Paulo César Régis de Souza
Jornal de Brasília, publicado em 27 de junho de 2013
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O governo brasileiro está a fim de importar supostos médicos cubanos para atender os pobres do interior do Brasil, com o argumento falso de que nossos médicos não vão para o interior.
Os ministérios da Saúde e da Educação estão no firme propósito de passar um trator por cima das associações e entidades médicas para cumprir seus desígnios eivados de suspeição. Os dois ministros são candidatos de Lula ao governo de São Paulo e não se deram conta da segunda indignidade que cometeram.
A primeira foi impedir a criação de novos cursos de Medicina com outro argumento falso de que os cursos são ruins. Os dois ignoram que os tais médicos cubanos e os brasileiros formados em Cuba, indicados e custeados por entidades e partidos brasileiros, não passariam no Enem... Como não passaram no Revalida quando tentaram revalidar seus diplomas.
O impedimento de abertura de novos cursos de Medicina foi um achincalhe dos dois candidatos de Lula ao governo de São Paulo à História da Medicina no nosso país.
O nosso padrão de ensino médico é ruim porque o MEC é uma tragédia. Não fiscaliza nada. Se há falhas é por que há conivência do ministério com elas. O nosso padrão de assistência médica tem qualidade zero porque o Ministério da Saúde não tem referências para gerenciar o SUS.
A minha tese é a de que no Brasil para ser presidente não precisa estudar, para ser ministro também não. Precisamos que a presidente Dilma determine aos ministros que lancem dois programas. Abrir uma faculdade por dia e uma universidade por mês. Estaremos pensando no futuro. E exigir e cobrar qualidade no Ensino Superior. Com a cubanização, estaremos voltados para o passado.
Mas como exigir a abertura de faculdades a um ministro que indaga: “O que museu tem a ver com educação?” Difícil.