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O ensino do turismo

Domingo Hernández Peña

08/11/2012 05:06:33

Domingo Hernández Peña
Escritor, professor, consultor, Honoris Causa pela Anhembi Morumbi ***
Brasil é (aparentemente) o país onde mais se ensina e mais se aprende Turismo. Mas ele, o Brasil, não é nem de longe uma potência turística internacional. Parece uma contradição, por muitos e variados motivos. Aqui continuamos recebendo, ano trás ano, década trás década, como se o mundo estivesse parado, cinco vezes menos turistas estrangeiros que o México. Uruguai, nosso vizinho do sul, recebe cada ano um turista estrangeiro por cada habitante; e nós recebemos um só turista estrangeiro por cada 35 habitantes. Alguma coisa deve de estar errada. Pois, com tanta escola de Turismo, tanto estudante de Turismo, tantas instituições supostamente turísticas, e tanta e tão espessa legislação turística, os turistas vindos de fora não crescem em número, de forma significativa. O setor hoteleiro (inteirinho) está sendo engolido, ou já foi engolido por completo, pela Hotelaria Internacional. Os que se formam nas nossas Faculdades de Turismo quase nunca chegam a ser empresários. A maioria das chamadas agências de turismo, na verdade continuam sendo agências de viagens, que não é a mesma coisa. Ainda não temos - incrível - um Calendário Geral de Eventos que informe sobre todos os eventos de todo o país, e que possa servir para corrigir os perniciosos efeitos da temporalidade. A compreensão de tanto fracasso resulta muito difícil quando lembramos que o Brasil, ciente de sua teórica capacidade de atração, se adiantou no tempo, em muitas coisas, às mais avançadas teorias do Desenvolvimento Turístico. As conclusões do Primeiro Congresso Nacional de Turismo, acontecido em Campos do Jordão em 1953, ainda hoje poderiam servir para desenvolver o Turismo mais moderno. Em 1963 já funcionava no Conjunto Nacional, em São Paulo, como algo muito raro na época, o primeiro consulting turístico da América Latina. Em 1971, também em São Paulo, se criou a Faculdade de Turismo do Morumbi, que foi, como tal, a primeira do País e do mundo. Na mesma década dos anos 70 foi, sim, no Brasil, onde se desenvolveu a Metodologia para a Utilização do Conhecimento Turístico (que ainda serve em muitos países para a racionalização sistemática do Turismo), e onde se utilizou por primeira vez o Planejamento Turístico Integrado, estabelecendo-se com ele, para sempre, a ideia do Turismo Sustentável... Por que, então, no Brasil não há turismo internacional importante e competitivo? A resposta não é, nem pode ser simples. Pois as “culpas” são infinitas e muito complexas. Porém, não há como negar que o Ensino tem contribuído, e muito, ao paradoxo de um país imensamente atrativo, que só consegue atrair uma ridícula demanda turística internacional... E é aí, nesse ponto, que um modesto artigo como este permite fazer uma síntese muito sintética: - seria Turismo, de verdade, o que, obrigadas pela lei, as Faculdades chamadas de Turismo estão ensinando no Brasil? - o que é, mesmo, o Turismo? - por que, e quando, um curso de turismo é “superior”? - e, tratando-se de ensinar Turismo, o que seria a pós-graduação? Para começar um debate sério e oportuno, as respostas seriam: - Se o que está se ensinando é Geografia, mais Transportes, mais Hotelaria, mais Gastronomia, mais Agenciamento, mais Lazer, etc. etc., o que está se ensinando não é Turismo. É isso: Geografia, Transportes, Hotelaria, Gastronomia, Agenciamento, Lazer, etc. etc., da mesma forma que poderia se ensinar - por que não? - Saúde, Esportes, Arquitetura, Mecânica, Música, Eloquência ou Fotografia. - Turismo, hoje, depois de tanto maltratar e deturpar a palavra, só pode ser uma coisa: exportar ao revés, trazendo consumidores e usuários em vez de levando produtos e serviços. - Um curso de Turismo só é “superior” quando ensina a criar Demanda e a trazer turistas, no volume e na continuidade que mais convenham. Os cursos que ensinam a desenvolver especificamente os muitíssimos aspectos da Oferta (receber, hospedar, alimentar, divertir...) ou a prestar os mil serviços da mesma (reservar, guiar, informar, traduzir, cobrar, pagar...) são cursos técnicos ou de segundo grau. - No ensino do Turismo, a pós-graduação só pode ser a especialização na criação e atração de Demandas específicas, em tempos e lugares específicos. Sem entender, implantar e desenvolver esse esquema, na formação e preparação de profissionais competentes, no Brasil nunca haverá turismo internacional importante, mesmo que melhorem as políticas gerais, as infraestruturas, e as estruturas que o Setor necessita. Porém, o que tenho dito até agora não permite a crença de que o atual Turismo Brasileiro é insignificante no seu conjunto. No seu conjunto, somando a sua atividade externa e interna, e medindo-o em pernoites, o Turismo Brasileiro faz muito tempo que é o Turismo mais importante do Hemisfério Sul. E é, olhando para o Norte, cinco vezes maior (em pernoites...) que todo o Turismo do México. O grande problema está em que o conjunto do Turismo Brasileiro, sendo imenso, também é caótico, e às vezes disparatado. E é caótico e disparatado porque não é o resultado de uma estratégia racional, seja ela política, empresarial, profissional, setorial, acadêmica ou cultural. O conjunto do Turismo Brasileiro cresceu, cresceu, e continua e continuará crescendo, como consequência pura e simples dos impulsos naturais, vitais, de uma sociedade que cresce e melhora, e de um país emergente, cheio de beleza e de contrastes, que vai descobrindo a sua própria emergência de forma atropelada. Daí, ainda, a perigosa desconexão externa com a realidade do mundo globalizado, e a triste colonização interna, alentada pela improvisação, pela mediocridade, e pelo oportunismo.  

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