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Elementos que atestam qualidade do ensino superior particular

ABMES

03/02/2011 05:18:18

Maria Carmen Tavares Christóvam*
Diretora da Gênesis Consultoria Educacional
***
Estamos diante da especial possibilidade de incentivar e dar evidência às faculdades e às universidades que vêm ofertando uma prática diferenciada, que possa representar alternativa eficaz para o ensino oferecido pelas instituições públicas. A competitividade faz com que a maioria das instituições trate a relação entre ensino e aprendizagem nos patamares falaciosos da instrução e treinamento (que se faz com professores sem engajamento, projetos pedagógicos estanques e com instalações e recursos apenas satisfatórios, se tanto). O resultado dessa prática gera interações inconsistentes do aluno com o mercado por meio de diplomas que não conseguem refletir densidades didático-pedagógicas. Assim, muitas vezes as universidades acabam se transformando em fábricas de desempregados. Os princípios que orientam as ações dos gestores de instituições de ensino que buscam propiciar Educação de qualidade devem estar fundados em três eixos que se complementam e potencializam intersecções entre a docência e o compromisso construtivista do conhecimento. Os eixos são os da ética, da técnica e da estética que albergam na realidade os quatro pilares básicos da Educação para o século XXI elaborados pela Unesco e que foram fixados como:
  1. Aprender a aprender;
  2. Aprender a ser;
  3. Aprender a fazer;
  4. Aprender a conviver.
 Ética compreende a possibilidade de situar o discente na perspectiva de ego-histórico de seu tempo, capaz de prospectar ações que impliquem em inovação, criatividade, autonomia e consciência socioambiental. Técnica faz referência ao domínio pleno de habilidades e competências com as quais o futuro profissional realizará seus projetos, dominando, direcionando e confluindo tecnologias. Estética, por sua vez, trata da configuração de linguagens, códigos e estilos voltados às demandas variadas no universo de consumo. Tais eixos podem ser tomados como base de transversalidade da grade curricular isto é a forma de propiciar interdisciplinaridade, “religação” dos saberes entre si e “religação” entre o pensar acadêmico e a vida humana na sua totalidade.  O que é uma boa faculdade? Dentre o universo de conceitos disponíveis, destaco um: boa faculdade é aquela que, superando as etapas da instrução e do treinamento, consegue tecer sua pedagogia em torno de um conceito de educação que garanta a legítima autonomia intelectual de seus alunos, que reconheça e potencialize talentos. Tal conceito alberga qualquer prática educativa em instituições de ensino superior (IES) com diferentes características; tanto as que trabalham com escala quanto as que atendem um público mais seleto – as intituladas premium, quanto ao seu posicionamento no mercado. É assim que as grandes escolas se referendam quando colocam profissionais no mercado. Há uma marca, uma reputação que é prioritária para muitos candidatos a um diploma de terceiro grau. Tal marca transcende falsas economias e projeta uma parcela de futuros universitários para a proposta de um ensino de excelência. Nesse sentido, cabe a cada instituição, segundo suas características, focar-se nos seus diferenciais, apostando nas variáveis do ensino, da pesquisa e da extensão.  Ensino Áreas consolidadas na identidade da instituição e na criação de cursos superiores concernentes podem, na verdade, fornecer certificado natural de segurança ao calouro. É claro que tal promessa institucional depende da consolidação das plataformas necessárias ao processo e que podem apresentar vantagens: concentração de saberes que deem aos campos em que atuam a autêntica multiplicidade de seus aportes no mundo atual. Portanto, é preciso distanciar o máximo possível esses dois campos daquilo que normalmente se processa no ensino disseminado pelo país: formação apenas “adestradora”. Percebe-se que poucos vestibulandos se interessariam pela aventura universitária em cursos superiores se esses cursos distendessem de forma previsível o que as inúmeras escolas de instrução apresentam. É preciso ainda ressaltar que o rigor dos cursos em faculdades que privilegiam a formação e não apenas a instrução implica investimento no aluno para habilitá-lo no sentido de dominar as demandas de um mercado desafiador e fortemente seletivo. Os currículos dos cursos em faculdades com essa proposta fazem referência a um universo de conhecimento transdiciplinar e literalmente contemporâneo, necessário à comunicação de significados em suportes de extensa mutação. São derivados das chamadas novas tecnologias ou extensões dos sentidos do humano, como preconizou Marshall MacLuhan, têm como cenário o cotidiano lúdico do alunado e se convertem em conhecimento necessário à compreensão e à moldagem do chamado pós-modernismo. Os cursos oferecidos pelas instituições devem ser constituídos de forma a não repetir equívocos de seus concorrentes, que geralmente condicionam ementas ao estudo fragmentado de forma muito generalista, a suas fusões mais óbvias. Nas instituições de qualidade os currículos apostam numa especificidade importante: possibilitar reflexões e a práxis sobre as intersecções em vários campos do conhecimento contemporâneo numa categoria que elege os eixos da ética, da técnica e da estética como constituintes de sua pedagogia. Tal caráter holístico deve ser levado em conta por toda instituição que se propõe a ofertar ensino superior, pois, ao formar futuros profissionais para atuar num mercado albergado pela economia do intangível, baseada quase que exclusivamente no conhecimento, essa inserção não pode ser alavancada apenas por uma elite (que geralmente está na universidade pública ou em universidades privadas capazes de fazer concorrência às públicas). É preciso garantir o status de agentes aptos a atuar em todo o segmento profissional, inclusive para os alunos que se encontram hoje nas instituições precárias que oferecem apenas instrução, ou nada. Faz-se necessário separar o joio do trigo, com uma boa métrica que possa impactar realmente a qualidade do ensino.  