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Dez por cento do PIB para a educação pública é muito?

Notícias na Mídia

11/05/2011 05:00:33

Otaviano Helene e Lighia B. Horodynski-Matsushigue*
Correio Braziliense, publicado em 25 de abril de 2011
***
Entre as várias metas do Plano Nacional de Educação (PNE) em discussão no Congresso Nacional está o aumento progressivo dos investimentos públicos em educação até atingirem 7% do PIB. Analisemos esse valor. Quando, no fim da década de 1990, muitas entidades da sociedade brasileira apresentaram seu projeto de PNE ao Congresso Nacional, com algumas metas até mais modestas do que as do PNE atualmente proposto, os recursos necessários foram estimados em 10% do PIB. Esse valor foi reduzido pelo Congresso a 7% e, finalmente, vetado pelo Executivo federal. Assim, ficamos com as metas, mas sem recursos para cumpri-las. Obviamente, não apenas as metas não foram cumpridas como nos afastamos ainda mais de muitas delas. Seriam os 7% do PIB suficientes na situação atual? Vejamos. Atualmente, segundo dados divulgados pelo Inep, o investimento direto em educação pública é cerca de 4,7% do PIB, dos quais 3,1% correspondem a salários e encargos. Como, segundo dados do Pnad, os salários dos educadores correspondem a cerca de 60% dos valores percebidos pelos demais trabalhadores com mesma escolaridade, apenas para superar essa desigualdade seria necessário aumentar os investimentos em 2% do PIB, o que já nos levaria praticamente aos 7% previstos. Considerando outras metas do PNE propostoentre elas a universalização da educação dos quatro aos 17 anos, a conclusão do ensino fundamental para todos e o atendimento, na educação infantil, de 50% das crianças de até a três anos de idade, uma regra de três simples indica que seriam necessários outros 2% a 3% do PIB. Finalmente, para cumprir as outras muitas metas propostas, inclusive para a educação superior, precisaríamos de recursos da ordem de 10% do PIB ou mais. Investir 10% do PIB em educação não é nenhum despropósito. Todos os países que superaram atrasos escolares passaram por um período de altos investimentos, muitas vezes bem além dos 10% do PIB. Isso ocorreu nos países escandinavos, em Israel, em Cuba e em vários outros países. Os EUA investem, atualmente, um total de 7,6% do seu considerável PIB, sendo dois terços dos recursos provenientes do setor público. Portanto, seria totalmente normal que um país como o Brasil, com grande atraso educacional, investisse cerca de 10% de seu PIB em educação. Vale comparar a situação brasileira com a de outros países de modo mais detalhado. Os gastos por estudante e por ano na educação básica no Brasil, onde está a grande maioria dos estudantes, são da ordem de apenas 14% da renda per capita. Nos países que têm um sistema educacional bem estabelecido, esse percentual é da ordem de 25%. Portanto, para dedicarmos à educação um esforço comparável ao desses países, devemos aumentar os gastos por estudante em bem mais de 50%. Mas ainda temos que incorporar pessoas excluídas do sistema, o que nos diferencia da maior parte dos outros países. No Brasil, cerca de 30% das crianças deixam o sistema educacional antes de completar o ensino fundamental e, no fim do ensino médio, o percentual de jovens excluídos atinge 50%. Apenas a combinação dessas duas necessidades, aumentar a inclusão e os investimentos por estudante na educação básica, exigiria investimentos da ordem de 10% do PIB. Para chegar a investimentos dessa monta precisaríamos adicionar ao setor educacional uma quantidade de recursos equivalente ao crescimento médio do PIB em um único ano. Fracionando esse acréscimo durante alguns anos, teríamos, no fim de uma década, uma escola pública valorizada, professores remunerados adequadamente, estudantes bem atendidos. E tudo isso para sempre, já que a atual taxa de natalidade não prevê um grande aumento do contingente de crianças e jovens. Finalmente, devemos lembrar que investimentos em educação apresentam altos retornos econômicos, tanto na forma de maiores rendas pessoais quanto na forma de aumento do PIB. Taxas de retorno dos investimentos em educação entre 10% e 20% sobre os recursos investidos são bastante típicas para países como o Brasil, mostrando que o investimento é recuperado em poucos anos. Publicação recente da OCDE, adequadamente intitulada O alto custo do baixo desempenho educacional, apresenta uma série de análises mostrando o enorme impacto positivo que melhor educação escolar tem na economia de um país. Além dos ganhos econômicos, os ganhos sociais e culturais são enormes. E, se corretamente feitos, esses investimentos poderiam contribuir para superar uma das maiores vergonhas nacionais: a concentração de renda, um dos indicadores econômicos que nos têm colocado, mesmo após a melhora ocorrida nos últimos anos, entre os recordistas mundiais. * Otaviano Helene é professor do Instituto de Física (IF) da USP, foi presidente da Associação dos Docentes da USP e do Inep. Lighia B. Horodynski-Matsushigue é professora aposentada do IF da USP e foi vice-presidente regional do Andes-SN.  

