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Elitismo das massas

Notícias na Mídia

04/09/2012 04:40:43

Por Cristina F. Pereda  - Periódico El País Fonte: http://sociedad.elpais.com/sociedad/2012/08/12/actualidad/1344801514_458111.html Publicado em 12 de agosto de 2012 Tradução adaptada por Maria Regina Ambrósio ***
O surgimento da educação à distância na universidade abriu as portas para muitos alunos que não tiveram acesso ao ensino superior e contar com o ensino tradicional. Além disso, esta fórmula está transformando radicalmente a maneira com que algumas universidades se preparam para o futuro. A Universidade de Harvard e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), as duas universidades mais prestigiadas do mundo, surpreenderam a comunidade educacional, com o lançamento de cursos a distância e gratuitos.  A partir do próximo ano vários cursos – ( até o momento não existem carreiras completas) – estarão disponíveis na net.  É uma estratégia que alguns interpretam como um mero gancho comercial para atrair novos alunos e, outros consideram um passo decisivo para a  adaptação a novos modelos de negócios, bem mais flexíveis se on line. A Universidade de Berkeley, na Califórnia, também aderiu ao projeto chamado EdX. Quem completar os cursos e demonstrar (por provas de avaliação ou trabalhos) que os aproveitou adequadamente, receberão um certificado de conclusão do curso, que este ano será gratuito e nos próximos anos custará o valor de uma modesta taxa. É o maior avanço desde a invenção da imprensa, garante um especialista. Outras 16 grandes instituições - incluindo a Universidade de Stanford, Princepton e Johns Hopkins - também optam por esta fórmula e acabam de lançar seu próprio sistema, que colocará on line mais de 100 cursos e pretende atrair estudantes além das fronteiras dos Estados Unidos e em vários idiomas. Isso abre um campo importante e abrangente de oportunidades. Durante a apresentação da sua nova plataforma, EdX, a Presidenta do MIT, Susan Kockfield, convidou os participantes a imaginarem o poder de um grupo de jovens participando em qualquer uma das suas aulas, de um cyber café no Cairo. Ela falou de uma experiência ligada a aprendizagem onde todos os alunos, professores e pesquisadores - muitas vezes de países diferentes - compartilham a mesma plataforma, ampliando o conteúdo e as lições para além da sala de aula tradicional. "Esta é a maior mudança no mundo da educação desde a invenção da imprensa", afirmou  Anant Agarwal, Professor do MIT e Presidente do EdX.  " As tecnologias modernas como a internet ou os dados hospedados na nuvem podem impulsionar a educação a distância em escala maciça," ele afirma. "Universidade on line veio para ficar, e o panorama do ensino superior vai mudar completamente," corrobora Carles Sigales Vice-Reitor de Política Acadêmica do UOC (Universidade Aberta da Cataluña). Nos EUA, 77% das universidades oferecem cursos pela internet. E a cada quatro estudantes, pelo menos um deles afirma já ter participado  de algum curso através do método a distância, de acordo com um estudo realizado pelo Pew Research Center em 2011. Este tipo de ensino prevalece entre as universidades públicas (89%) contra o ensino privado (69%) graças ao investimento dos governos, como também alguns investimentos privados em escolas, tradicionalmente conhecido como "charter schools", mais abertas à novos sistemas. Não se vai mais à escola;  é a aula que está indo para a casa do estudante. Segundo o relatório do Babson College , no total, mais de 6 milhões de estudantes americanos deram aulas on line no ano passado; 560.000 mais do que no ano anterior.  Este crescimento de 10% é significativamente maior do que o do ensino superior tradicional, que só aumentou  2%, perto de 19,7 milhões de alunos, segundo os últimos dados do censo. Além disso, dezenas de empresas e organizações americanas aumentaram seus investimentos em educação à distância para participarem dessa onda. Além disso, estão promovendo a criação de novas regras que permitam a criação de mais cursos à distância, aumentando assim, a proporção de horas ministradas on line. Os Estados Unidos, país que acolhe o maior número de universidades de elite do mundo, é décimo sexto na proporção de alunos concluintes, com evasão de 42%, de acordo com a Organização Civitas Learning. O alto preço de um diploma universitário é uma das principais razões para deixar a escola (custa entre 6.500 e 32.000 euros por ano), de acordo com o Conselho de Universidades.  