Antônio de Oliveira
Professor universitário e consultor de legislação do ensino superior da ABMES (1996 a 2001)
antonioliveira2011@live.com
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No século XVII, o religioso espanhol Tirso de Molina, criador do mito de Don Juan, disse que, no banquete do amor, o ciúme é o saleiro, mas adverte ser erro temperar em demasia. A psiquiatra italiana Donatella Marazziti escreveu “E vissero per sempre gelosi & contenti. Come trasformare un sentimento ‘negativo’ nella chiave della felicità”, livro traduzido, para o português, com este título: E Viveram Ciumentos e Felizes para Sempre.
Tradicionalmente se estabelece esta sequência: namoro, noivado e casamento. Tradicionalmente também se tem como uma das finalidades do casamento o auxílio mútuo. Em latim, “Vae soli!” Ai do solitário! Palavras do Eclesiastes, comumente citadas para lembrar o estado de insegurança do indivíduo que não pode contar com ninguém, principalmente na velhice.
Em linguagem direta, simples e objetiva, pondera o Eclesiastes (4): ”Melhor é, pois, estarem dois juntos do que estar um só, porque levam a vantagem da vida em comum. Pois, se um cai, o outro o sustenta. Ai do que está só! Quando cair, não haverá quem lhe dê a mão. E, se dormirem dois juntos, aquecer-se-ão mutuamente, mas um, sozinho, como se há de aquecer?” Esse pensamento comparece alinhado com aquele da criação da mulher, na linguagem do Gênesis: “Não é bom que o homem esteja só”.
Bonita, para o Dia dos Namorados, a declaração de fidelidade da moabita Rute: Para onde tu fores, eu irei também. Onde quer que mores, estarei eu contigo. Teus amigos serão meus amigos. O teu Deus, meu Deus. Na terra que te receber, quando morreres, nessa morrerei e aí, junto contigo, terei o meu sepulcro. O Senhor me faça isso ou aquilo, desde que não permita separar-me de ti.
Também será um “Dia Branco” se você vier comigo pro que der e vier... Eu lhe prometi o sol, a chuva, esse tão grande amor, grande amor. E o sol saiu, a chuva caiu. Numa praça, na beira do mar, num pedaço de qualquer lugar.
Oh! Oh! Oh! Isso há 50 anos... Até onde a gente já chegou...
No melhor ritmo da canção.
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