• portugues-Brasil
  • ingles
  • espanhol
  • Associe-se
  • Newsletter
  • Imprensa
    • Assessoria
  • Contato
  • CAA
  • Associados
  • Associe-se
  • Newsletter
  • CAA
  • Contato
  • Associados
  • Blog
  • Portal ABMES
  • LInC

Uma nova Universidade para o Brasil!

Outros Autores

09/05/2012 05:09:43

Saulo Souza Dias Pesquisador, publicitário, ativista ambiental e escritor. Consultor de marketing e Planejamento Estratégico Educacional. Criador da ONG Projeto Monteiro Lobato prof.saulosouzadias@gmail.com *** O Brasil nesta primeira década do século XXI apresenta-se como uma das grandes potências econômicas mundiais, conseguindo fazer migrar para sua classe media uma parte significativa da população antes relegada à pobreza. Elevou sua empregabilidade a níveis nunca antes vistos tornando uma referência ao combater com eficiência a crise econômica de 2008. A despeito de persistirem ainda muitos problemas, hoje ele não é mais um gigante adormecido, o Brasil é o país do presente e não mais do futuro como dizia Stefan Sweig[1] O mundo contemporâneo não é mais aquele que nossos pais viveram. Ele se globalizou, rompeu barreiras econômicas e de nacionalidades, hoje como dizem, um bater de asas de borboleta na Ásia influência o outro lado do mundo.[2] Não é somente a economia que não tem fronteiras, a informação também vai além. Ela não é mais privilégio de poucos, está à disposição de todos e não mais restrita à escola. Está em casa, no trabalho e em lugares que nem imaginamos. As notícias são instantâneas, a mobili é um fenômeno mundial, estamos conectados a todos e a tudo, a qualquer momento. O conhecimento que a humanidade produz se multiplica cada vez mais rápido. Atualmente não é mais viável ter uma enciclopédia impressa, pois a velocidade de novos conhecimentos não o permite. Por isso é que a Enciclopédia Britânica estará disponibilizando o seu conteúdo via Internet. Diante dessa nova realidade coloca-se um novo desafio, o da necessidade de construir uma educação de qualidade, em todos os níveis, para dar conta das demandas de formação profissional. No final dos anos noventa a União Europeia, em função da importância que alcançou no mundo, viu a necessidade de reformar seu sistema de ensino superior para ser tornar uma referência mundial e transformar a região num farol para as outras economias, para tanto assinou o Protocolo de Bolonha em 1999 buscando unificar o sistema europeu de ensino para criar equivalência entre os cursos, buscando homogeneizar os programas e durações dos mesmos. Essa mudança corresponde às necessidades próprias de uma Europa que tinha um sistema multifacetado que não possibilitava a mobilidade de alunos e professores entre as instituições e reconhecimentos das competências adquiridas na formação superior de um país para outro. O modelo proposto, apesar de se dizer inovador, no fundo se inspirou no modelo americano, tentado preparar mais rápido o jovem para o mercado de trabalho, seja pela diminuição da duração do primeiro ciclo (bacharelados ou licenciaturas) e do segundo ciclo (mestrado e doutorados), colocando o primeiro ciclo como um preparatório para vida e o segundo como uma profissionalização. O modelo dos EUA não deve ser exemplo único para o Brasil, pois ele é fruto de um processo histórico e econômico diferente do nosso, devemos buscar referências naqueles com quem temos equivalência em termos de desenvolvimento econômico, ou seja, nos países do BRIC. Todavia não como modelos a serem seguidos, pois a realidade brasileira é única e devemos nos esforçar para encontramos e construirmos nossos próprios caminhos, sem tentar copiar modelos ou cairmos em modismos. O primeiro país que nos vem é a Rússia, (ele é o R do BRIC), contudo à analogia com este fica difícil em função dele ser herdeiro da antiga União Soviética que desde a fundação investiu massivamente em ciência e tecnologia através de um sistema de ensino superior abrangente. Porém nos últimos anos o modelo existente também esta buscando uma adaptação ao processo de Bolonha[3], sendo duramente criticado por vários especialistas em educação. Desde o fim da União soviética o sistema privado de ensino superior vem assumindo uma posição de destaque quanto ao número de instituições e de alunos matriculados, e que de forma bastante singular tem sido alvo de críticas, muito parecidas com a que o sistema brasileiro vive: o da mercantilização dos diplomas. A questão do ensino superior na Rússia se tornou mais urgente no final 2011, quando se iniciaram calorosas discussões sobre os caminhos que o ensino superior devia tomar. Existia uma dicotomia entre o velho sistema soviético de "politécnico" de educação e as necessidades da nova sociedade que exige outros tipos de competências.[4] A Índia, por sua vez tem focado seu desenvolvimento do ensino superior na ampliação de suas competências na área de TI, e também no ensino de inglês desde os primeiros anos. Ela reconheceu a impossibilidade do Estado de oferecer o número de vagas necessárias para atingir um pleno desenvolvimento econômico. Assim ampliou o sistema superior privado, estimulando a concessão de financiamento estudantil pelos bancos. E incentivou a ida de seus alunos às melhores universidades americanas e europeias. Por sua vez a China também percebeu nos idos dos anos oitenta, que para garantir seu desenvolvimento deveria rever o seu sistema de ensino superior. Verificou também a impossibilidade da oferta de um ensino superior gratuito e público. Assim institui um sistema público não gratuito e ampliou o privado, existindo um sistema que permite vários tipos de instituições diferentes, como universidade regulares e técnicas, escolas profissionalizantes e faculdades especializadas. E o modelo americano? Foi o primeiro país a instituir um ensino superior de massa fato que não se questiona. Ledo engano, lá o sistema está sendo repensado. Estão analisando tudo que seus concorrentes econômicos fazem notadamente a Índia e a China. E apesar de diversas críticas o modelo continua a formar as mentes mais brilhantes do mundo.