar em cenários multiculturais, outra faceta positiva do brasileiro dada à heterogeneidade de um país em que as diferenças culturais são constantes nas empresas. Este um potencial que as multinacionais veem no brasileiro em relação aos profissionais de outros países nos quais predomina a homogeneidade. Portanto as IES precisam estar atentas a todos esses sinais do mercado. Mais do que conhecimento — adquirido em diferentes instituições acadêmicas e não acadêmicas e em plataformas — é preciso, urgentemente, desenvolver competências humanas ou competências comportamentais, isto é, as que se aliam ao conhecimento técnico profissional e às atitudes mais produtivas e colaborativas das pessoas no dia a dia na empresa. Assim, as IES precisam também rever seu papel e seus projetos de cursos adequando-os à realidade atual. Os atributos exigidos pelo mundo do trabalho não podem ser ensinados por fórmulas, por compêndios, por discursos de professor ou por multimídia, porque são práticas de vida que se aprendem pela percepção, pela imitação, pela sensibilidade, pela cultura, pelo exemplo na comunidade e pelo convívio na família.   [1] http://www.rh.com.br/Portal/Desenvolvimento/Dicas/9271/por-que-desenvolver-competencias-comportamentais.html  

14/07/2015

Em tempos de mares revoltos, só a criatividade tem a solução

[…] PAULO VADAS em Atributos profissionais que fazem a diferença […]

02/07/2015

PAULO VADAS

Sem querer responder pelo Prof. Gabriel, mas tambem curioso em saber qual a importancia da criatividade enquanto atributo que as empresas buscam em seus funcionários, fiz uma pesquisa e descobri que o ranking depende das companhias que são entrevistadas. Porem, a Skills You Need, empresa especializada em pesquisas na área de competencias para a empregabilidade, faz o seguinte comentário a respeito: What are the Most Important Soft Skills? It’s hard to judge which soft skills are most important, but this list is broadly what employers mean when they talk about good soft skills and the skills which are most likely to enable you to build constructive working relationships with others, or to be a constructive and helpful employee. 1. Communication Skills Communication skills are always top of the ‘essential skills’ list in any job advertisement. People with strong communication skills can build relationships (from the initial building rapport through to a longer-term relationship), listen well, and vary their communication to suit the circumstances. If you spend time on nothing else, work on your communication skills. 2. Making Decisions Valued by employers for many reasons, being able to make decisions is key to getting on in life. Sometimes the actual decision doesn’t even matter; what matters is that you have made one and moved on. 3. Self Motivation People who are self-motivated get on by themselves. They don’t need close supervision and they are good to work with because they are generally positive about life and can be counted upon to keep going. It also helps to work on your personal resilience and adaptability to change. 4. Leadership Skills These are the set of soft skills that we least expect someone to develop by themselves. There are many leadership training courses available and much has been written about how to develop your leadership skills. Our leadership skills pages describe many of the skills needed for effective leadership and how to develop your leadership style. 5.Team-Working Skills Like leadership skills, there are many training courses to teach you how to work well in a team. However, there is also plenty of thinking to suggest that good communication skills, particularly good listening skills, together with an ability to build rapport will go a long way to support your ability to work well in a team. 6. Creativity and Problem Solving Skills Creativity and problem-solving skills are highly valued because they are hard to develop. There are many people who believe that creative thinkers are born, not made, and there are certainly some people who find these skills much easier. But, like other skills, you can develop them if you work to do so and our pages on these topics will give you some ideas about how to do this. 7. Time Management and ability to work under pressure Many would say that these two skills, which often go hand-in-hand, are more an attitude than a skill. However they can also be developed and honed, which is why we include them as skills. Highly valued by employers, they are also very useful for organising a family or a team, and for making sure that the job gets done. A final word Of course this list is not exhaustive. Just one glance round SkillsYouNeed will show you that there is a huge range of soft skills. Any given employer or individual may place more or less emphasis on these or others. However, work to develop the skills in this list is likely to pay off in a job search, in any job or career on which you embark, and in life more generally. Find more at: http://www.skillsyouneed.com/general/soft-skills.html#ixzz3en8g02PP

01/07/2015

Isabella Soares

Dr. Gabriel, Gostei do seu artigo e tenho lido os anteriores. No entanto, fiquei intrigada. Se a criatividade é tão importante, por que ela aparece apenas com 18,2% no final da lista do soft skills? Obrigada.

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