Valmor Bolan
Doutor em Sociologia
Especialista em Gestão Universitária pelo IGLU (Instituto de Gestão e Liderança Interamericano) da OUI (Organização Universitária Interamericana) com sede em Montreal, Canadá
Representa o Ensino Superior Particular na Comissão Nacional de Acompanhamento e Controle Social do Programa Universidade para Todos do MEC
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No mundo de hoje cada vez mais plural, de culturas diversas que se interagem (principalmente pelas redes sociais), com pensamentos e credos, com muitas variedades de expressão, temos que aprender a aceitar o outro, a compreender cada pessoa, para que possamos crescer em valores humanos, em meio às tantas riquezas e possibilidades do nosso tempo.
Desse modo, é preciso que saibamos estar mais atentos, mais abertos, mais dispostos ao aprendizado, pois a cada dia aprendemos novas lições de vida, muitas vezes, com coisas simples do dia-a-dia, bem próximo de nós. A cultura do nosso tempo não aceita mais rigidez, engessamento de ideias e de posturas, principalmente extremismos, em qualquer segmento da atividade social, ainda mais no campo político ou religioso.
“Trabalhar para construir uma verdadeira cultura do encontro, que vença a cultura da indiferença”, é o que pede o papa Francisco, por isso cada vez mais outras culturas e religiões tem procurado se aproximar, buscando pontos em comum, trabalhar a partir da realidade concreta, desenvolvendo ações conjuntas, visando o bem da pessoa humana. As diferenças não podem ser motivo para grupos que se confinam em guetos, ou em redomas culturais, vivendo, muitas vezes, em idealizações que não correspondem à realidade.
É preciso entender que todos os seres humanos (independente da cultura em que vivem) estão em busca da felicidade, e expressam a fé em Deus, de vários modos. Por isso é preciso respeitar cada pessoa pelo que ela acredita pelo que se sente impulsionada a viver, ainda mais quando está imbuída de bons propósitos, contribuindo com o seu trabalho, sua arte, suas ideias, para o bem da sociedade.
As redes sociais devem ser aproveitadas para disseminar a cultura do encontro e da paz, em vez de fomentar ódios e extremismos. Podemos fazer muita coisa boa pela internet, partilhar imagens, textos, vídeos, que nos ajudem a nos tornar melhores como pessoas; por isso valorizamos o diálogo, a troca de ideias e experiências, no encontro das mais diversas manifestações culturais, para extrair o melhor de cada um. É assim que conseguiremos superar preconceitos e promover o verdadeiro progresso humano. É assim que estaremos ajudando o mundo a ser um lugar em que a paz não seja uma utopia, mas uma vivência possível, a partir da realidade concreta do cotidiano, com a participação de todos.




