Há cerca de um ano, quando lançamos a publicação Os quadrantes híbridos da educação superior brasileira, apostávamos que a nova realidade trazida pela pandemia de covid-19 resultaria na demanda por um novo modelo educacional mais alinhado às soluções tecnológicas capazes de mediar o processo de ensino-aprendizagem. Ali, os quadrantes híbridos surgiram como uma proposta da ABMES para as instituições de educação superior.
Passados alguns meses, percebemos que o modelo dos quadrantes híbridos havia começado a se materializar dentro das IES. Como era de se esperar, diversas dúvidas surgiram em relação à sua implementação. Foi aí que, em parceria com a DreamShaper, organizamos um Grupo de Trabalho (GT) com o objetivo de esclarecer os questionamentos e mapear instituições que já iniciaram a adoção do formato.
O resultado desse esforço está consolidado no e-book Os quadrantes híbridos da educação superior brasileira: Guia prático com caminhos possíveis, lançado no último mês de novembro pela Associação. Com um texto didático e bastante abrangente, a publicação começa esclarecendo as 13 dúvidas mais comuns em relação à proposta, entre elas: por onde começar? Preciso adequar o PPC e o PDI? Preciso mexer nas matrizes curriculares dos cursos? Qual o impacto na carga horária das disciplinas? Presencial assíncrono conta como carga horária EAD?
Na sequência, são apresentadas as experiências práticas desenvolvidas por sete instituições participantes do GT: Grupo Tiradentes; UniCEUB; UniCarioca; Ser Educacional; Senac/PR; UNIUBE; e Ecossistema Brasília Educacional. As iniciativas passam pela aplicação dos quadrantes híbridos na curricularização da extensão; a adoção do conceito da "sala de aula invertida"; e educação flexível.
Por fim, o e-book oferece ao leitor os artigos “2022: o fim da pandemia e a consolidação de tendências na Educação Superior”, com os principais resultados do “Observatório da Educação Superior: O que querem os estudantes?”, divulgado em maio pela ABMES; e “Para além dos quadrantes híbridos - tendências”, que faz uma breve reflexão a partir dos documentos lançados na UNESCO World Higher Education Conference (WHEC2022), realizada em Barcelona (Espanha), também em maio deste ano.
Dessa forma, as instituições de educação superior têm à disposição um material bastante completo para apoiá-las na adoção de práticas educacionais mais inovadoras, conectadas com as demandas e as tendências deste século 21, e tudo de acordo com as diretrizes e regulamentação do setor.
Além das instituições já citadas, também integraram o grupo: Associação Paranaense de Cultura; Centro de Educação Superior de Brasília; Centro Universitário Newton Paiva; Cruzeiro do Sul; Fundação Bahiana para o Desenvolvimento da Ciência; Fundação Educacional Dom André; Arcoverde; Fundação Oswaldo Aranha; Grupo Educacional Ceuma; Unidade Educacional de Ensino Superior.
Em nome da ABMES, agradeço a cada instituição e a cada profissional que se uniu a nós nesse esforço conjunto para levar a educação brasileira a novos patamares. Se antes de 2020 a cultura da “lousa e saliva” já não funcionava, depois de todas as mudanças vivenciadas nos últimos dois anos os avanços precisam ser implementados ainda mais rapidamente.
Sabemos que o desafio é grande, mas os quadrantes híbridos estão aí para nos apoiar e direcionar nessa virada de chave para uma educação mais atrativa, inovadora e eficiente. Vamos juntos rumo a um modelo educacional que dialogue com os tempos atuais!
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