[5] Por que será? Para muitos é exatamente pela riqueza de multiplicidades de modelos, pois lá não existe um organismo equivalente ao nosso MEC, com os poderes regulatórios que este tem. Na realidade eles são de fato uma federação e cada estado pode ter o seu próprio modelo. O controle de qualidade não é garantido por um organismo estatal, mas sim por acreditadores autônomos,[6] isso a critério da própria instituição, pois muitas não se submetem a esta avaliação externa, pois tem sistema próprio de auto avaliação. Tendo um sistema público remunerado e também com um sistema privado bem desenvolvido. E agora como fica o Brasil  nessa historia? Todos estão repensando  os sistemas de ensino. Em todos os países os sistemas privados de ensino estão assumindo um papel importante no processo! O Estado sozinho não tem condições de propiciar ensino público e gratuito a todos e há necessidade de um sistema particular para poder alavancar o desenvolvimento educacional e por consequência o econômico. O Brasil conseguiu na última década atingir a universalização no ensino fundamental, de qualidade questionável, mas abrangente. Todavia no ensino médio isso esta aquém das necessidades da Nação e na sequência disso também temos as mais baixas taxas brutas de escolarização no ensino superior, algo em torno de 16% de alunos na idade entre 18 e 24 anos. Dessa forma qual seria o primeiro desafio para o Brasil? Acredito que todos concordarão que é de um lado a melhoria da qualidade do ensino fundamental e o aumento de matriculados no ensino médio, obviamente atentando a qualidade do ensino ofertado.   É necessário também focar esforços na maior qualificação profissional do nosso jovem de ensino médio. Logicamente não caindo na armadilha do acordo MEC-USAID dos anos 60, que transformou por canetada todas as escolas de ensino de segundo grau em ensino técnico.   A importância da ampliação dos cursos técnicos profissionalizante é primordial, pois o Brasil tem por um lado uma tradição para profissionalização basta dizer que o próprio ensino superior brasileiro tinha este objetivo na sua origem e que de outro lado às novas camadas emergentes, chamada nova “Classe C”, enxerga na profissionalização um caminho rápido de acessão social, para tanto basta vermos a demanda pelos cursos desde nível no sistema S.   Temos que reconhecer com louvor as inciativas do estado de São Paulo na ampliação de suas Escolas Técnicas Estaduais - Etecs, todavia esta deveria ser copiada por outros estados. Bem como as medida da União com a criação do programa semelhante ao Programa Universidade Para Todos – Prouni, para o ensino Técnico – o Pró-Inovação Tecnológica - Protec.   Além de discutirmos a ampliação de recurso no ensino básico há necessidade de se repensar qual sistema de ensino superior que queremos e almejamos para o Brasil.   A China tem sido junto com outros modelos asiáticos colocados como parâmetros para outros países, contudo seu modelo de aprendizagem está focado na memorização de conteúdos e na obediência e não na formação de autonomia intelectual de seus alunos.   Nesse ponto temos que pensar por dois lados. Primeiro pensamos nas metodologias de ensino e aprendizagem e em segundo nas novas ferramentas de tecnologia da informação e comunicação.   Esse novo mundo globalizado multimediado e plenamente conectado criou um novo tipo de jovem que não aprende mais de forma linear cartesiana, ele vive plugado em diferentes mídias e tem acesso a diferentes tipos de fontes de informação, o seu conhecimento não é mais construído numa relação passiva de professor-aluno.   Estamos na WEB 2.0, o mundo das trocas de múltiplas direções, hoje não cabe mais ao professor passar a informação, mas sim conduzir o aluno na construção do conhecimento. Esse novo aluno necessita de um novo professor, mais acessível e aberto.   A postura metodológica do professor deve ser também de ouvir e não somente falar, sabendo articular os diversos níveis de informações numa relação com aluno, possibilitando a descoberta de novos caminhos para o conhecimento.   Nesse sentido os avanços das novas Tecnologias da Informação e Comunicação - TICs vieram para auxiliar o professor nessa árdua tarefa de construir os caminhos de aprendizagem dos alunos.   O professor deve estar aberto às inovações e evitar ser recalcitrante às novidades, entendendo esse novo aluno, deve aliar-se às tecnologias, sem ter medo que elas irão lhe tirar a posição. Um notebook ou tablete não substituirá um professor, somente irá ajudá-lo a acessar o mundo do seu aluno.   O professor não pode ter receio de ser filmado ou gravado, agora sua aula pode ir para o mundo virtual. Hoje a sua sala de aula não é mais quatro paredes nem seus os cinquentas alunos sentados em sua frente, são seus todos aqueles que podem acessar a WEB e assistir aquilo que foi falado, e melhor esses alunos virtuais podem também em função da interatividade da WEB 2.0 dialogar em real time ou de forma assincrônica.   O Ensino a Distância não é uma questão de distância, pois as TICs destruíram essas barreiras, todo ensino é presencial, mas não no mesmo local. A aula pode ter várias ferramentas de mediação, é possível você estar em São Paulo, assistir e interagir com um professor em Paris.   A dimensão da sala de aula agora é outra, várias instituições estão integrando os modelos dos chamados EADs em seus cursos presenciais. As plataformas de AVA podem estabelecer uma rede de contato, seja com próprio professor para tirar dúvidas ou com outros alunos.   Necessitamos de um novo paradigma para a universidade brasileira para o século XXI, pensando no modelo de ensino superior que queremos e que necessitamos e nos despojando de nossos preconceitos e indissiocrasias.

