![Cecilia Rocha Horta](/wp-content/uploads/2013/08/Cecilia-Rocha-Horta-150x150.jpg)
O compromisso de assegurar que a função constitucional de avaliar a qualidade da educação atribuída ao governo se realize, com isenção e de forma harmônica com os preceitos constitucionais que regem o processo educativo, tem sido, historicamente, ponto de honra para a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES). Com o avanço de estudos e pesquisas sobre o tema, a entidade se readapta, revê seus posicionamentos, descortina novos espaços e responde com propostas que visam subsidiar o modelo de avaliação na busca de um ideal: conviver com um processo de avaliação efetivamente formativa que, em vez de punir, incentive e promova o fortalecimento das instituições do ensino superior (IES) particulares do país. A contextualização das ações da ABMES na área da avaliação envolve, para efeitos dessa análise, três fases distintas, brevemente descritas a seguir: A primeira fase (1982/1992) foi marcada pela elaboração de estudos mais abrangentes na área educacional, tendo em vista, de um lado, o momento político de mudanças e de redefinição das relações da sociedade com o Estado, e, de outro, a importância de buscar a efetiva articulação entre os mantenedores brasileiros de ensino superior para identificar seus direitos e assegurar sua participação no processo político, considerando a importância e o papel histórico do setor privado no contexto social do país."As ideias germinativas sempre foram sustentadas corajosamente por poucos". (Milton Santos)
[1] É importante observar que o Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino Superior (Pades), implementado inicialmente pela Capes e depois pela SESu/MEC (1977-1992), antecedeu ao Paiub, com a missão de “incentivar no interior das IES a ampla discussão do ensino de graduação, de modo a buscar um abrangente projeto educacional específico e inovador, capaz de articular as ações que visem à melhoria do ensino”. O Pades marcou o alvorecer do projeto institucional como referência para a avaliação do ensino e, por isso, esta importante experiência merece um artigo a parte.
[2] Maurício Garcia, Nadja Maria Valverde Viana, Letícia Soares de Vasconcelos Sampaio Suñé. Diagnósticos e propostas para a avaliação da educação superior no Brasil. ABMES Cadernos nº 23, 2012.
http://www.abmes.org.br/abmes/public/arquivos/publicacoes/caderno_completo.pdf p.45 e 46.
[3] Qualidade, expansão e financiamento do ensino superior privado. ABM: Brasília, 1983.