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Sucateamento conceitual

Notícias na Mídia

26/09/2012 05:02:41

Cristovam Buarque Professor da UnB e senador pelo PDT-DF Revista Profissão Mestre, publicado em setembro de 2012 ***
No meio de uma longa e desgastante greve é motivo de entusiasmo saber que a eleição para reitor consegue sensibilizar e motivar dez candidatos, 20 considerando os vices. Mas é motivo de preocupação a percepção de que o debate eleitoral poderá ficar restrito apenas aos problemas do sucateamento que aparecem na superfície sem debater sobre o maior dos sucateamentos. A degradação do salário e a falta de recursos para infraestrutura e a operacionalidade são os sintomas mais visíveis de sucateamento. Há, porém outro e mais grave sucateamento, que é próprio conceito de universidade. Ainda que os problemas de salários e verbas fossem superados com mais recursos, o sucateamento conceitual continuará por razões mais profundas. Empregabilidade dos ex-alunos - Até alguns anos atrás a universidade era o caminho certo para o sucesso dos alunos. Esse fato a legitimava. Isso já não é verdade. Há centenas de milhares de profissionais desempregados, porque a universidade não responde às necessidades da sociedade. Seja por oferecer curso com excedente de profissionais, seja por formar profissional sem preparo e descolado das exigências. Velocidade no avanço do conhecimento - A universidade perdeu a velocidade para disputar o avanço do conhecimento que ocorre fora de seus muros. Esse atraso agrava a empregabilidade, porque o diploma perde credibilidade diante das mudanças no conhecimento, exigindo permanente reciclagem de seus formandos, mas o conceito atual de universidade não é capaz de oferecer uma formação ágil e contínua. Disseminação do conhecimento - Até pouco tempo atrás, a universidade era o "locus" onde o conhecimento era não apenas criado, mas também distribuído, passando de geração a geração, de professor a aluno. Hoje o novo conhecimento chega instantaneamente em casa pela televisão. As redes sociais se transformaram em centros virtuais de transmissão de conhecimento e até de geração espontânea de conhecimento. Mas o atual conceito de universidade resiste à abertura do ensino superior em rede aberta, para todos. A multidisciplinaridade - Acostumada a uma estrutura departamental que aprofunda o conhecimento por área, a universidade não se organizou, apesar de experiências isoladas, ao pensamento multidisciplinar, por tema e por novas áreas de ponta, resultado da combinação de diferentes disciplinas. Soma-se a isso, a falta de autonomia, hoje totalmente dependente da visão e das regras definidas por entidades como a CAPES que funciona como uma camisa de força contra pensamentos novos que estão surgindo a cada combinação de saberes diferentes. Fragilidade da Base - Até pouco tempo atrás, a universidade se protegia da má qualidade da Educação de Base, selecionando com rigor um pequeno número de alunos talentosos. Com o aumento de vagas esta proteção perdeu rigor e a universidade passou a receber aluno sem a menor condição para um curso universitário sério. Isso degrada a formação dentro da universidade, criando um mal estar que leva ao descontentamento e que cria uma cultura propícia às manifestações de greve. Perda do humanismo - Prisioneira dos departamentos, a universidade isolou cada professor e cada aluno em uma área específica do conhecimento, perdendo o necessário humanismo que a formação exige nesse momento. Num período de grandes transformações, a universidade vive um sucateamento do seu velho conhecimento. Em consequência, perde a função e gera uma frustração em sua comunidade, que termina canalizando seu descontentamento sob forma de greves, que podem ser por causas justas, mas não as causas mais profundas.  

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