[1]“Brasil, País do Futuro” (Ensaio) 1941 [2] O Efeito borboleta [3] Iniciou em 2003 [4] O Primeiro Ministro Putin diz:“Agora que temos os alicerces, os nossos próximos passos devem ser destinados a modernizar toda a rede de instituições de ensino superior na Rússia, para fazer com que o honroso título de universidade, academia ou instituto de fato significa, na prática moderna de qualidade e ampla educação, educação contemporânea”.Disponível http://translate.google.com.br/translate?hl=ptBR&langpair=en%7Cpt&u=http://en.rian.ru/russia/20110824/166118624.html [5] Veja o numero de ganhadores de NOBEL em instituições americanas [6]Tipos agencias de acreditação de ISO  

Entre a Sustentabilidade e a Realidade: O Que as IES Precisarão Enfrentar em 2026

Max Damas

Assessor da Presidência do SEMERJ. Assessor da Presidência da FOA (Fundação Oswaldo Aranha). Escritor e Consultor Educacional

10/12/2025

6 

2025: um ano para ficar na história do Brasil Educação

Janguiê Diniz

Diretor-presidente da ABMES e Secretário-executivo do Brasil Educação, Fundador e Controlador do grupo Ser Educacional, Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo

08/12/2025

2 

Pesquisa para todos: por que o PIBIC não pode excluir a EAD

Janguiê Diniz

Diretor-presidente da ABMES e Secretário-executivo do Brasil Educação, Fundador e Controlador do grupo Ser Educacional, Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo

01/12/2025

2 

Censo da Educação Superior

...
...
...
...
...
...
Previous Next

ABMES

  • Portal ABMES
  • Central do Associado ABMES
  • Associe-se
  • Contato

Serviços

  • ABMES Podcast
  • ABMES Play
  • ABMES Cursos
  • ABMES Lab

ABMES Blog

Atualizado diariamente, o blog da ABMES reúne artigos de gestores, reitores, coordenadores, professores e especialistas em diversos temas relacionados ao ensino. São inúmeros debates e pontos de vistas diferentes apontando soluções e melhores práticas na luta por uma educação cada vez mais forte e justa.

ABMES Blog © 2020