Valmor Bolan
Doutor em Sociologia
Especialista em Gestão Universitária pelo IGLU (Instituto de Gestão e Liderança Interamericano) da OUI (Organização Universitária Interamericana) com sede em Montreal, Canadá
Representa o Ensino Superior Particular na Comissão Nacional de Acompanhamento e Controle Social do Programa Universidade para Todos do MEC
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Passado o carnaval, os cristãos celebram o tempo da Quaresma, período propício para a oração, a esmola e o jejum, que se faz necessários para uma melhor vida espiritual. São quarenta dias de preparação para a festa da Páscoa, lembrando ainda os quarenta dias em que Jesus passou no deserto.
É um tempo, portanto, para uma purificação interior, que permita uma renovação capaz de fazermos com que vivamos o ano com mais graças. Com essa disposição, os cristãos procuram fazer da Quaresma um tempo de conversão para uma vida melhor, em todos os sentidos.
Na mensagem para a Quaresma desse ano, o papa Francisco destaca que
“dedicando mais tempo à oração, possibilitamos ao nosso coração descobrir as mentiras secretas, com que nos enganamos a nós mesmos, para procurar finalmente a consolação em Deus. Ele é nosso Pai e quer para nós a vida. A prática da esmola liberta-nos da ganância e ajuda-nos a descobrir que o outro é nosso irmão: aquilo que possuo, nunca é só meu. Como gostaria que a esmola se tornasse um verdadeiro estilo de vida para todos! Como gostaria que, como cristãos, seguíssemos o exemplo dos Apóstolos e víssemos, na possibilidade de partilhar com os outros os nossos bens, um testemunho concreto da comunhão que vivemos na Igreja. (...) Mas como gostaria também que no nosso relacionamento diário, perante cada irmão que nos pede ajuda, pensássemos: aqui está um apelo da Providência divina. Cada esmola é uma ocasião de tomar parte na Providência de Deus para com os seus filhos; e, se hoje Ele Se serve de mim para ajudar um irmão, como deixará amanhã de prover também às minhas necessidades, Ele que nunca Se deixa vencer em generosidade? Por fim, o jejum tira força à nossa violência, desarma-nos, constituindo uma importante ocasião de crescimento. Por um lado, permite-nos experimentar o que sentem quantos não possuem sequer o mínimo necessário, provando dia a dia as mordeduras da fome. Por outro, expressa a condição do nosso espírito, faminto de bondade e sedento da vida de Deus.”Com essas palavras de sabedoria, o papa Francisco exorta os cristãos a viver um tempo de Quaresma, animados pela esperança e a disposição da conversão, necessária para uma vida renovada. Assim estaremos nos preparando para a Páscoa, passagem para a vida, confirmando a vitória do bem e da vida.




