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A pedagogia das novelas

Edson Franco

Advogado, jornalista e professor universitário
Membro do Conselho de Administração e ex-presidente da ABMES

25/01/2012 04:38:49

Édson Franco Advogado, jornalista e professor universitário – Diretor da Faculdade de Estudos Avançado do Pará ***
Sempre preocupado em comparar a vida dos nossos dias com o processo de ensinar e de aprender realizado nas nossas escolas, percebi que as novelas, algumas delas além de fascinantes e causadoras de expectativas e curiosidades, acabam por conduzir as pessoas a lerem, antecipadamente, o que deverá ocorrer nos capítulos seguintes. A mídia impressa, de jornais e revistas, já percebeu esse interesse revelado pelos telespectadores e leitores. Os próprios autores das novelas se esmeram por fazer publicar, semanalmente, sínteses de futuros capítulos que deverão ir ao ar nas telinhas. Reservam-se, no entanto, ao direito de segredar os capítulos finais, justamente na semana de término de exibição das novelas e noticiam alternativas variadas de capítulos últimos, inclusive destacando tais nuances de modo a aguçar o interesse dos leitores e gerar dúvidas neles. Comparei o processo novelesco com o que ocorre nas escolas constatando uma grande diferença: nós não “anunciamos” o desenrolar dos capítulos seguintes e quando fazemos não conseguimos despertar o charme da curiosidade e da expectativa. Preferimos o segredo à informação, a omissão à comunicação. Algumas vezes os próprios professores temem que os alunos estudem, antecipadamente, aquilo que vai ser ensinado. Alguns nem dizem os nomes dos livros nos quais aprenderam. É verdade que alguns professores que ministram aulas ao final dos horários noturnos têm de ser verdadeiros atores de filmes de “sessão mistério”, como certa feita nos afirmou Jurandy Wanghon,  de modo a prender a atenção dos alunos, mantendo-os acordados e atentos. Caso contrário, os alunos em aulas sem entusiasmo acabam por entoar o coro, ainda que baixinho, do “por hoje, por hoje, por hoje”, de tal sorte que os professores se sintam impelidos a terminar suas explicações antes do tempo. Muitos justificam que o problema é dos horários dos ônibus. Sei que é difícil criar expectativas em sala de aula no transcorrer de um ano letivo, mas como seria interessante se cada professor ensaiasse um resumo, algo misterioso e criativo, do que irá acontecer na próxima aula, gerando nos alunos o desejo de acorrerem às escolas, tomando-as como algo gostoso e não como obrigação. Na Odontologia, os profissionais da área conseguiram, de algum modo, espantar o medo da broca nos mais jovens com o uso de equipamentos bem mais modernos do que no passado. A “broca movida a pedal”, do começo do século passado, não existe mais e a frequência dos jovens nos consultórios dentários já se constitui numa rotina. Interessante que os textos antecipatórios dos capítulos que vão ser exibidos nas novelas em nada tolhem o desejo dos telespectadores de assistirem as mesmas. Se já têm ideia do que irá acontecer porque não se desinteressam de ficar diante das telinhas? Parecem querer testemunhar e confirmar aquilo que leram. Na Medicina estética – que sempre causa alguma dor quando aplicada – também consegue mostrar à clientela o atual e o futuro e, em nome desse futuro, muitos sacrifícios são feitos. Os programas de emagrecimento – que também exigem sacrifícios – mostram o antes e o depois e, em nome desse depois, quanto padecimento ocorre! No passado não muito distante criou-se nas escolas o chamado Método Keller que, em última análise, significava oferecer aos estudantes, com antecipação, o que lhe seria ensinado no futuro próximo. O Método Keller foi usado largamente. Nos cursos de ensino a distância as apostilas também antecipam ensinamentos e os alunos sentem a necessidade de estudar e assistir as aulas quando estas são ministradas, especialmente, com a ajuda da televisão ou dos computadores. O Método Keller de certa maneira desapareceu da prática pedagógica. O ensino a distância continua antecipando os ensinamentos que serão ministrados. Nas escolas tradicionais onde predomina a “salivação”, dificilmente cria-se a expectativa e a curiosidade junto aos alunos para os próximos capítulos das matérias a serem ministradas. Quando muito algumas escolas publicam, na íntegra, os programas das disciplinas que serão oferecidas, mas esse tipo de publicação que divulgam não se constitui em efetiva expectativa e curiosidade para os jovens. Algumas escolas mais modernas têm usado da Internet para a divulgação do que será ensinado aos alunos, num sistema mais econômico de comunicação dos conteúdos programáticos a serem ensinados. Suspense, atratividade, curiosidade, encantamento, expectativa é algo de que se ressentem as escolas para darem um basta na monotonia do blá, blá, blá.  Professor tem de ser artista. Não testemunhei ainda na minha vida grandes exceções e nem modalidades novas de criar expectativas e curiosidade para a aprendizagem. Apesar disto, sonho com uma escola atraente, gostosa, alegre, divertida, que atraia os alunos e eles vivam o que estão aprendendo. Sonho com uma escola na qual os professores, ao concluírem suas aulas, façam um “trailler” para despertar o interesse pelo dia seguinte. Quando as aulas se encerram com alguma expectativa, com alguma curiosidade, a vontade de vir novamente aos ensinamentos, na continuidade dos programas, se torna uma realidade. Essa escola ainda precisa ser inventada em larga escala, pois as boas exceções ainda se constituem em regra. E não adianta muito os títulos que o professor possua. Pelos títulos, pode ser que ele saiba, mas nem sempre sabe ensinar e despertar motivação nos alunos.  

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