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Brasil brasileiro

Domingo Hernández Peña

21/05/2012 04:21:51

Prof. Domingo Hernández Peña Escritor, professor de Turismo, Honoris Causa pela Anhembi Morumbi, e consultor de Comunicação ***
Como se aprende, e onde, a ser brasileiro pleno integrado na plenitude do País real da atualidade? Para isso há modelos, fórmulas, roteiros, teorias, catecismos? Poderia se fazer um Brasil Brasileiro com o Protocolo de Bolonha na mão? Seria melhor irmos com a Presidenta Dilma a pedir socorro, mais uma vez, às universidades dos Estados Unidos da América do Norte? O debate me cansa, e às vezes até me entristece. O que é que tem a ver o Brasil jovem e emergente com a Europa milenária e decadente? E será verdade, mesmo, que aprendendo a pensar e a sentir como pensam e sentem os norte-americanos se aprende a ser brasileiro? Estamos falando da grande e velha questão do ser ou não ser. E não paramos de falar da mesma coisa porque seguimos estando no país onde, para qualquer pessoa, daqui ou de fora, residente ou não, é mais fácil, de fato, controlar uma universidade que controlar um jornal. Incrível: temos mais medo à informação que à formação. Tememos mais à liberdade que ao cultivo acadêmico da mente. Desse jeito é muito difícil encontrar o caminho próprio, autêntico e diferenciado. Alguém deveria pensar seriamente no assunto: o Brasil Brasileiro que eu gostaria de ver, grande, respeitável e moderno, não poderá ser implantado nunca, jamais, por minorias preparadas no exterior, porque as mesmas sempre serão isso, minorias, e, pior ainda, porque serão minorias de alguma forma afastadas do “tronco” nacional imperfeito. A imperfeição nacional não é pecado, sempre que seja transparente. E para ser isso precisa ser livre. Livre para todos. De não ser assim estaríamos percorrendo o caminho da China: metade progresso material, metade injusta escuridão... A grandeza do Brasil Brasileiro não depende de nenhuma elite globalizada. Depende, isso sim, de que o povo brasileiro (todo o povo brasileiro), com os seus defeitos e com as suas virtudes, participe todo dia do debate global – da discussão das ideias novas. As nossas universidades são as que são, e como são, porque esse debate popular e generalizado não existe. Se existisse, os nossos centros superiores seriam outros, muito melhores, e não precisaríamos pensar tanto em Boston e em Bolonha. Porém, como intensificar o debate e a participação de todo o povo brasileiro, tão desigual em tantos aspectos, sem Imprensa Brasileira atualizada, moderna, livre, ágil, comprometida e abrangente? Por que seguir procurando no Exterior o que só pode germinar nas Redações nacionais? A questão não é (não deveria ser) de um saber importado de forma parcial ou experimental. É de uma identidade que precisa consolidar-se com a consciência própria. E como essa consciência não pode esperar a que os filhos dos menos favorecidos atinjam o nível universitário, a revolução precisa começar pelo começo – pela Comunicação aberta, motivadora e generalizada. Pelo café para todos os que são daqui e estão aqui... Se o povo não empurra, a inteligência não anda. Se a Imprensa não é a tribuna do povo, as universidades (como a “democracia representativa”) são um artifício. Intento dizer que é preciso abandonar, por favor, já, de uma vez por todas, a inércia colonial. Só no Brasil é possível ensinar a fazer mais Brasil, maior e melhor. Falando. Escrevendo. Discutindo. Errando. Sabendo que só existe o que se comunica, e lamentando muito, isso sim, que, por desgraça, este país continue comunicando-se mal. Até agora, como país, o Brasil não se comunicou mal por acaso, consigo mesmo e com o mundo. As dificuldades eram muitas: o tamanho, os vazios demográficos, o idioma, as contradições de todo tipo, as tecnologias... Por isso, os grandes jornais brasileiros não eram grandes. Eram locais, municipais ou estaduais, até nos nomes das suas cabeceiras. Estavam pensados para dizer aos seus leitores mais próximos o que acontecia no mundo, e não para dizer ao mundo o que acontecia no País... Daí a herança: não há meios da União; não há publicações para influir no Exterior; metade do que lemos sobre nós mesmos está escrito por agências e correspondentes estrangeiros, lá fora, no Estrangeiro... Exagerando um pouco poderíamos dizer que o povo brasileiro, no seu conjunto, é um povo sem voz. E, não tendo voz própria, qualificada ou não, só avança quando “pergunta aos que sabem”... Esse é o problema: a falta de consciência nacional clara; a não comunicação suficiente do pensar e do sentir nacional; as universidades improvisadas, que não são tradição, por um lado, nem inovação, por outro; a perplexidade ante as próprias potencialidades, que estão aí, no meio do caminho, como caídas do céu. Porém, o que parece tão complicado, atualmente poderia simplificar-se, total ou parcialmente. Para comunicar-se mais e melhor, consigo mesmo e com o mundo, no Brasil já é possível trocar a dificultosa Imprensa Impressa pela facílima Imprensa Digital. E fazendo essa troca, na forma e no conteúdo, não seria impossível ter universidades que sejam o reflexo da sociedade, tal qual, em vez de pretensiosos centros formadores de cidadãos sem raízes. Ir a Boston ou a Bolonha deixaria de ser uma inquietante e perigosa necessidade. Mas não nego que eu possa estar sonhando. O que acontece todo dia é outra coisa: a Imprensa de Papel, contra toda evidência, continua negando que já morreu; as universidades continuam considerando-se o centro da Criação; o vazio do ciberespaço é ocupado, cada vez mais, por milhões de blogs particulares, que divulgam aberrações do interior nordestino, carnavais da periferia carioca, festinhas do litoral paulista, ofendendo o bom gosto e a inteligência.  

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