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Universidades on-line e o futuro do ensino superior

Notícias na Mídia

16/08/2012 05:00:16

João Luís de Almeida Machado Cmais, publicado em 16 de julho de 2012 ***
Enquanto no Brasil os professores universitários ligados a instituições públicas debatem o seu futuro profissional juntamente ao governo, buscando valorização salarial, plano de carreira, maiores investimentos em pesquisa e reconhecimento de seu importante papel para a construção do país, no exterior se discute o futuro da universidade. As questões em pauta relacionam-se ao ensino superior e a sua reformatação dentro de uma realidade diferenciada pelo surgimento e incorporação das tecnologias de informação e comunicação ao arsenal utilizado de forma regular pelas universidades juntamente a seus alunos. Não há mais dúvidas quanto a esta inserção cada vez maior de ferramentas tecnológicas como elementos que permitem, estimulam e, até mesmo, substituem aulas presenciais. Não é unânime e certo entre todos os especialistas que as universidades devam adotar os cursos on-line e, assim sendo, superar o trabalho presencial, com professores e alunos reunidos numa sala de aula. Estas questões foram discutidas no mês de junho, no Fórum Econômico Mundial, realizado em Nova York, com a participação de gestores de universidades e empreendedores na área de educação. Para eles a chegada do universo virtual às universidades, com os cursos on-line, tomou de assalto a educação mundial nos últimos anos. Chegam a comparar este acontecimento a um tsunami, ou seja, uma onda gigantesca, avassaladora, que vai tomando conta de tudo o que encontra pela frente, sem deixar margem para que se possa reagir de forma pensada ao fenômeno. Sabem estes estudiosos, empresários e gestores que a questão vai muito além da inserção ou não de suas instituições, públicas ou privadas, no universo virtual. A adesão às ferramentas que possibilitam a alunos do mundo inteiro acesso a seus cursos por plataformas on-line é o detonador do processo, mas as discussões são mais amplas pois o que está em questão é o próprio conceito de universidade, consolidado há séculos, desde o surgimento das primeiras instituições deste segmento, ainda na Idade Média, como as Universidades de Paris, Colônia ou Bolonha. Sabe-se, por exemplo, que a socialização inerente à universidade e a todos os ciclos e etapas formativas, com o intercâmbio entre pessoas que tem origens e histórias de vida distintas, seja na relação entre alunos ou entre estes e seus mestres, é uma das questões mais discutidas nas universidades no tocante à adoção de cursos totalmente realizados através da internet. De acordo com os especialistas há vantagens dentro das plataformas de ensino virtual que não podem ser desconsideradas. As questões relacionadas à equação tempo e espaço, limitadas nas salas de aula presencial aos horários previstos para os encontros entre professores e alunos e a pesquisa enquanto estão abertas instalações como bibliotecas e laboratórios tendem a ser dirimidas ou mesmo superadas quando se estuda pela internet.Os gestores e empresários do setor consideram que não podem mais abrir mão das ferramentas e plataformas on-line de ensino e apoio aos estudos. Igualmente consideram importante a vida universitária e, na medida do possível, tendem a incentivar a continuidade das práticas relacionadas ao estudo nos campi que administram. Por isso mesmo, tudo indica que o futuro (e o presente já está trazendo estas soluções) das universidades será uma fusão dos elementos e melhores condições oferecidas nas aulas presenciais e on-line. As ferramentas igualmente permitem que os alunos partilhem informações, se auxiliem em pesquisas e produzam conjuntamente seus trabalhos e tarefas. A professora doutora Maria da Graça Moreira da Silva, da PUC-SP, destacava em seus trabalhos, já em 2004, que o uso das tecnologias enseja a aprendizagem colaborativa e a construção coletiva, e ainda ocorre como aprendizagem sob demanda, o que determina foco maior em relação ao que se estuda. Há riscos, é claro, de que tudo se restrinja às fontes encontradas na web e que, além da superficialidade que por vezes pode acontecer, também o plágio