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Nós somos o que fazemos repetidamente. A excelência, portanto, não é um ato, mas um hábito. (Aristóteles) Não há nada que seja maior evidência de insanidade do que fazer a mesma coisa dia após dia e esperar resultados diferentes. (Albert Einstein)É possível termos vez ou outra a sensação de que já fizemos de tudo para captar e reter alunos, que não há mais lacunas, ideias e ações que já não tenham sido detectadas, pensadas e realizadas com estes dois objetivos fundamentais que viabilizam as instituições de ensino, em especial as privadas. Captar e reter alunos é tema recorrente e inescapável entre os gestores administrativos e os acadêmicos, das salas de reunião às salas de aula. No universo do marketing já tivemos e temos publicidade e merchandising off e on-line, presença nas mídias sociais, promoções de ativação, pesquisas de mercado, focus group, imprensa, eventos, branding, endomarketing. No aspecto financeiro, já criamos políticas de antecipação, pontualidade, renovação, indicação, descontos familiares, financiamento, seguro. Em relacionamento, já montamos as centrais de atendimento local, central, via 0800, chat, ouvidoria. Quanto a resultados, gerenciamos a captação, evasão, inadimplência, desempenho acadêmico, reputação institucional, receitas, despesas. Sobre infraestrutura, além de prédios inteligentes, toda sorte de tecnologias dentro e fora da sala de aula, dentro e fora da escola, dentro e fora das rotinas pessoais. Nas questões didático-pedagógicas, aplicamos modelos híbridos presenciais e à distância, testamos gameficação e as fliped-classroom, direcionamos temas interdisciplinares ou por projetos, envolvemos a família e a comunidade. Estes poucos exemplos, repetidas vezes, em diversos formatos, não diminuíram o desafio de captar e reter alunos, em particular nos últimos cinco anos. Ao seguirmos orientados por Aristóteles e sintetizarmos seu pensamento como ROTINA, deveríamos manter e buscar a excelência em todas essas execuções de marketing, financeira, pedagógicas, entre outras. Mas, a virtude da rotina é a excelência e produtividade; seu vício, porém, a obsolescência e a entropia. Se optarmos por Einstein, e resumirmos sua abordagem como INOVAÇÃO, romperíamos vezes sucessivas com o passado e reinventaríamos o financeiro, o relacionamento, a infraestrutura e tudo o mais. Mas, se por um lado a virtude da inovação são as novas realidades e a disrupção, seu vício são os modismos e desperdícios. Até o fim do século XX alguém diria que colocar um pé na rotina e outro na inovação é como apoiar-se em duas canoas que, ao se afastarem, nos derrubariam na água. Mas, a convergência do século XXI, que agrupa sem freios educação, comunicação, tecnologia, sociedades, economias, linguagens, modas, etnias e tudo mais que queiramos listar, nos permite especular sobre uma possível ROTINA DE INOVAÇÃO. O que seria isso? Algo como manter a execução das rotinas com excelência e dar espaço para destruir e reconstruir qualquer uma delas a qualquer tempo sempre que necessário. Mas, sobre educação, Aristóteles e Einstein poderiam nos auxiliar um pouco mais. Outros de seus pensamentos:
A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces. (Aristóteles) Educação é o que resta depois de ter esquecido tudo que se aprendeu na escola. (Einstein)Depois desse amargo e do que é esquecido, o que realmente fica, não necessariamente envolve ciência ou técnica, e talvez nem mesmo o saber. As relações, as pessoas, os sujeitos e os atores educacionais é que continuarão interagindo, constituindo-se por meio dessas trocas, levando a humanidade a novas rotinas e inovações. Talvez essa seja a beleza da educação sempre inacabada, onde nós, profissionais inacabados que optamos por nos engajar nela, possamos aprender sempre. No limite, não nos relacionamos com instituições, com processos e métodos, com departamentos. A relação essencial não é B2B, B2C, C2C ou qualquer novo acrônimo atualizado, mas será sempre H2H, humano-humana, o que é sempre imprevisível, rotineiro, inovador. Talvez esse seja o “fruto doce que resta” quando a “insanidade for um hábito que repetidamente fazemos, para esperar resultados diferentes dia após dia”. * Será palestrante no 2º Fórum de Captação e Retenção de Alunos. Para mais informações e inscrições, acesse: www.humus.com.br/eventos/forum.