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Empreendedorismo: muito falado, mas inexistente no ensino superior

Gabriel Mario Rodrigues

Presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES)

21/07/2015 04:24:36

Gabriel Mario Rodrigues 1Gabriel Mario Rodrigues Presidente da ABMES e Secretário Executivo do Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular
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Empreender é atitude, é comportamento, é visão, é garra, é fome. Enfim, é loucura, mas uma loucura totalmente apaixonante por estar ali trabalhando no seu sonho todos os dias… (Bruno Perin)[1]
O que já se escreveu sobre empreendedorismo precisa de tempo para ser lido. Em que pesem a bibliografia vasta sobre o tema e mesmo as formulações dos projetos pedagógicos dos cursos superiores, os objetivos de preparar alunos para o empreendedorismo e para a empregabilidade não chegam, na maioria das vezes, a se concretizar. Não há ações que indiquem uma proposta diferenciada para orientar os alunos a empreender. Não há nada que indique as habilidades que o aluno deva ter tais como a capacidade própria de inovar, de tomar decisões, de ser proativo, de pensar diferente, de ler constantemente, de aprender a pesquisar, de se manter atualizado, enfim, de ser curioso, criativo, perseverante e de estar a par das novas tecnologias e tendências do mercado ocupacional. Tudo acaba por ficar no lugar comum: aulas expositivas com alguns instrumentos a mais que a virtualidade disponibiliza para todos. Estamos ainda formando para o passado e não para o futuro. Na mudança do status quo, mora o segredo de empreender que, seguramente, vislumbra o amanhã. E o Brasil é potencialmente o país do empreendedorismo, das iniciativas individuais surgidas, na maioria das vezes, entre os jovens. De acordo com Bruno Perin, “empreender significa pegar uma ideia e colocá-la em prática (...). A regra é simples: Ideia + trabalho duro = sucesso. O sucesso pode demorar (...). Empreender é atitude, comportamento, visão, persistência e risco”. Corroborando o pensamento de Augusto Cury – “Ser empreendedor é executar sonhos, mesmo que haja riscos” –, Perin ensina:
É meu caro, empreender é gostar de correr risco sim. Não tem como, o risco estará o tempo todo com você juntamente com aquele velho medo de falhar. Ambos precisam estar na sua bagagem de conhecimento. Eles também te farão alçar grandes e maravilhosos voos rumo a níveis cada vez mais altos. Empreender é se desafiar todos os dias e acreditar com todas as suas forças em algo que ainda não é concreto, mas que em seu sonho já tem forma, cor, dimensão está muito bem visualizado.
Com base nas reflexões de Perin e Cury, para empreender, o ensino superior deve passar por uma mudança substancial em seu modo de atuar, de ensinar, de trabalhar a realidade e as experiências no campo da aprendizagem. Deve se organizar no sentido de preparar o aluno para a vida econômica, social, cultural e pessoal, com espírito de iniciativa, criatividade, coragem, tendo sempre a palavra inovação e persistência na linha de frente. Além disso, o ensino superior deve preparar o aluno para pensar antes, e sempre, sem nunca desaminar frente aos desafios de qualquer iniciativa inovadora. De fato, tudo acontece na base da tentativa e erro e na repetição, até acertar, tal como comprovou e experimentou Tomaz Edson. Se ele houvesse desistido e parado no primeiro fracasso, a história da civilização seria outra. No Brasil de hoje, jovens empreendedores se lançam à luta com suas ideias e, quando encontram apoio para implantá-las, o caminho para o sucesso é certo. Mas esse processo leva tempo, requer persistência, determinação, obsessão e paixão. No final, as coisas acontecem. Assim, é preciso mudar a mentalidade, a organização e o “fazer”, sem ficar olhando só para trás, para o já existente, já dito, já feito, e que nada mais pode acrescentar. Empreender obriga as pessoas a saírem da zona de conforto e por em prática ideias e pensamentos com persistência. É preciso imaginação e criatividade para tornar realidade coisas consideradas até mesmo impossíveis e mudar o cenário vigente. Saber examinar e analisar tendências e descobrir oportunidades faz parte desse novo cenário. Temos um mundo novo a ser pesquisado, desvendado, trabalhado e descoberto, à espera de iniciativas de nossos jovens universitários. Não adianta encher a mente deles de conhecimentos sem finalidade. Erudição não leva a lugar nenhum se não for acompanhada de objetivos práticos de conhecimento, competências e habilidades que ajudem a por em pratica ideias e soluções novas para melhorar a vida e mudar a realidade. Queremos um mundo novo no qual não haja lugar para achismo e improvisação, mas sim para os talentos empreendedores que teimam em errar e repetir, visando descobrir coisas inovadoras. O erro pode ser caminho para a inovação, para a criatividade, para solucionar problemas e para criar novos projetos numa sequência sem fim. Empreender é sair do lugar comum e entrar no mundo do incerto, do desconhecido, mas do possível para quem persistir, imaginar, inovar e criar. Para começar, devemos repensar nosso modelo de ensino superior que já dá sinais claros de esgotamento e que, segundo o mundo do trabalho, não prepara o aluno para enfrentar os desafios do mundo atual. Todos esses problemas são confirmados pela perseverante estudante baiana Geórgia Gabriela Rezende de Souza (Jovem passa em nove universidades dos EUA e arrecada dinheiro para viagem), que acaba de ser aceita em seis universidades americanas:
A educação é pouco flexível. Estudamos as mesmas coisas, nos mesmos formatos, há décadas. Além disso, a educação superior é super engessada e os estudantes têm pouca liberdade de cursar matérias em departamentos diferentes ou mudar de curso, descobrir novas aptidões". Devemos pois simplificar os processos, pois somos enciclopédicos em tudo, ensinando inutilidades.
A recente mudança nas normas do curso de Medicina – um exemplo a ser seguido – indica um bom começo do que poderíamos introduzir na maioria absoluta dos cursos: desafiar os alunos a aprender na prática o que os incita a ser mais curiosos, o que os obriga a pesquisar, o que os impulsiona a ser mais proativos, criativos e curiosos frente à realidade. Ser empreendedor é um processo que exige iniciativa, curiosidade, perseverança e domínio dos instrumentos do mundo real e virtual. A velocidade estonteante do conhecimento nos dias de hoje não mais permite que estudantes fiquem apenas como espectadores e sim como protagonistas do processo ensino aprendizagem.   [1]Empreendedor, consultor, palestrante e escritor. www.brunoperin.com  

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