Na Europa, com a oferta muito forte das instituições públicas e preços muito mais acessíveis, há anos existe uma grande pressão para aumentar o que os estudantes pagam para seus cursos on line (na Espanha, algumas comunidades têm aumentado este ano em 66%, de 1.000 para mais de 1.600 euros). "Os alunos recusam-se a endividar-se, como têm feito até agora", disse Jim Taylor, professor do Instituto Futuro Digital da Universidade de Queensland. "Temos de reconhecer que não podemos atender a demanda atual, sem alterar o sistema. É muito caro. " O alto custo da educação universitária tradicional, especialmente nas escolas mais famosas, é o que faz os estudantes procurarem diferentes experiências educativas, e quase sempre com um forte conteúdo tecnológico. As universidades então se vêem numa encruzilhada histórica: a necessidade de novas receitas exatamente  no momento em que se vêem forçadas a adaptarem sua oferta educativa para satisfazer a estudantes que vivem permanentemente conectados. "A universidade tradicional tornou-se um dinossauro", diz Maria Jesus Frigols, professora da Universidade Internacional de Valência (VIU), na qual já existem várias titulações por meio de um sistema de ensino presencial-virtual: todas as aulas são ministradas através do computador e no horário escolhido pelo estudante. "A educação on line vai ser um estímulo para a universidade tradicional. Ela leva muito tempo para se adptar. Não há remédio, a universidade tem que reagir. Agora é a universidade que vai até a casa do aluno. Esta flexibilidade é absolutamente essencial ", assinala. Mas o que mais surpreendeu no anúncio de Harvard e MIT não foi a digitalização de seu ensino, mas sim o acesso aos cursos de duas das maiores instituições de elite no mundo, de forma gratutita. Os responsáveis pela iniciativa reconheceram que a internet tem muito potencial para quebrar modelos no campo da educação como antes fez com a música, as publicações ou os meios de comunicação, de modo que as duas instituições estariam passando à frente de todos, com a resposta que outros setores ainda não encontraram. Na verdade, o ensino a distância não é tão barato quando comparado com o presencial: conforme um estudo da Fordham Thomas Instituto elaborado em 2011, o custo médio por estudante está entre US $ 6.400 (5.200 euros) para uma universidade 100% on line;  e a US $ 8.900 (7.200 euros) para uma universidade que combine ensino a distância e tradicional; as salas de aula tradicionais gastam cerca de 10.000 dólares (8.100 euros). "Se você está querendo mudar a vida de milhões de pessoas acabará encontrando maneiras de ganhar dinheiro fazendo isso.", disse à Newsweek Andrew Eng., um dos fundadores da empresa Coursera. A empresa fundada no Vale do Silício, criou uma plataforma em colaboração com 12 universidades privadas para oferecer seus cursos on line gratuitamente. Até agora, os alunos têm acesso a 117 aulas, que vão desde Ciências da Computação e Programação até Mitologia Grega ou Astrobiologia. Seus criadores reconhecem que os professores que ministram as aulas presenciais  não cobraram a mais para ministrarem no ensino on line e assim a empresa ainda precisará de um modelo de negócio viável para o futuro. De acordo com o estudo do Babson College, a maioria de reitores de universidades norteamericanas não vê a transição para a educação  a distância como um método de poupança. As instituições  precisam manter sua infraestrutura tradicional de ensino e também, para adquirir ou criar novas plataformas digitais, contratar professores e investir em melhorias para um sistema que, praticamente, acabou de nascer. Os defensores da educação superior a distância gratuita, pela internet, sugerem que existem universidades tradicionais em países como a Dinamarca ou a Suécia, onde os alunos não pagam matrícula/mensalidade para frequentar as aulas. Trata-se de encontrar caminhos alternativos de financiamento. Na Austrália, muitos professores defendem um novo modelo de negócios baseado no acesso gratutito à educação e apoiado por uma rede de instituições com reconhecimento internacional, como a plataforma de Recursos Educativos Abertos (OER). É o modelo que tem apostado na Universidade de Queensland. O OER foi criado em colaboração com o Instituto Internacional de Planejamento Educacional da UNESCO, e permitirá que a Universidade de Queensland financie seus cursos a distância através das taxas que os alunos pagam depois de formados. "O avanço da tecnologia e a internet fazem a universidade tem custo praticamente zero", diz o professor Jim Taylor. A universidade pública australiana usará a sua infraestrutura existente de professores, qualificação e equipamentos já existentes para duplicar a oferta educativa, transmitindo de maneira simultânea, aulas presenciais e à distância. A plataforma OER será lançada completamente em 2013, e ainda neste final de ano , alunos de todo o mundo terão a oportunidade de participar em três cursos-pilotos no campo das Relações Internacionais, nas Arte e Design. Algumas das instituições que participam desta iniciativa se ofereceram para traduzir materiais em línguas como o espanhol, ampliando seu potencial para a América Latina, bem como às línguas locais do sul da África. "As instituições que estão dando cursos  a distância vão melhorar o acesso à educação, sem que isso ameace a universidade tradicional", diz Taylor. "Além disso, a educação on line abrrirá as portas para estudantes agora excluídos e conectará outros com profissionais de todo o mundo", diz o especialista. "É uma questão de justiça social", conclui Taylor.  

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