10/06/2013

fernando heitmann

sou favoravel a campanha, este país é uma vergonha, precisamos acabar com este quadro caotico, nossos filhos,netos,bisnetos e dai pra frente merecem ter educação de primeiro mundo, chega deste sucateamento. precisamos de professores qualificados,precisamos de professores bem pagos, precisamos de escolas bem estruturadas e por fim precisamos de governantes serios que tenham responsabilidade de construir um país melhor do que este que estamos vivendo.

06/12/2011

vanezaguarino

sou acadêmica da Universidade Estadual do Piauí e posso dizer com convicta certeza: a educação brasileira está completamente esquecida, onde estar nossos governantes que só querem que aumente seus salários e nada é feito?!... e nós esquecidos. vivo numa realidade triste onde nem um laboratório dispõem para pesquisas dos acadêmicas, e professores poucos qualificados e poucos efetivos. Mais concordo com o aumento sim mais que seja repassado de forma honesta.Tirando esses pequenos problemas que advém minha universidade, tenho orgulho de ser acadêmica dessa universidade. Se quisermos que seja diferente façamos diferente exigindo nossos direitos de acadêmicos.

04/06/2011

adriana

temos que usar outros meios de reivindicação fora as tradicionais paralisações, que muitas vezes pela pressão de sermos pais e mães de familia, acabamos desistindo e voltando para nosso trabalho. vamos usar a internet para reivindicar não só os dez por cento do pib, que segundo a lei é dever de investimento em educação pelo estado, mas também tantas outras que só nós professores sabemos quais são.

30/05/2011

Keila Caetano

Sou a favor dos 10% do PIB, assim como pela união de nossa classe, pois os professores, como todos sabem, é a classe mais desunida que exite no Brasil!!!

30/05/2011

Keila Caetano

O problema de nosso Brasil, não é a EDUCAÇÃO em si, o problema é a POLÍTICA ou POLITICAGEM BRASILEIRA. A corrupção deslavada, as CPIs inúteis e onerosas, a falta de ética, compromisso e ideologia de nossos representantes. Quando se resolver a questão política, a educação brasileira será a primeira a ganhar. Mas todos os outros setores são deficientes e debilitados devido às ações equivocadas e incompetentes de nossos parlamentares e governantes, recursos desviados, enriquecimento ilícito, troca de favores... ACORDEM SENHORES PARLAMENTARES E GOVERNADORES o caos é resultado de vossas ações insanas!!!

29/05/2011

Julio

Como falou nossa colega no programa do Faustão nenhum governo se preocupou com a educação desse pais, por isso comecemos a nos unir e vamos e tentarmos fazer uma revoluçaõ 10% do pib já!

24/05/2011

Eliane Bini

É um absurdo o descaso que esse País tem com a Educação,uma falta de respeito com os principais responsáveis pelo desenvolvimento que são sem dúvida, os professores.Com um salário ridículo de R$ 766,00 por 16 horas semanais,temos que fazer muitas GLPs( hora-extra) para sobrevivermos e nos falta ânimo pra poder investirmos em qualificação,pois afinal,somos seres humanos.

24/05/2011

Rose Mary Horta

Concordo sim com 10% do pib, concordo com um sálario digno, com qualidade na Educação, sou de Minas Gerais e a luta aqui também é a mesma, a EDUCAÇÃO no Brasil tem de mudar, pois daqui alguns anos não teremos professores,infelizmente os governantes não se preocupam em levantar essa bandeira, e fica aqui minha indignação: Viveriam com esse salário? Por favor sejam JUSTOS pelo menos uma vez.

24/05/2011

janini

Investimento na educaçao, respeito ao professor por parte do governo e da sociedade.

23/05/2011

Renata M. S. Monte-Mór

Concordo plenamente em termos 10% do pib pra educaçao precisamos ganhar melhor. E é apenas um passo!!!!!!!!!!!!

23/05/2011

Cecilia

10% do PIB imediatamente para educação e pra salvar nossos adolescentes dos traficantes prefiro eles servindo as forças armadas do que morrendo nas ruas. JÁ.