Pesquisa O ideal é que o corpo docente seja formado por mestres, doutores, graduados e especialistas que possuam experiência e legitimidade capazes de garantir maior fluidez na implantação do projeto pedagógico dos cursos, reforçar o diferencial da instituição e repercutir positivamente na opinião pública. O passo seguinte é favorecer atualização constante do corpo docente, o que se dá por meio de fomento à pesquisa que incremente os saberes construídos em sala de aula. Constituir grupos de pesquisa ligados a agências fomentadoras como o Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico (CNPq) ou a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), incentivar e patrocinar a participação de docentes em congressos nacionais e internacionais, e enfatizar a publicação de artigos em órgãos indexados são atribuições institucionais que qualificam o corpo docente e agregam valores objetivos aos cursos. Não custa pouco. Também o investimento em laboratórios e em material de apoio didático contribui para aquecer a identidade da escola.  Extensão É como a escola potencializa a colocação do aluno no mercado, e também como se comunica institucionalmente com a sociedade aberta. No primeiro caso, este é, talvez, um dos maiores diferenciais que se pode oferecer ao aluno – a possibilidade real de ser inserido em âmbitos profissionais de destacado valor social, por meio de programas de mentoria ou de estágios. Tal prática é própria das melhores escolas e um empecilho às medianas. O sucesso dessas práticas garante a plena satisfação do aluno e contribui para o diferencial de seu currículo. Por outro lado, resolve também a nefasta questão das defasagens laboratoriais, já que é praticamente impossível à academia manter-se ininterrupta na vanguarda tecnológica. O conceito de extensão demanda, também, iniciativas como a inserção da faculdade na agenda de eventos culturais concernentes aos cursos que oferta. Apoiando, promovendo ou patrocinando ciclos de variados eventos, feiras, exposições, palestras, entre outros, o aluno pode amplificar sua autoestima relacionada à escolha acadêmica.  Considerações finais Os alunos oriundos de instituições que oferecem uma proposta acadêmica com as características aqui descritas constituem, no melhor sentido da palavra, uma elite cultural que se faz pelo repertório legítimo de sua formação, muito além das bases utilitaristas fornecidas pela maioria das universidades. Associar uma instituição a esses ideais de excelência, tornando-a referência, é bom motivo para se investir em educação. Não custa pouco. Significa investimentos sucessivos da instituição e, por conseguinte, também de uma classe diferenciada do aluno comprometido, a qualquer custo, com seu sucesso pessoal e profissional. Cobra-se caro pelo bom serviço. É o preço para o peso assegurado aos diplomas emitidos por faculdades e universidades comprometidas com qualidade de ensino. Atitude que deve se reverter em dividendos múltiplos a todos os agentes envolvidos nessas relações de ensino-aprendizagem justifica tamanho esforço em oferecer novos cursos de graduação a um mercado cujo varejo quer saturá-lo. Mas que, como nos lembra Paulo Freire, admite brechas; aquelas que fazem da Educação um ato de sucessivas emancipações. Essa proposta é viabilizada por IES privadas que aqui intitulamos como premium e que não atuam com escala. Algumas instituições conseguem manter a mesma qualidade atuando com escala, como é o caso das Pontifícias Universidades Católicas em alguns estados. Por outro lado, será preciso encontrar fórmulas para atender à grande demanda que geralmente está nas IES que atuam com escala e que recebem os alunos oriundos do ensino básico com muitos gaps de formação. São essas que atendem à maior parcela da população. Portanto, investimento em formação permanente do docente, estratégias de adequação e monitoramento curricular são fundamentais para garantir a qualidade do processo ensino-aprendizagem.
  _____________________________________
* Diretora da Gênesis Consultoria Educacional. Consultora para o Ensino Superior e Articulista da Linha Direta. Administradora do Fórum Acadêmico da ABMES e do Blog da Educação Superior Particular. carmemtr@uol.com.br   ** O texto, na íntegra, foi publicado na edição de nº 39 da Revista Estudos – ABMES, na seção Pontos de Vista sobre Políticas Públicas para o Ensino Superior Particular. Mais informações sobre a publicação pelo número (61) 3322-3252.
 

24/09/2011

Maria Carmem Tavares Christóvam

Obrigada Mônica, Li hoje seu comentário. Que fôlego querida? Na época dessa publicação eu estava péssima. Hoje , um pouco mais próxima do final do pesadelo acadêmico. Bjos e obrigada!

05/02/2011

Monica Morejon

Fico orgulhosa de ter tido a Profa. Carmem como Pró-Reitora da UNIBERO. Parabéns, continue com o mesmo fôlego!

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