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Educação desprezada

Antônio Luiz M. Almeida

10/07/2012 04:44:57

Prof. Antonio Luiz Mendes de Almeida Vice-reitor da Universidade Candido Mendes ***
Uma hora tem sessenta minutos, o dia se conta por vinte e quatro horas e o ano abriga trezentos e sessenta cinco dias (de quatro em quatro, um a mais...). Por estes parâmetros, cronometramos a nossa vida,vendo o tempo passar, a infância se ir, a adolescência durar pouco e nos tornarmos adultos, carregando nossos penares, sempre em busca de momentos de felicidade. Acumulamos alegrias e tristezas, cultivamos sonhos e elaboramos planos fabulosos que não se concretizam, mas valeu a pena tentá-los, o que seria de nós sem motivação, sem imaginar o futuro? Caímos na rotina, trabalhamos satisfeitos ou não, temos uma profissão, constituímos família, queremos deixar herdeiros de nossas crenças, pelo menos isso. A vida segue seu rumo inexorável e vamos nos moldando a seus desígnios, com resignação ou inútil revolta. O destino está traçado, Maktub, não escapamos do que está escrito na pedra. A idade que traz a experiência, riqueza inalcançável para os jovens, também nos livra das convenções, das regras, das amarras, podemos dizer o que pensamos, enfim, e uso desse privilégio para, após cinco décadas rabiscando semanalmente sobre educação, vivendo dentro do ambiente escolar, externar, sem cronologia o que experimentei, as poucas alegrias, a dor dos fracassos, a desilusão, a perda da esperança moribunda com a maneira como tratamos a educação neste país cujas avaliações internacionais nos colocam nos últimos lugares, derrotados até pelos hermanos. Desde José de Anchieta, estamos à procura de um modelo, de um sistema educacional apropriado a nossa maneira de ser. Copiaram o francês, depois o norte-americano e tentativas de importar o dos tigres asiáticos, esquecidos de que temos características próprias, específicas, um povo com alta diversidade étnica, com cultura rica e diversificada, jamais convenientemente incentivada e explorada. Canso de escrever e falar que educação não se faz com políticos, com siglas partidárias ou ideologias, tempo de mandato, é trabalho e missão para longo prazo, uma geração ao menos, para analisar os acertos, corrigir os erros, sempre atentos à realidade veloz que nos envolve, os novos instrumentos e equipamentos postos à disposição do homem para aprender mais e mais rápido. Mas não interessa ao governo e aos políticos uma população instruída porque como seriam iludidos? O voto do analfabeto é o que lhes interessa, o iletrado pouco sabe, não contesta, fica satisfeito com o tijolo ou a dentadura. Há desprezo com a educação, basta ver que se trocou a guarda no MEC em janeiro e nada aconteceu de lá para cá, a não ser notícias sobre o Enem e seu possível repetido insucesso. Abro parágrafo e minha veteranice me permite dizer que é tudo, em educação, uma bobagem, uma arrogância da autoridade incompetente, uma imposição ditatorial inaceitável. É sabido que onde o estado se mete, estraga, não dá certo, corrompe-se e a educação não foge à regra. O que me espanta, também tenho rabiscado algumas vezes, é a timidez — para não dizer covardia — do setor privado que não reage, não reclama, aceita passivamente as asneiras e estripulias das autoridades, preferindo a bajulação, o genuflexo à resistência e à confrontação necessária. Não reclamaria se visse a mesma fúria fiscalizadora recair sobre a rede pública e as universidades oficiais deficientes. Aí não, ninguém mexe, os alunos ficam sem professores por semestres inteiros, notas são forjadas e nada, absolutamente nada, acontece sob o pacto abjeto que protege os medíocres. As universidades monstruosas consomem verbas imensas apenas para remunerar pessoal que não trabalha e que são contratados para votar no reitor politiqueiro. E me diga, leitor, por que só a universidade pública não é administrada com eficiência, dentro de orçamentos contidos e sendo obrigada a providenciar parte ao menos de seus recursos, para ver como é difícil assumir responsabilidades, cumprir obrigações, respeitar vencimentos, reduzir custos, eliminar desperdícios e conquistar fontes alternativas de receita? Fornecer alimentação a centavos é o quê? Direito? Que direito? Se assim é, por que o trabalhador, o assalariado mínimo, a criança largada nas ruas também não recebem refeições gratuitas? E dessa benesse injustificável participam, alem dos “pobres” alunos que estacionam seus carros importados (não pagam nem a vaga!), funcionários e professores que se colocam entre os marajás, usufruindo salários altos e nenhum trabalho. Respiro fundo, tento conter a indignação para não escolher as palavras iradas e prossigo: Pode a universidade pública brasileira se dar ao luxo — único no mundo — de manter uma relação professor-aluno que beira a quatro para um? Pode esta universidade oficial proporcionar cursos para meia dúzia de indivíduos, em áreas que nada significam para o desenvolvimento de que necessitamos? Pode a universidade manter-se distante da comunidade, sem lhe dar satisfações e sem ser por ela fiscalizada? Vivemos uma grande falácia que se esconde nos gritos rotos de autonomia universitária e de ensino público e gratuito para todos. Essas palavras de ordem têm sido constantemente derrubadas pelas evidências. A autonomia— que não se confunde com independência — obrigatoriamente pressupõe a capacidade de gestão de sua atividade sem recorrer aos cofres do Tesouro ao primeiro furo de qualquer rubrica. O ensino dito gratuito é pago por todos nós, através dos impostos excessivos e extorsivos que não podem ser destinados à manutenção de antidemocrático privilégio que favorece sempre aos mais ricos. A gratuidade generalizada impede a sadia competição pela qualidade de ensino aferível pelo percentual de opção, permitindo que as entidades públicas proclamem uma preferência distorcida e mentirosa: você escolhe o melhor ou o de graça…? Esses fatos são notórios e incontestáveis. Falta coragem e vergonha para lancetar o tumor que vem, de há muito (ou de sempre…), destruindo o tecido da educação nacional, tratado com panos quentes da demagogia. É preciso terminar com o engodo da eficiência da universidade pública hoje pulverizada em disputas partidárias e ideológicas sem contribuir para as soluções que ansiamos com seus campi construídos com empréstimos externos e financiamentos internos ainda não pagos, sem manutenção e conservação, com bibliotecas desatualizadas, laboratórios e equipamentos defasados quando não irrecuperáveis, inviabilizando o ensino qualificado e os projetos de pesquisas que não saem do papel. Para não ser mal compreendido, sublinho que não sou um emperdenido ou caolho privatista, acho que o ensino público é importante para a democracia e cidadania e por isso deve ser administrado com probidade, conhecimento e capacidade, o que, infelizmente, jamais tivemos. Mascaram a triste situação e criam um falso confronto com a iniciativa privada, só para procurar encobrir as suas mazelas seculares. P.S.1: O Conselho (ou que nome tenha do Mercosul), suspendeu o Paraguai por considerar o impedimento do presidente um comportamento não democrático. Deve ter surpreendido a rapidez da decisão, em plena conformidade com a constituição guarani, e a tranquilidade reinante no país. Só queria entender: acham que houve ofensa à democracia, mas como acolhem para o “clubinho” o rascunho de ditador da Venezuela? Alguém me explica?  

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