inerente ao copiar e colar (Control C/Control V) possam imperar. Agora, igualmente claro para os participantes do Fórum Econômico Mundial, reunidos para discutir as mudanças em curso na educação superior em todo o planeta, é que o perfil do estudante que ingressa nas universidades dos quatro cantos do mundo já incorpora o uso e a compreensão das ferramentas tecnológicas como elemento usual, regular e básico de vida e estudos. Smartphones e tablets (além de nets, notes e ultrabooks), como novas ferramentas tecnológicas que permitem acesso a qualquer hora e lugar, associadas a redes cada vez mais amplas de cabos de fibra ótica, com tecnologia wireless disseminada por todos os países, em cidades de qualquer porte, das metrópoles as pequenas cidades do interior, garantem que o estudante pode acessar cursos on-line no ônibus, a caminho de casa ou mesmo da escola, e estar se preparando para as aulas que terá pela frente. Para quem mora distante dos grandes centros universitários de um país ou ainda para os que gostariam de realizar cursos oferecidos a partir de instituições estrangeiras igualmente abrem-se possibilidades que nunca antes existiram. É preciso, no entanto, garantir a qualidade daquilo que está sendo entregue aos estudantes que fizerem a opção por estes cursos on-line e, ao mesmo tempo, que as universidades se resguardem no sentido de que os alunos matriculados é que realmente estão a realizar o curso, a entregar trabalhos e a realizar as avaliações. A existência de polos presenciais que demandam a presença periódica dos alunos e que oferecem materiais especializados, como os livros que compõem as bibliografias básicas e complementares das ementas dos cursos, dentro do modelo que acontece no Brasil, pode ser uma boa solução. Torna-se necessário, no entanto, para que impere a excelência acadêmica, que metas e objetivos traçados quando da criação dos cursos para sua aprovação perante as autoridades que regem a educação nos países (como o MEC no Brasil), sejam rigorosamente obedecidas e fiscalizadas. A quantidade de horas presenciais pensadas para um curso tem que ser obedecidas tanto quanto os prazos previstos para a entrega de produções on-line e a participação nas aulas nas plataformas virtuais. Há, portanto, uma demanda séria por comprometimento das instituições e do governo tanto quanto de maturidade e disciplina dos alunos. As tecnologias oferecidas igualmente tem que oferecer plenas condições para os estudos e evitar dificuldades de acesso, envio de arquivos, participação em atividades acadêmicas on-line e tudo o mais que se relacionar ao curso. Disponibilizar materiais do curso online, inclusive livros ou trechos selecionados destas bibliografias, enriquecendo os estudos com as demais possibilidades oferecidas na web (como vídeos, podcasts, artigos, notícias de jornais ou revistas...), é igualmente importante. Isso demanda, é claro, acordos com as editoras para que tais materiais possam ser incorporados ao acervo com o pagamento dos direitos autorais e demais créditos para editores e autores. É certo, como constataram os especialistas, que não é mais possível dissociar real e virtual e que, com o passar do tempo, este mercado que representa bilhões de dólares anuais, tornar-se-á cada vez mais seletivo. Na prática significa dizer que a educação não mais se restringirá aos espaços onde vivem os estudantes, permitindo a eles que estudem em cidades, estados ou mesmo países muito distantes de sua residência sem que tenham que se deslocar para lá e por lá se instalar. Os custos tendem a ficar menores e, ainda, abre-se a possibilidade de que os estudantes possam trabalhar ao mesmo tempo em que estudam, desde que se mostrem organizados o suficiente para bem administrar sua agenda pessoal. Outra constatação é a de que, neste mercado que está crescendo, em especial por conta da entrada no ensino técnico e/ou superior de contingentes populacionais antes marginalizados, com destaque para populações de países emergentes como o Brasil, China e Índia (entre outros), somente as universidades que se mostrarem consistentes e qualificadas quanto aos serviços e produtos que oferecem é que irão sobreviver...  

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