23/05/2011

Edney Wagner da Silva

Concordo plenamente com os 10% para educação no Brasil, sou professor em Minas Gerais ,e a situação é a mesma não é diferente ,esta na hora de todos os profissionais da educação se unirem pra mudar esta realidade .

23/05/2011

Joadir

Olá, caros(as) amigos(as)... Acho justo investir 10% do PIB na educação, pois assim estaríamos resolvendo vários problemas sociais grave do Brasil de uma maneira só. A EDUCAÇÃO é o único caminho para a salvação da nossa Nação. Os professores só tem que ser mais unidos, pois vocês tem uma grande força, pena que está ainda adormecida. Só pra uma breve reflexão, já houve Presidente da República - professor, existem senadores, deputados federal e estadual, vereadores, prefeitos e nada é feito pela categoria e pela educação, acho que falta mais união, vejo que essas pessoas professores que se elegem a esses cargos, não tem nenhum comprometimento com a classe e nem com educação. Acho que vocês deveriam seletar melhor os candidatos. Enfim, a EDUCAÇÃO é o caminho pra todos nós. Deus Está Conosco!!

23/05/2011

vera lucia

concordo plenamente em termos 10% do pib pra educaçao precisamos ganhar melhor.

22/05/2011

Joao Pinho

O problema não é a porcentagem, e sim a corrupção.Os gestores desviam o dinheiro enviado pelo MEC,e não rapassam para a educaçõa.

22/05/2011

lidia

Dez por cento do PIB é pouco, precisamos desse percentual,uma aplicação vigiada, solução para falta de limites das crianças e adolescentes, professor que é a basse de todas as profissões, com remuneração equivalente a sua importancia e como somos infelizmente um país com caráter um tanto duvidoso seria necessário uma forma de cobrar do professor o resultado. Em pouco tempo este país mudaria de cara.Todo mundo que tenha o mínimo de consciência sabe que o problema da educação tem solução.O que falta é vontade e coragem para resolver. Isso não interessa. O que interessa é a bandeira da educação de qualidade em todas as eleições. Lídia Carlos, Professora da Rede Estadual da Bahia

22/05/2011

Adriana Souza Cortez

Boa Noite. Sou professora de inglês da rede Pública e privada no estado de São Paulo, concordo plenamente com o aumento dos investimentos em educação, também sabemos que a verba da união para educacação nunca pode ser menos de 18% e dos estados e municípios nunca menos de 25%, isto é sério e neste país de impunidade é praticamente o único item que dá cassação de mandado, porém as escolas estaduais estão sucateadas, não temos ventiladores, lousas com buracos, carteiras quebradas, sem falar dos recursos tecnológicos e o governo usa a verba para dar material escolar aos alunos, estes muitas vezes jogam no lixo, entendo que esta verba está sendo usada com fins eleitoreiros,como de fosse a compra de votos, deve haver um acompanhamente do destino do dinheiro da educação. Com relação aos salários os municípios não podem gastar mais de 60% da arrecadação em salários, se não estou enganada, então a desculpa para não aumentar nossos salários é esta, deve mudar esta lei tornando os professores outra categoria de funcionários, pois melhorar a educação é também investir no Professor. Obrigada Adriana Cortez

22/05/2011

Simone de Aguiar Rodrigues

Olá,sou professora grevista no estado de SC e gostaria de dizer que, apesar de meu estado ser um dos maiores no Brasil, em arrecadação do PIB,infelizmente é um dos que piores pagam seus professores. Sou totalmente a favor de se que aplique 10% ou mais do PIB para a educação neste país. Está mais de que na hora da educação ser levada a sério nesse país, começando pela valorização dos professores.Obrigada.

22/05/2011

Misael Rodrigues

São vários anos acreditando em uma melhora na educação e tudo que se tenta fazer para melhorar o sistema educacional, parece não surtir resultado. Precisamos lutar e acreditar para que tudo isso que foi descrito nesse site venha a torna. Por que nos professores e alunos não aguentamos mais tanto descaso.

22/05/2011

Fernando

Dez por cento do PIB para a Educação é apenas um passo. Uma carreira de Estado para o professor público. Não para confirmar os privilégios abusivos da classe política que se aposenta com pouco tempo de trabalho e tem salários imperiais tornando o Estado brasileiro um inimigo da sociedade, mas para honrar a sociedade e resgatar a dignidade da estrutura social brasileira.

22/05/2011

Angiomar Fernandes

Um país que quer se tornar um país de primeiro mundo, deve investir massissamente na educação, principalmente no ensino fundamental. Sucesso,

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