![Domingo Pena](http://abmeseduca.com/wp-content/uploads/2012/02/Domingo-Pena-150x150.jpg)
- Pela sua origem, e pela sua forma de ser e de estar, o Ensino Superior de que estamos falando se comporta no mercado da mesma forma que qualquer setor econômico ou mercantil. Para esse Ensino, o prioritário é o lucro financeiro, e não, exatamente, a simples e legítima sustentabilidade que deveria caracterizar toda atividade transcendente...
Esta lista de males poderia estender-se muito mais, sem que eu pudesse deixar constância de aspectos ou problemas que não sejam amplamente conhecidos, dentro e fora do Ensino Superior Particular. Por isso não insisto na reiteração. Pois, na verdade, o que pretendo não é a propagação do já sabido. O que quero é dizer que as dificuldades do Ensino Superior Particular, a igual que as suas facilidades, são coisas do Ensino Superior Particular, e só do Ensino Superior Particular...
Não é culpando a terceiros, públicos ou privados; nem filosofando gratuitamente; nem procurando ajudas externas; nem contrapondo o presencial e o digital; nem alegando questões de classe (como pude ler um dia destes, espantado!) que os males do nosso Ensino Superior Particular serão remediados.
Querendo, o remédio seria perfeitamente possível, para não dizer fácil. E seria possível e fácil porque só depende de três coisas:
- Unidade setorial.
- Projeto próprio e diferenciado.
- Liderança.
Cadê a unidade? Onde está o projeto saído da própria inteligência e do próprio esforço, e não de exemplos estranhos ou de “estudos de mercado” falsos? Quem lidera?
Não havendo respostas, as perguntas poderiam ser outras:
Ninguém pensou no que poderia ser feito desde esta mesma publicação - desde a ABMES? Ninguém viu, por exemplo, as enormes possibilidades das Universidades Pontifícias, reduzindo em trilhões o seu patrimônio, agora imobilizado? Ninguém tem interesse na maravilha dos cursos “livres” e flexíveis, adaptados ao mundo real de agora mesmo, que muda e se reinventa a toda hora?