Prof. Roney SignoriniAssessor e Consultor Educacionalroney.signorini@superig.com.br
***O prof. Bolan visita novamente este site ora questionando se precisamos de médicos cubanos para atender ao Programa Mais Médicos, deixando transparecer que tem alguma indisposição contra eles, de qualquer natureza, de capacitação ao viés político. Se de ordem política ignoramos se trazem certidão de cooptação assinada por Fidel e afinal todos querem o seu Eldorado.
Ele cobra desnecessariamente que poderiam ser argentinos, bolivianos, mexicanos, etc. , pois que há sim presença de várias outras nacionalidades atendendo a “convocação” brasileira.
Outra questão que o articulista coloca, e parece bem incomodado, é o fato de que para sair daquele país só com firma reconhecida dos Castro.
De forma simplista, sem profundas elucubrações filosóficas, é fácil dar a razão como sendo exatamente por causa do quesito independência, autonomia, liberdade em todos os sentidos. Ademais, o que esses médicos têm com isso se são regras da “ilha”? Antes de avião do que em balsas improvisadas para atingir Miami.
Quase irado, o prof. Bolan quer saber por que tais médicos não são submetidos ao Revalida, como se a resposta tivesse que vir deles quando é o governo que nos deve explicações.
Continuando, o prof. Bolan bate na tecla de que o Programa está trazendo auxiliares de enfermagem mas não questiona o governo sobre os motivos de não formar socorristas, paramédicos e assemelhados.
Num rasgo nacionalista, o artigo quer enaltecer os que aqui nasceram e estudaram para uma profissão, que agora são desprestigiados, por profissionais de duvidosa formação.
Se esse é o raciocínio, a patuleia deveria se voltar também contra todos os demais profissionais que inundam nossos negócios, indústrias, comércio, intelectualidade, recusando executivos e profissionais de todas as áreas que vieram somar com os nacionais, nos prestigiam e engrandecem com seus conhecimentos e experiências. É xenofobia ?
Dizer que o Congresso Nacional capitula e engole o sanduiche com palito atravessado, diante do Executivo, vale lembrar que a base política do governo está sedimentada exatamente no consórcio lá instalado. O que e como fazer senão por eleições, na democracia ?
Nunca se soube que a aprovação dos Castro, em Cuba, fosse unanimidade e que a estratégia atual é disseminar no Brasil a ideologia aplicada na ilha. Ledo engano. Afinal, os cooperados de plantão no planalto são socialistas ou não, incentivando a existência e criação de mais Bolsas?
Não há humilhação nem capitulação em tempos de fazeres globais.
Dizer que os nossos médicos merecem do governo um apoio efetivo e condições mais dignas de trabalho é não lembrar que lhes é facultativo, por liberdade, optarem por ter consultórios nas melhores avenidas das cidades, cobrando o que bem entendem e recusando convênios.
Quase contraditoriamente a tudo que vinha colocando, o prof. Bolan enfatiza que o país tem de aceitar a vinda de médicos, idealistas, e com seus conhecimentos contribuir com o país, mas aqui fica a dúvida se confirmado o que a mídia divulga sobre os salários a pagar: um escancarado regime de semiescravidão.
Esses “coitados” se entregaram aos navios negreiros do século XXI, embora conheçam os males dos trópicos, com o timoneiro Padilha. E mais, nenhum deles morrerá, será mortos ou se suicidará durante o percurso profissional.
Melhor com eles, com quaisquer, do que sem eles, que minimamente poderão fazer assepsias em feridas.
De outra parte, se os grandes países recebem médicos estrangeiros de alta qualidade isso se deve exatamente porque não temos nenhuma identidade com os países citados. É só lembrar que ainda somos do terceiro mundo, em desenvolvimento(?).
A realidade é que nenhum dos médicos que estão chegando têm diretamente algo com a ação de marqueteiros de plantão para fixar horizontes eleitoreiros. E se já sabiam ou souberam da armação por certo priorizam a ânsia de praticar a medicina, ainda que sob adversidades, como realizam os Médicos Sem Fronteiras, a diferenciar que não estão(rão) debaixo de fogo-cruzado.